Eles tinham medo dela.
Sentada na carruagem branca e dourada, os dois membros da ordem religiosa encarregados de escoltá-la até o Palácio mantinham uma distância mais que necessária.Colados a porta do veículo, a tratavam com cordialidade, é claro, ela era um dos habitantes do universo criados pela força misteriosa a qual cultuavam mas também era a garota cujo um prêmio gigantesco estava sendo oferecido a quem a encontrasse, como uma criminosa cúmplice do assassinato do Rei.
Não que isso a incomodasse, ela já tivera dose extra de estranhos a tocando nessa semana mas não podia deixar de se sentir minimamente ofendida.
Sentia saudades de Pip. Estava nervosa e solitária, não sabia o que a esperava no encontro com Sol e nem sequer sabia se continuaria a ser quem é agora mas precisava seguir em frente.
Ela vira a cabeça para observar a paisagem pela janela, o membro da ordem religiosa colado a porta direita do veículo se sobressalta de medo com um gritinho. O majestoso Palácio se erguia poderoso no horizonte, tão branco e reluzente que fazia os globos oculares de Osha arder.
Olhando ao castelo, ela não podia deixar de sorrir mas não por estar finalmente de volta a casa mas por imaginar a cara de Qimir ao descobrir que a garota escapara de seus braços novamente.
Qmir não estava surpreso.
Na verdade já esperava que isso aconteceria, por esse motivo não se esforçou para selar as janelas, ela daria outro jeito de fugir se fizesse. E depois de tanto tempo trancada e controlada por Jedis, era até admirável que finalmente tivesse tomando atitudes por conta própria, mesmo que uma delas seja voltar para eles.
Aniseyas eram mulheres geniosas que faziam o que desejavam e ninguém podia impedi-las.E por algum motivo se encontrava a mercê delas, o que o deixava furioso internamente.
-Por qual motivo Osha me pediu para não confiar em você?
Mae segurava um papel apontado para o rosto de Qimir e na outra mão a gaiola de madeira com o pássaro sendo chacoalhado.
Ele levanta os braços com as mãos pra cima em uma expressão exagerada de dúvida.
-Eu não faço ideia- responde
Ela joga a carta nele irritada.
-Você faz alguma coisa com ela?Seu tarado -acusa ameaçando tacar a gaiola onde o pobre pássaro se segurava por sua vida
-Eu nem toquei nela- se defende
Tocou sim. No corpo e na mente.
-Além disso, eu mesmo te disse para não confiar em mim pois eu trabalho para o seu mestre, devia agradecer por continuar viva, eu poderia simplesmente te entregar a ele
-Mas você é o bonzinho-Mae debocha-O todo carinhoso Qimir
-De nada
Mae joga a gaiola nos braços dele.
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Save The Bride (Oshamir fic)
Hayran Kurgu"[...] As janelas de vitrais coloridos iluminavam o salão branco oval transformando o local celestial em algo infernal. Os corpos despedaçados espalhados pelo chão, o sangue cobria o mármore branco e respingava nas paredes como uma pintura abstrata...