Capítulo 07 - toc toc, achei vocês.

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Aviso: Esse capítulo contém cenas impróprias, recomendado para +18 de anos. Cena explícita de sexo, ameaças, palavras de baixo calão. 

Blue Sugg

— Eu vou te pegar! E você sabe muito bem o que eu faço com garotas travessas, não é? Sua vagabunda! Eu vou te caçar até o inferno se for preciso. Está me ouvindo?

Ouvi muito bem, chefinho.

Aquelas ameaças eram uma canção de amor para os meus ouvidos. Estava extremamente eufórica e animada por ter descoberto os três maiores assassinos — e eles estavam bem debaixo do meu nariz.

Matá-los seria um desperdício, considerando o quanto são atraentes. Talvez eu pudesse me divertir um pouco antes de concluir meu trabalho. Não haveria problema em me entreter por um tempinho a mais.

Fazia três meses que eu havia descoberto suas identidades. O primeiro deles foi o Dylan.

Após recuperar minha faca, na pressa do momento, consegui instalar apenas uma câmera escondida próxima ao local onde ela estava. Inicialmente, pensei que tinha sido um erro inútil. Mas o Dylan é burro, e eu soube aproveitar isso.

Vigiei-o desde aquele dia até hoje — já se passaram cerca de 6 meses.

Percebi características que antes não havia notado nele. Apesar da vibe de durão, ele é bem instável emocionalmente — observei várias mudanças de humor ao longo desse tempo. É extremamente ansioso e desconta em si mesmo: já socou a parede, bateu a cabeça, se mordeu e se estapeou. Além das constantes crises de raiva, ele é bastante melancólico — isola-se com frequência, fala sozinho e, posso até dizer que o ouvi chorando, embora possa ter sido impressão minha.

Além de observar melhor sua personalidade, trejeitos e manias, pude ver sua relação com Asher e Lincoln. Eles se encontraram três vezes pessoalmente na casa do Dylan. Burros para um caralho.

A dinâmica entre eles era clara: Dylan, o instável que só fala palavrão; Asher, o meticuloso e sarcástico; Lincoln, o frio e fechado.

De fato, eles formavam um time inteligente e habilidoso. Porém, cometeram o erro de subestimar uma mulher. Minhas habilidades foram cruciais nessa empreitada. Tomei precauções meticulosas — cuidei das digitais, não deixei fios de cabelo, evitei perfumes e mantive a imagem de uma garota ingênua e frágil.

Todo o plano foi arquitetado com precisão. O "acidente" de deixar a faca cair, prevendo que o suspeito a pegaria, inspirou-me a deixar outras pistas nos locais dos crimes. A calcinha, estrategicamente posicionada em local exposto na cena do crime, serviria para sugerir que o perpetrador — eu — era possivelmente uma mulher. As luvas também serviram de isca, coincidindo com as que vi Asher usando em sua casa, graças às câmeras que instalei sorrateiramente.

Quanto ao Lincoln, eu o vi pegando a calcinha e guardando-a. Ele poderia tê-la usado como evidência, mas no dia seguinte, ela não reapareceu como prova do crime.

A sensação da descoberta quase me fez gozar de satisfação. Fiquei em êxtase, tudo por mérito inteiramente meu — eu fiz sozinha, eu descobri e arquitetei sem ajuda de ninguém, eu consegui. Esse pensamento me faz sorrir exageradamente, mas logo em seguida, o riso se mistura a um choro preso no fundo da garganta. Minha mãe havia me ensinado a ser esperta e a pensar e agir estrategicamente.

Recomponho-me e volto a encarar as telas à minha frente. Imaginei que Dylan quebraria a câmera após a descoberta, mas agora o vejo calmo e equilibrado.

A câmera está posicionada de frente para o sofá. Dylan está sentado, sozinho, com uma taça de vinho nas mãos. Sua expressão muda, e seus lábios formam um sorriso malicioso. Seus olhos se voltam para a câmera.

Maldição da meia-noite | Dark Romance & Harém Reverso 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora