Maldição da meia-noite | Dark Romance & Harém Reverso 🔞

Capítulo 25 - ligação importante.

Blue Sugg.

Acordei com uma dor de cabeça latejante e uma sensação de ódio corrosivo por mim mesma. As lembranças da noite anterior invadiram minha mente como um vírus, impossíveis de serem deletadas. Meu cérebro, normalmente tão calculista, parecia ter sido hackeado por uma versão patética e carente de mim mesma.

Analisei friamente cada detalhe: o ciúme possessivo, a declaração infantil de "meus homens", o pedido ridículo para que ficassem comigo. Que porra foi aquela? Eu, a Blue, implorando por companhia? Patético.

MAS QUE MERDA.

Carente agora, é? Não fode, porra.

Respirei fundo, tentando reconfigurar meu sistema emocional. Precisava apagar esse erro, esse glitch na minha programação perfeita. Fingir. Sim, eu podia fazer isso. Era uma especialista em criar máscaras, em manipular. Por que não usar essas habilidades em mim mesma?

— Bom dia, arruaceira. — A voz de Asher interrompeu meu processo de auto-debug. Ele entrou carregando uma bandeja, um sorriso quase... gentil no rosto. Meu coração acelerou. Perigo. Alerta vermelho.

— Bom dia. — Respondi, minha voz fria como gelo. Máscara ativada.

Dylan apareceu logo em seguida, aquele sorriso provocador nos lábios. Minha ansiedade aumentou. Mais variáveis para controlar.

— Se ganhamos o título de seus homens, você vai ganhar o título de nossa mulher também, a partir de hoje.

Senti meu rosto esquentar. Merda. Erro no sistema. Reboot necessário. Urgente.

Revirei os olhos, uma tentativa patética de disfarçar a ansiedade que fervilhava em meu peito. Meus dedos tamborilavam freneticamente no colchão, traindo minha aparente calma. Meu cérebro trabalhava a mil, calculando cada possível resposta, cada cenário. Mas antes que eu pudesse articular uma réplica perfeitamente arquitetada, a porta se abriu violentamente.

Lincoln irrompeu no quarto, sua presença ameaçadora preenchendo o espaço. Meu coração disparou, uma mistura de medo e excitação que eu odiava admitir. Merda. Por que ele tinha que aparecer justo agora? Minha máscara de indiferença ameaçava desmoronar, e eu lutava para manter o controle. Não podia deixar que vissem o caos que eu era por dentro. Não podia mostrar fraqueza. Não agora.

— Curtiu a liberdade mostrando o rabo pra todo mundo? — Lincoln dispara, sem filtro.

Meu estômago se contorce violentamente. Respiro fundo, forçando uma máscara de indiferença enquanto minha mente calcula freneticamente mil cenários possíveis. Mantenha o controle, Blue. Mantenha o controle.

— Vamos... fingir que nada disso aconteceu, ok? — minha voz oscila entre frieza e um toque de súplica que me enoja. Patético. — Só me devolva meu celular e acesso à internet. Por favor?

Lincoln me encara, seus olhos perfurando os meus como lâminas afiadas. Meu coração dispara, traindo minha aparente calma. Ele hesita por um momento torturante antes de me entregar o celular, sua expressão dura como granito.

— Sem gracinhas. Estamos de olho em você. — ele adverte, a voz carregada de ameaça velada.

Assim que eles saem, deixo escapar um suspiro trêmulo. Sozinha novamente. Meu corpo relaxa momentaneamente, mas minha mente já está em overdrive, calculando, planejando, analisando cada variável possível. Liberdade limitada, mas ainda assim, liberdade. É o suficiente. Tem que ser.

Caminho até a varanda, a brisa fria acariciando minha pele febril. Minhas mãos tremem levemente enquanto seguro o celular, uma mistura de ansiedade e excitação correndo por minhas veias. De repente, o aparelho vibra, e meu coração salta uma batida.