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A atmosfera na sala estava tensa e totalmente pesada. Belial fixava Aika com olhos cheios de fúria, como se pudesse matá-la ali mesmo pela revelação em público, mas Aika permanecia em silêncio, o encarando com uma calma inabalável.

— Já chega, Bel. Não adianta bater papo com ela. — Kimmy interveio, puxando Belial pelo braço. Ele estalou a língua com raiva, mas recuou, engolindo o ódio que fervia dentro dele.

— Pirralha, não me desafie. — Belial rosnou, lançando um olhar assassino na direção de Aika. Mesmo assim, ela não se abalou e apenas se aproximou de Lappy, ignorando a ameaça.

— Quais são os últimos casos do cassino que estão tentando resolver? — Aika perguntou, focando sua atenção em Lappy.

Lappy, sempre mantendo sua postura relaxada, puxou um cigarro do bolso, acendeu-o com um isqueiro de prata e soltou uma longa tragada antes de responder.

— Hanna desapareceu investigando o sumiço de mulheres solteiras que vinham ao cassino nas noites de domingo. — Ele falou, sua voz baixa e carregada de seriedade. — Elas vinham aqui... e nunca mais eram vistas.

Aika sentiu um frio no estômago. Algo dentro dela já sabia que havia mais por trás daquele cassino, mas ouvir isso em voz alta fazia a situação parecer ainda mais sombria.

— Quer dizer que... — Aika começou, mas kimmy a interrompeu.

— Sim, prostituição. — Kimmy respondeu antes que ela pudesse falar, aproximando-se do grupo com uma expressão séria. — As mulheres eram atraídas aqui e depois eram forçadas a se prostituir. Quem se recusava... bem, desaparecia e possivelmente morta.

— Nós não estávamos nessa parte da França antes de tudo acontecer. Chegamos aqui faz poucas semanas, no máximo 3 ou quatro. — Kimmy afirmou, cruzando os braços como se tentasse se distanciar daquela sujeira.

Aika voltou sua atenção para Lappy, a mente fervilhando com as novas informações. Ela parecia ponderar um pouco aquela frase, ainda com dúvidas

— Onde vocês querem chegar, Lappy? — Ela perguntou, tentando conectar os pontos.

Lappy soltou mais uma baforada de fumaça, parecendo refletir por um momento antes de responder.

— O dono desse cassino tem conexões por toda Marselha. Não só aqui, mas até no hotel onde estamos hospedados. — Ele disse, seus olhos fixos nos de Aika. — Você sabe perfeitamente que o Perses levou um tiro de fuzil no braço, certo? Sabe por que ninguém chamou a polícia?

Aika balançou a cabeça em negação.

— Porque o hotel está cheio de criminosos. — Lappy explicou, o tom levemente cínico. — Todos aqueles que estão hospedados lá são pessoas com a maior taxa de criminalidade possível. Estão se escondendo da polícia ali, pois a área é protegida por esse cassino. Perses, Prota e eu estamos presos neste terreno até encontrarmos o assassino de Hanna. Mas há outro problema... a Carmen.

— Eu cuido dela. — Aika disse de imediato, a voz firme. — Só me expliquem o plano.

Kimmy soltou um suspiro, claramente exasperada com a situação.

— Amanhã haverá uma festa com mais de 130 convidados envolvidos com os negócios do cassino. — Kimmy começou, os olhos brilhando com determinação. — Dentre essas 130 pessoas, duas delas estão diretamente envolvidas com o desaparecimento de Hanna. Sabemos quem são. Os que trabalham no cassino usam uma flor vermelha no canto esquerdo do uniforme. Já os chefes, usam uma flor dourada. Vai ser fácil identificá-los.

𝗝𝗢𝗚𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗟𝗘𝗔𝗟𝗗𝗔𝗗𝗘: 𝗢 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼. Onde histórias criam vida. Descubra agora