O caos reinava ao redor. Bel segurava Aika firmemente, sentindo o corpo frágil da garota em seus braços enquanto mizuki chorava, o medo de perder a irmã recém-descoberta a dominava. As lágrimas de Mizuki escorriam sem controle, molhando as próprias roupas, que, mesmo sem saber o que fazer agora, falava para os amigos ao redor fazerem algo, tentando salvar sua irmã.
Perses estava em choque. Ele segurava o corpo inerte de Carme, sentindo a pele fria e sem vida em suas mãos. O desespero apertava seu peito, e ele olhava para o vazio, incapaz de processar o que havia acontecido. Entre a dor da perda de Carme e a incerteza sobre Aika, ele se sentia paralisado, sem conseguir decidir se chorava ou se permanecia em um transe doloroso.
Resi, por sua vez, estava trêmula enquanto fazia uma ligação urgente. Sua voz saía fraca e ansiosa, mas ela sabia que eles não podiam ir a um hospital. Não depois de tudo o que tinha acontecido. Os inimigos estavam à espreita, e o cassino tinha muitos aliados perigosos. Um hospital seria um alvo fácil para quem quisesse finalizar o serviço ou a Polícia em entrar em ação.
Lappy, com o telefone no ouvido, também tentava manter a calma, ligando para seus contatos. Sabia que precisavam sair daquelas regiões de Marselha o quanto antes, ou seriam caçados como presas fáceis pelos membros do cassino. Os olhos de Prota estavam fixos no cenário à sua frente, tentando absorver o caos e o desespero que se espalhava entre o grupo. Ele não sabia o que dizer, não sabia como reagir. O peso da responsabilidade pesava em seus ombros, mas até ele sentia o frio da incerteza o dominando.
Quando a ambulância finalmente chegou, todos ficaram em silêncio. A expectativa e a esperança de uma ajuda médica rapidamente se transformaram em alívio contido ao ver que quem dirigia não era um estranho, mas um aliado de Lappy e Prota. Homens de confiança saíram do veículo, rapidamente preparando Aika para ser transportada. Eles trabalhavam com precisão e velocidade, conhecendo bem o cenário em que estavam inseridos.
Bel e Mizuki assistiam a tudo com os olhos arregalados. Mizuki soluçava, agarrando-se ao braço de Bel, sem conseguir conter o choro. O medo de perder a irmã consumia cada pensamento. Bel, sem palavras, sabia que não havia muito o que fazer naquele momento, então apenas a segurou com mais força, oferecendo o único conforto que podia: sua presença.
O grupo inteiro estava à beira do desespero, mas sabiam que não podiam parar. Havia mais em jogo do que suas próprias vidas agora.
— A Polícia foi acionada, precisamos ir. — Lappy afirma quase guaguejando.
Todos no grupo assentiram silenciosamente. Não havia mais tempo para pensar, apenas agir. Um a um, eles começaram a deixar o local da festa, entrando em seus carros de fuga, a tensão e o medo transbordando em cada gesto.
O caos ainda ecoava na mente de todos — tiros, gritos, o sangue de Aika e Carme gravado na memória. O futuro era incerto, mas naquele momento, o único pensamento era sobreviver e escapar.
Minutos depois, já na estrada, o silêncio dentro do carro que Perses e Artemis compartilhavam era quase palpável. Artemis havia conseguido se infiltrar no veículo sem ser notada, o rosto machucado e o ombro ensanguentado denunciavam o quanto ela também havia "sofrido" naquela noite.
— Onde você esteve... — Perses perguntou em um murmúrio baixo, sua voz carregada de cansaço, enquanto olhava para a estrada, sem realmente enxergá-la.
— Eu fiquei presa no banheiro quando tudo começou. Quando consegui sair, já estava um caos. Fui golpeada antes de conseguir encontrar vocês. — Artemis explicou, a voz suave, mas perceptivelmente tensa. Ela olhou para Perses, percebendo que ele mal reagia. Seu olhar estava vazio, perdido em algum lugar que ela não podia alcançar.
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𝗝𝗢𝗚𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗟𝗘𝗔𝗟𝗗𝗔𝗗𝗘: 𝗢 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼.
FanfictionUm grupo de amigos resolvem investigar o sumiço de uma de suas colegas por conta de boatos de assassinatos recentes em marselha, na França. Está fanfic pode conter: Uso de drogas. Palavras de baixo calão. Mortes. 18+