capítulo 17 - Descobrir

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Com toda a claridade que entrava na ala hospitalar, acordei em um pulo. Não devia ter dormido. Estava a noite toda acordada, só dormi um pouco.

Draco estava ao meu lado, ainda dormindo calmamente. Eu e ele ficamos até tarde da noite acordados, respondendo as cartas que Narcisa havia mandado a ele. Ela só era uma mãe preocupada. Era bonito ver a preocupação e o zelo que ela tinha com o filho.

— Querida? — Ouço uma voz feminina atrás de mim, uma das enfermeiras — eu te vi dormir um pouco, não quis acordá-la...

— tudo bem — digo, com a voz um pouco embriagada pelo sono — alguma novidade?

— Draco pode voltar a Comunal — ela diz — o acorde e me chame, vou dar mais uma dose da medicação, ele vai continuar dormindo a manhã toda

Eu concordo com a cabeça e a vejo sair. Me levantei pegando a mochila que estava no meu pé, pegando as roupas de Draco que tinha pedido a Crabbe e Goyle pegar, guardando o livro que estava nas minhas mãos.

— Draco, precisa acordar — o chamei — vamos, mimado — cutuquei seu ombro, o fazendo abrir os olhos, me olhando com as sobrancelhas franzidas — a enfermeira disse que você pode voltar para a Comunal, só precisa tomar mais uma dose do remédio, sei lá o que é aquilo — tagarelo.

— tá legal — é tudo que ele diz, se sentando na beira da cama.

— Mandei Crabbe e Goyle pegar uma troca de roupa pra você — digo, lhe entregando a roupa, saindo e fechando a cortina que tinha para Draco trocar de roupa.

Vi a enfermeira chegar com o mesmo e pequeno frasco da tarde seguinte nas mãos. Esperamos até que Malfoy abrisse a cortina.

—Como está se sentindo, Sr. Malfoy? — perguntou a enfermeira.

— bem

— está com dor? — ela perguntou.

— não, só um leve incomodo — ele respondeu.

— tome isto — a enfermeira lhe entregou o frasco para que ele desse um gole, e o mesmo fez, com uma careta horrível — agora sim estão liberados — diz ela, fechando o frasco.

— obrigada — agradeci a ela.

— não precisa, querida. Não o deixe fazer esforços, mas ele irá dormir a manhã e a tarde todinha — ela diz baixo.

— não terei que ouvi-lo resmungar então — digo baixo, para que só a enfermeira entenda, ela dá um pequeno sorriso e sai.

(...)

Draco estava dormindo em seu quarto. Finalmente ganhei a pequena briga que tivemos, ele não queria dormir, disse que estava bem e que não estava com sono, mas estava estampado na cara dele o sono que ainda tinha.

Assim que Draco dormiu pude ir para o meu quarto, tomar banho e trocar minhas roupas. Peguei minha bolsa colocando alguns livros que estudaria e a foto que estava debaixo do meu travesseiro, não vou deixar uma foto de Lilian e Thiago Potter grávidos no meu quarto sem eu estar aqui. Mesmo sabendo que ninguém entraria aqui, é mais seguro assim.

Saio da Comunal em direção ao Salão principal. Draco não iria acordar em umas duas horas que estivesse fora.

A cada passo que eu dava aparecia alguma garota sussurrando sobre eu ter ficado com Draco, sozinhos na ala hospitalar, ou algum garoto perguntando sobre como ele estava e se poderia voltar logo a jogar em breve.

Entro pela porta da sala Comunal indo até a mesa da Sonserina, me sentando afastada dos alunos que já estavam ali. Peguei uma panqueca e coloquei ao meu prato, dando logo a primeira garfada, quase gemendo com o sabor exuberante na minha boca.

Hogwarts: Blood of Blood Onde histórias criam vida. Descubra agora