capítulo 6 - Conversa

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Já faz alguns dias que o Ministério da Magia anunciou sua teoria. Nenhuma carta, resposta, pronunciamento do ministro.

Nada.

Agora, estava na biblioteca, está no último intervalo do dia. Por sorte, estou aprendendo a andar pelas escadas e pela escola. Estava lendo um pouco sobre feitiços e a antiga Magia Negra, se quero me sair muito bem sucedida, preciso estudar para pegar Potter.

Acredite, Magia Negra é complexo, normalmente não se usa tanto a varinha, Dumbledore e meu pai conseguem usá-la, de modos diferentes. Os feitiços tem lá suas dificuldades, mas de todos os modos, é mais fácil.

— Está estudando no horário de intervalo? — Malfoy se senta ao meu lado fazendo o maior barulho.

Nós estamos bem. Muito bem para falar a verdade. Não estamos querendo matar um ao outro mesmo ainda trocando algumas farpas, mas estamos começando a nos entender.

— shiuuu. Está em uma biblioteca, não se fala alto aqui, Malfoy — olhei nos olhos do mesmo.

— tá, tá bom. Relaxa, Riddle — ele disse um pouco mais baixo.

— Chega de Riddle. É a segunda vez que me chama de Riddle com pessoas no mesmo cômodo sabia — chamei sua atenção.

— Vem contando quantas vezes te chamo assim, praga? Porque? Tem gostado? — Malfoy chegou mais perto de mim. Desviei meu olhar para o livro novamente — o que está vendo agora?

— livro, mimado — o olhei novamente.

— jura, praga — ele fez uma careta.

— Magia Negra e feitiços — respondi sua pergunta anterior.

— já é boa o suficiente. Porque estudar mais? — perguntou ele se jogando na cadeira.

— porque precisamos do Potter. Os pais e ele não morreram naquela noite, tem que haver uma explicação. Eles são fortes, e nós também precisamos ser

— eu sou forte — o mesmo ajeitou sua postura na cadeira na tentativa de parecer mais forte.

— não me faça rir, Malfoy — ri baixo do mesmo — olha, precisamos aprender a ficar mais fortes. Eu quero orgulhar meu pai e você o seu. Então, temos que estudar de verdade

— talvez tenha razão

— pera aí, o que? — ele franziu as sobrancelhas — disse que eu estava certa? Pelas barbas de Merlin, Draco Malfoy deu o braço a torcer. Espero que os Dragões não circulem o Castelo com tantos milagres acontecendo por aqui

— não se acostume, rainha do drama — ele rolou os olhos — vamos, antes que Crabbe e Goyle venham dizendo que estamos atrasados

— esses garotos vivem no seu pé — me levantei colocando os livros em seus respectivos lugares.

— eles não têm tantos amigos, não implicam com ele porque eles me conhecem, se não me conhecessem iria ser anos difíceis para os dois

— Porque seria você que iria sacanear eles? — perguntei sorrindo para ele.

— agora a Lady sabe de tudo é? — ele perguntou com sarcasmo e saiu na frente.

— não brinque assim com meu título, Malfoy — ele parou na porta abrindo e me deixando passar primeiro e fomos em direção a sala de aula.

(...)

Estávamos tendo nossa última aula do dia de Herbologia, com a professora Pomona Sprout, diretora da Lufa-Lufa. Ela estava falando sobre "ervas daninhas", como os trouxas falam.

— Morgana, querida — Pomona chama minha atenção colocando suas mãos em meu ombro — já havia estudado esse tipo de vegetação?

— ah, já sim, professora. Há um tempo atrás apareceram algumas na minha casa, tive que aprender mais sobre elas

— ah, claro, que maravilha — a mesma saiu de perto de mim indo até outros alunos.

— professora? Me desculpe por interromper sua aula — a professora Minerva aparece ao lado da porta da estufa — Dumbledore está chamando Morgana — o silêncio se instalou naquela estufa.

O próprio Dumbledore estava me chamando. Me levantei e andei até Minerva.

Fomos até a porta da sua sala. Tinha uma grande gárgula na frente e escadas atrás dela.

— ele está te esperando, querida — diz Minerva.

— Estou com problemas professora? — perguntei a mesma.

Não tinha feito nada além de estudar nesses dias, não há possibilidades de ter algum problema

— não, não fez nada de errado. Ele só quer conversar. Pode ir — McGonagall vira as costas pra mim seguindo caminho de sua própria sala.

Me aproximei da tal estátua que abre uma passagem atrás de si, onde há uma escadaria em espiral. Uma porta se abre para um escritório muito amplo e bem iluminado por diversas janelas, muito bem decorado. As paredes da sala são cobertas por muitas estantes com livros e inúmeros quadros dos antigos diretores de Hogwarts, Armando Dippet, Alvo Dumbledore, Minerva McGonagall, Thales Malfoy, etc.

Nas janelas, cortinas que parecem quase nunca serem fechadas, um grande lustre central e diversos candelabros nas paredes. Logo ao centro há uma grande escrivaninha, onde tinha alguns livros, uma pena, e um poleiro com uma fênix, e por detrás, uma grande poltrona verde aveludado. Atrás da escrivaninha, uma grande estante, onde estava o Chapéu Seletor.

Me aproximei da Fênix, ela me olhou nos olhos, e logo, abaixou sua cabeça me permitindo acariciá-la. Nunca tive a virtude de ver uma fênix de perto.

Era linda. Suas penas vermelhas, seu rabo e pico dourados, suas garras grossas e fortes.

— ela simboliza a vida e seus ciclos. A esperança — me viro assim que ouvi uma voz saindo de trás de uma estante — ela normalmente não deixa ninguém chegar muito perto. Curioso — Dumbledore saiu de trás da estante vindo em nossa direção.

— ela é fascinante, diretor

— queria saber o que está achando de Hogwarts, está conseguindo acompanhar as aulas? — perguntou o mesmo.

— Sim. Hogwarts é incrível. Os alunos são bem receptivos, e curiosos… — o mesmo deu uma risada abafada.

— ótimo. É bom saber que está conseguindo se adaptar — o mesmo sorriu para mim.

— queria perguntar algo — disse ao mesmo.

— pergunte — ele se sentou em sua poltrona.

— ouvi boatos sobre esse herdeiro de Você-sabe-quem. São realmente reais? Você acredita neles? — perguntei me sentando na frente dele.

— bom, o ministério acredita que sim, que realmente há um filho ou uma filha. Para ser bem sincero com a senhorita, acredito que realmente há alguém, mas não que seja culpado, acredito que essa criança foi criada só com uma visão da vida. Mas não se preocupe, Hogwarts é segura — o mesmo diz com convicção.

— claro — concordei com o mesmo — obrigada — logo me levantei indo até a grande escada em espiral, há descendo aos poucos

Se ele acredita realmente que eu exista, então logo todos vão acreditar também.

Sobre o que ele disse, que a criança, eu, foi criada com só uma visão da vida, não é verdade, sei o que é certo e errado, Bella e papai souberam me criar…

Eles souberam…?

















— papai mandou um berrador de manhã — diz Ron — ele dizia que as coisas no ministério estão malucas, estão querendo ir atrás da tal herdeira

— Papai e mamãe ainda não me responderam, nem Sirius — diz Potter — mas não acredito que ela seja ruim. Sirius sempre me disse que em todos há luz e trevas, talvez ela só não saiba como usar

— está certo. E também não sabemos quem ela é — Hermione se pronunciou se sentando na mesa da Grifinória.

— Vamos tomar cuidado e ficar de olho em tudo. Ela pode estar em qualquer lugar — disse Harry.

Hogwarts: Blood of Blood Onde histórias criam vida. Descubra agora