Capítulo 15 - desafio 1.

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Asher Dixon

Eu a observei enquanto ela se arrumava, sua expressão impassível, olhos fixos no espelho enquanto passava a maquiagem com uma precisão quase irritante. Blue estava tentando manter o controle, mesmo sabendo o que viria a seguir. O primeiro desafio. Ela sabia que eu gostava de testar seus limites, de levar suas defesas ao extremo, até que não restasse mais nada além do que eu queria que ela sentisse.

Hoje, seria o primeiro passo para isso.

Ela estava impecável, como sempre. Vestido justo, preto, que moldava suas curvas, revelando muito e escondendo o suficiente para que o desejo crescesse com cada olhar. Ela era uma obra de arte em carne viva, mas agora, era uma obra que eu controlava.

— Pronta para seu desafio? — perguntei, enquanto me aproximava, segurando o pequeno controle em uma das mãos. 

A provocação estava em meu tom, claro, inegável. Sabíamos o que aquilo significava. Eu queria levá-la ao limite, vê-la à beira de perder o controle, implorando por misericórdia, mas incapaz de escapar.

Ela se virou lentamente, seus olhos encontrando os meus no reflexo do espelho. Não disse nada, apenas ergueu uma sobrancelha como se quisesse dizer que estava preparada. Mas eu sabia que por trás daquela fachada de confiança, o nervosismo começava a se instalar. Eu podia sentir, ver nos detalhes sutis de seus movimentos. Ela sabia que eu estava prestes a brincar com cada fibra de seu autocontrole.

— Vamos.

Toquei o controle levemente, apenas para lembrar a ela quem estava no comando. O pequeno vibrador já estava no lugar, perfeitamente posicionado. Eu a havia preparado antes de sairmos. E agora, íamos a um evento social – algo que ela detestava, mas que tornava o jogo ainda mais interessante. Ela teria que manter a compostura enquanto eu brincava com ela de longe, sem que ninguém soubesse.

Enquanto saíamos do quarto e entrávamos no carro, ela manteve o rosto neutro, mas eu podia ver a tensão em seu corpo. Ela sabia que, a qualquer momento, eu poderia apertar aquele botão, levá-la ao seu limite, fazê-la lutar contra o próprio corpo em um ambiente cheio de gente. Isso me excitava. Ver até onde ela aguentaria antes de quebrar.

Chegamos ao evento – uma festa cheia de gente, risadas, música alta e conversas que se misturavam no ar. Ela caminhava ao meu lado, firme, mas seus passos tinham uma hesitação mínima. Um detalhe que passaria despercebido por qualquer um, mas não por mim. Eu estava observando cada movimento, cada respiro.

No meio da multidão, enquanto cumprimentávamos pessoas e ela tentava se manter na superfície, eu apertei o botão. Não muito forte, apenas o suficiente para que ela sentisse a primeira onda de prazer correr por seu corpo. Seus lábios se apertaram levemente, mas ela manteve o controle, sem demonstrar nada no rosto. Apenas continuou a falar, a fingir que tudo estava normal.

Eu sorri. Ela estava jogando bem, por enquanto.

Conforme a noite passava, aumentei gradualmente a intensidade. Cada toque no controle fazia seu corpo estremecer levemente. Ela disfarçava bem, mas eu via a batalha interna que acontecia a cada segundo. Suas mãos tremiam ligeiramente quando pegava a taça de vinho, seus olhos estavam um pouco mais desfocados, e sua respiração, por mais que tentasse esconder, estava ficando cada vez mais irregular.

Eu me aproximei dela em um momento, enquanto estávamos cercados por pessoas, e sussurrei em seu ouvido: "Como você está se sentindo, Blue?" A provocação em minha voz era quase palpável. "Ainda acha que consegue manter o autocontrole?"

Ela me lançou um olhar rápido, seus lábios apertados, mas não disse nada. Eu sabia que ela estava no limite, mas não admitiria. Não ainda.

Aumentei a intensidade do vibrador de repente, e vi o choque percorrer seu corpo. Ela quase deixou a taça cair, mas se recuperou no último segundo, tentando parecer natural. Um sorriso vitorioso cruzou meus lábios.

Maldição da meia-noite | Dark Romance & Harém Reverso 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora