Aviso: Esse capítulo irá conter cenas explícitas de violência e mortes.
Estava terminando de me arrumar quando ouvi meu celular vibrar.
"Me manda seu endereço, vou te buscar em 15 minutos."
A mensagem era de um número desconhecido.
"É o Dylan, caso não saiba."
Eu já imaginava, pelo tom ácido de sempre. Olhei-me no espelho para conferir minha aparência. Usava um vestido preto justo que realçava minhas curvas. As alças finas deixavam os ombros e braços à mostra. O tecido moldava-se à minha silhueta, destacando a cintura e o quadril.
Lembro-me de acrescentar ao look uma faca presa na renda da minha meia-calça. Finalizei com um batom vermelho e um perfume adocicado com notas de damasco, ameixa e coco, em seguida, ele evolui para um coração floral com a presença de lírio-do-vale e rosas. Antes de sair, mandei uma mensagem para Jess avisando que logo estaria na entrada da festa. Peguei uma mini bolsa onde cabiam meu celular, uma mini faca disfarçada de batom e um gloss.
"Desce, Cinderela".
Reviro os olhos e umedeço os lábios, rindo debochadamente em seguida. Ele quer me provocar. Mas vamos ver quem provoca melhor.
Saio do prédio e vejo Dylan. Ele usa uma camisa social preta com alguns botões abertos, revelando parte do peitoral. Completa o visual com calça jeans e sapatos pretos. Seus cabelos estão úmidos e levemente desalinhados. Ao passar por ele e entrar no carro, sinto seu perfume cítrico com notas de laranja.
— Olha só, caprichou, tá bonito. — Elogiei-o, colocando o cinto e me virando para ele, dando-lhe uma olhada.
— Você que caprichou, Cinderela — disse me observando atentamente — Não sabe onde está se metendo. — Mencionou ao ligar o carro.
— Por que Cinderela? Não sou princesa. — Cruzei os braços e fechei a cara.
— Porque meia noite é a hora de você sair correndo pra casa. Entendeu? — Ordenou.
— Isso é uma ordem? É isso mesmo? — Encarei-o, tentando entender sua expressão, um misto de preocupação com deleite.
— Se for pra você ir embora o mais rápido possível, sim. — Finalizou o assunto bravo e carrancudo.
— Tá pra nascer quem vai me dar ordens.
Tocaram umas oito músicas tocaram até chegarmos ao local. Como esperado, o lugar estava lotado — havia todo tipo de pessoa. Observei atentamente a cena, enquanto Dylan procurava uma vaga livre no estacionamento.
Assim que estacionamos, saímos do carro em silêncio. Porém, antes que eu pudesse me afastar, senti a mão de Dylan segurando meu braço.
— Já te falei que não serei o seu babá aqui — suas pupilas dilataram — só toma cuidado. Este não é lugar pra princesinha. — Sua mão apertava forte o meu braço.
— E quem disse que sou princesa? Talvez eu esteja mais próxima das vilãs da Disney, chefinho. — Me desvencilhei da sua mão, dando passos apressados.
Desapareci no meio da multidão. Antes de encontrar Jess, queria dar uma boa olhada nas pessoas presentes. Aproveitei o fato de que outros estavam filmando o lugar e fiz o mesmo, para analisar depois — para posteriormente ver quem estava ali, se tinha algo suspeito.
Era 23h45. Conforme o que eu havia compreendido da nossa conversa anterior, as coisas tomariam um rumo sinistro por aqui à meia-noite. Eu mal podia conter minha ansiedade para descobrir o que estava prestes a acontecer, podia sentir a adrenalina querendo aparecer e percorrer todo o meu corpo.
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Maldição da meia-noite | Dark Romance & Harém Reverso 🔞
RomanceAdvertência: Esta obra é um Dark Romance de Harém Reverso (+18) com conteúdo intenso e potencialmente perturbador. Bem-vindo a Sunks, uma cidade onde a chuva incessante é apenas o prelúdio para os horrores que se desenrolam após o crepúsculo. Recent...