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Ainda naquela mesma madrugada, ela não voltou para o hotel, a curiosidade martelava sua cabeça. Chamou um Uber e voltou ao cassinob, sabendo que Lappy estaria por lá ainda, possivelmente ou bêbado ou apostando.

Ao chegar, desceu apressada e entrou correndo. Seus olhos logo o encontraram, sentado em uma mesa, apostando com a atenção de sempre.

— Lappy. — A voz dela soou firme, fazendo-o erguer o olhar.

— Pequena? — Ele a olhou, confuso, mas antes que pudesse reagir, Aika se aproxima e o puxa com uma urgência que o desarmou. Sem entender, ele se deixou ser guiado.

Ela o guiou pelo salão mkvimmetado até um dos corredores do local, verificando os quartos que tinham lá. O empurrou para dentro da primeira sala vazia que encontrou. Lappy, agora um tanto irritado com a situação, a encarou, franzindo o cenho.

— O que diabos foi isso? Eu estava apostando, sabia? — Ele mal teve tempo de terminar a frase quando sentiu o corpo ser empurrado contra a parede. O frio do metal da faça no pescoço o fez gelar, seus olhos buscando os de Aika com um misto de surpresa, mas o que era interessante, era saber que ele não tinha medo.

— Você vai me contar o que está acontecendo neste cassino, ou eu mesma arranco as respostas de você. — A voz dela era baixa, mas carregava uma ameaça.

Lappy soltou uma risada curta, como se aquilo fosse um absurdo. Aika, sem hesitar, pressionou ainda mais o objeto afiado contra ele.

— Pequena... — ele sussurrou, e o ar ao redor dela pareceu congelar quando sentiu a ponta de uma arma encostando em sua barriga, não hesitou olhar para baixo, apenas estreitou mais os olhos. — Você quer a verdade?

— Agora. — Ela manteve o olhar firme, sem fraquejar.

Lappy a observou por um momento, os olhos cansados, antes de continuar, o tom que era antes animado e descontraído, agora estava mais sério:

— Então por que não me conta o motivo do por que está manipulando seus próprios amigos? — Um sorriso provocador surgiu em seu rosto.

Aika recuou um passo, surpresa ao ouvir aquilo, mas Lappy a puxou de volta, apertando o rosto dela com certa força.

— Não fuja, pequena. — Sua voz carregava um tom de desafio, seus olhos escuros a sondando. O sorriso impenetrável que sempre exibia agora havia sumido, substituído por algo mais sombrio. — Vamos, Aika. Conta pra mim. O que você esconde?

Ela o olhou por um longo momento, o peso das palavras dele caindo como pedras.

— Que tal uma troca de informações? — sugeriu Aika, controlando a respiração.

Lappy começou a ponderar aquela frase, passando a arma agora pelo rosto dela, como se estivesse acarciando-a por um tempo. Após um tempo, ele solta um suspiro, empurrando-a para longe e guardando a arma.

— Aceito. — Ele disse com desdém.

Aika revirou os olhos e guardou a faca, assim como ele havia guardado, o clima entre eles ainda pesado, ninguém se encarando.

Aika deu um passo para trás, mantendo os olhos fixos nos de Lappy. O silêncio entre eles era quase palpável, enquanto ambos processavam o que acabava de acontecer. Ela sabia que ele não a subestimaria mais depois disso.

— Então, vai começar você? — Lappy perguntou, cruzando os braços com um sorriso provocador. Ele estava curioso, mas ainda jogava o jogo com cautela.

𝗝𝗢𝗚𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗟𝗘𝗔𝗟𝗗𝗔𝗗𝗘: 𝗢 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼. Onde histórias criam vida. Descubra agora