Capítulo 42 - O sussurro da Morte

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Nos meses seguintes, Vênus se adaptou a sua nova vida. Ela passou mais tempo com Bellatrix, aprendendo mais sobre seu passado e começando a entender a complexidade de sua mãe. Voldemort, embora ainda distante e frio, demonstrava um estranho tipo de carinho por Vênus, permitindo que ela ficasse perto e envolvida em suas atividades, mas sem forçá-la a participar da guerra.

A Ordem da Fênix, por sua vez, ficou perplexa com a retirada repentina de Vênus do conflito. Harry Potter, agora livre da profecia, continuou a lutar ao lado de seus amigos, sempre se perguntando o que havia acontecido com a jovem que uma vez fora sua adversária.

Vênus, no entanto, encontrou uma estranha forma de felicidade na nova dinâmica com seus pais. Por mais que a guerra ainda continuasse ao redor, dentro das paredes escuras do castelo de Voldemort, ela encontrou uma família, mesmo que imperfeita e manchada pela escuridão. E para Vênus, naquele momento, isso era o suficiente.

Os dias passaram em um borrão de recuperação e vigilância constante para Vênus. Voldemort e Bellatrix reforçaram a segurança ao seu redor, mas os olhares e sussurros entre os Comensais da Morte continuaram. Vênus sabia que sua decisão de desistir da luta não era bem vista por todos, mas estava determinada a encontrar algum tipo de paz na vida que escolheu.

Certa noite, enquanto descansava sozinha em seu quarto, Vênus ouviu um barulho suave. Antes que pudesse reagir, um feitiço atravessou o ar, atingindo-a diretamente no peito. A dor foi insuportável e ela caiu ao chão, incapaz de se mover ou gritar por ajuda.

O Comensal que a atacara, um homem desconhecido para Vênus, se aproximou com um olhar de triunfo nos olhos.

— Você não merece viver, traidora — sussurrou ele, com desprezo.

Vênus tentou lutar contra a escuridão que começava a invadir sua visão, mas a dor era demais. Seus pensamentos se voltaram para Voldemort e Bellatrix, e para Draco e Nagini, que estavam longe, seguros. Queria tanto vê-los uma última vez, mas sabia que não teria essa chance.

Enquanto sua vida lentamente se esvaía, a porta do quarto foi arrombada. Voldemort e Bellatrix entraram correndo, suas expressões de pânico se transformando em horror ao ver o corpo de Vênus no chão, o sangue se espalhando ao seu redor.

— Não, Vênus, não... — murmurou Bellatrix, correndo até ela e se ajoelhando ao seu lado. — Minha filha, por favor, fique comigo.

Voldemort se ajoelhou ao lado dela, seu rosto uma máscara de dor que ele raramente deixava transparecer. Ele tocou o rosto de Vênus, sentindo a pele fria e sem vida. Sua voz, quando finalmente falou, estava carregada de um desespero que nenhum dos dois jamais havia experimentado.

— Minha filha... — sussurrou ele, seus olhos fixos no rosto de Vênus.

Bellatrix soluçava descontroladamente, segurando o corpo de Vênus e balançando suavemente, como se isso pudesse trazer sua filha de volta. Voldemort permaneceu ao lado dela, sentindo uma raiva profunda contra o mundo que tirou sua filha.

Neste momento de dor, a porta do quarto foi novamente arrombada, desta vez por Lucius, Narcisa e Draco Malfoy. Eles congelaram ao ver a cena diante deles: Voldemort e Bellatrix chorando ao lado do corpo sem vida de Vênus.

Draco sentiu um nó na garganta ao ver sua amada morta, e lágrimas escorreram por seu rosto. Narcisa correu até ele, abraçando-o com força, enquanto Lucius observava a cena, incapaz de encontrar palavras.

— Ela... ela se foi... — murmurou Draco, sua voz embargada. Então um grande clarão se fez presente na sala cegando a todos e por fim quando perceberam o corpo de vênus nao estava mais lá

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