Capítulo 21 - ódio e desejo.

81 15 9
                                    

Lincoln Fletcher

Meu humor está péssimo. Tive que trazê-la comigo hoje, e a ideia de dividir o monitoramento dela com Dylan e Asher está acabando com minha paciência. Logo eu, Lincoln, o cara que sempre faz tudo sozinho, que resolve as merdas sem ninguém no meu pé. E agora, ela está ali, no banco do passageiro, com aquele sorrisinho provocador que me tira do sério. Não tenho tempo para esse joguinho infantil.

Dá pra ficar quieta? — pergunto com um tom tão afiado quanto minha paciência. — Preciso me concentrar, não aguento mais ouvir a sua voz.

Não quero. — ela responde, claro, porque infernizar minha vida parece ser o hobby favorito dela.

Óbvio que não quer. Ela adora me provocar, adora me ver irritado. E hoje ela está no auge. Se não fosse por essa maldita operação, eu teria deixado ela em casa e pronto. Mas aqui estamos, e eu ainda tenho que engolir essa palhaçada.

O rádio chia e a voz do operador me tira dos pensamentos.

Lincoln? Está na escuta? Suspeito está na rua old shell.

— Entendido. Vou atrás dele.

Me viro para ela com a cara mais fechada do mundo. Ela precisa entender que, por mais que adore brincar com fogo, agora não é hora.

Eu quero que você fique calada. — a voz saiu fria, como uma ordem. — Agora não é hora de brincadeiras, provocações ou qualquer merda do tipo. Entendeu? É sério.

Ela não responde. Ótimo. Fica calada por um segundo, por favor. Meu foco agora está na rua, no cara que estou perseguindo. As sirenes no fundo, o cheiro de gasolina queimando, o motor rugindo — tudo me deixa mais concentrado. A adrenalina está a mil, e eu preciso pegar esse desgraçado.

E então... sinto.

A porra da mão dela no meu cinto, desfivelando como se a gente estivesse em qualquer outro lugar, e não no meio de uma perseguição. O que caralho ela acha que tá fazendo?

Sinto seus dedos deslizando pela minha calça, entrando na minha cueca e agarrando meu pau, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Eu deveria estar focado no suspeito. Mas como, porra?

— Eu mandei não fazer nada. — digo, com os dentes cerrados de puro ódio.

— Aqui você não manda nada, Lincoln. — a voz dela é baixa, mas afiada. — Já achei que isso estava bem claro. Agora se concentra no seu trabalho.

Que petulância. Ela tá sempre me testando, sempre querendo ver até onde consegue me levar. O carro tá em alta velocidade, e minha cabeça tá dividida entre manter o controle do volante e não perder o controle sobre o que ela está fazendo comigo.

Foda-se. Não posso parar, não agora. Mas ela vai pagar por isso depois.

Mas ela não se limita a apenas me tocar. Não, a cadela maldita vai além. Como se o caos já não fosse suficiente, sinto sua mão se mover com mais precisão, mais intenção. O peso da situação começa a se agravar quando ela inclina a cabeça e, sem o menor pudor, coloca meu pau na boca.

Estou no meio de uma operação, porra. Tô com o maldito suspeito à minha frente, e essa mulher sem escrúpulos me arrasta para o fundo do inferno, sem se importar com o que está em jogo.

A cabeça dela se move de forma rítmica, a boca quente em volta de mim. Eu devia detê-la, interromper essa loucura, mas é como se meu corpo estivesse dividido, preso entre o dever e o desejo. Um desejo que, por mais que eu despreze, ela consegue manipular com perfeição.

Maldição da meia-noite | Dark Romance & Harém Reverso 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora