Aviso: Esse capítulo contém cenas explícitas de vingança. Conteúdo sensível e recomendado para maiores de 18 anos.
Saí rapidamente da casa do Lincoln.
O ódio em seus olhos era evidente. Ele me perseguiria até o inferno, se necessário. Eu precisava agir com urgência. O próximo passo: queimar a moto favorita do Dylan.
Dirigi o mais rápido possível até a empresa e, para minha surpresa, a moto dele ainda estava no estacionamento. Vesti o traje que havia deixado no carro — não queria que nenhuma câmera captasse minha identidade. Terminei de me vestir e coloquei a máscara.
Caminhei até ela, parando em frente ao veículo. O reflexo das luzes da rua brilhava na pintura impecável. A máquina era o orgulho e a alegria dele — sempre polida, sempre perfeita — como se fosse uma extensão do ego inflado que ele carregava por onde ia. Era irônico pensar que, após tudo o que ele havia feito, algo tão simples quanto essa moto pudesse ser sua fraqueza. Era o modelo Norton V4SV.
Minhas mãos tremiam um pouco, mas não era de medo. Era de pura adrenalina. O cheiro da gasolina que eu havia derramado ao redor da moto impregnava o ar.
Passou pela minha mente naquele instante, o quanto ele poderia estar envolvido na morte da minha mãe e o quanto eu o desprezava quanto ser humano.
Meus olhos percorreram a moto uma última vez, aquela máquina perfeita que ele amava mais do que qualquer outra coisa. Sem hesitar mais, acendi o isqueiro e joguei a chama sobre o líquido. O fogo se espalhou rápido, subindo pelas rodas e devorando o metal como se estivesse faminto.
"Diga adeus para a sua belezinha que está aqui fora, meu anjo. Não deveria ter me provocado ontem".
Mandei mensagem para o seu número. Eu queria ver a sua reação.
O crepitar das chamas era quase uma trilha sonora para a minha vingança, e eu me permiti sorrir enquanto a moto começava a derreter diante dos meus olhos. Ele ia sentir. Ele ia ver o que era perder algo que tanto importava. O cheiro de borracha queimada e metal quente invadiu o ar, e as chamas dançavam refletidas em meus olhos.
"Sua vagabunda, o que você fez?"
"Vem dar uma olhadinha".
Me escondi para ter acesso melhor a cena que vinha em seguida. Dylan apareceu correndo, se deparando para a sua moto sendo queimada. Sua expressão era de choque, misturada com ódio e ressentimento. Ora ora, existe sentimento nesse ser desprezível.
— SUA PIRANHA, EU VOU TE CAÇAR, VOCÊ TÁ ME OUVINDO! FILHA DA PUTA, DESGRAÇADA.
Eu me afastei após ouvi-lo esbravejar, o coração batendo forte, o calor das chamas nas minhas costas enquanto eu caminhava para longe. A moto dele era história. E isso... isso era só o começo.
Entro no carro e dirijo para a faculdade. Eu sei que nas quartas-feiras, Asher costuma dar aulas até 22h30 e ainda tenho um tempinho. Respiro fundo enquanto dirijo e sorrio com as ações que tomei. Falta só uma coisa pra hoje e eu quero ter 100% de sucesso.
Estaciono perto da saída da faculdade e só precisaria esperar quando ele fosse embora. O meu próximo e último passo para hoje era bater com tudo no carro dele. Eu sei que ele tem apego ao carro e também é neurótico com ficar doente ou se machucar.
Eu estava no estacionamento da faculdade, com o motor do carro ronronando baixo, minhas mãos segurando o volante firme. O relógio no painel brilhava, marcando os minutos enquanto eu esperava. O Asher saía sempre no mesmo horário, como um relógio, metódico e previsível. E hoje, eu seria a exceção no dia perfeito dele.
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Maldição da meia-noite | Dark Romance & Harém Reverso 🔞
RomansaAdvertência: Esta obra é um Dark Romance de Harém Reverso (+18) com conteúdo intenso e potencialmente perturbador. Bem-vindo a Sunks, uma cidade onde a chuva incessante é apenas o prelúdio para os horrores que se desenrolam após o crepúsculo. Recent...