11- Culpa e mais ameaças

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Oioi como vocês estão?
Como tem algum tempo que eu não atualizo (perdão por isso), recomendo relerem o capítulo 4, 6 e 8, pois podem ajudar a esclarecer algumas coisas para vocês que finalmente se interligam nesse capítulo. :)



     JIN

            
 
Namjoon estava escondendo algo. 
Essa foi a conclusão a que cheguei na tarde anterior, quando fui deixar Soyoon no apartamento dele, onde ela estava passando algum tempo. Assim que cruzamos a porta da frente, notei a tensão em Namjoon. Isso poderia ter passado despercebido, mas conhecia meu amigo o suficiente para identificar quando ele estava tenso e escondendo algo.

Tentei arrancar o que estava errado de todas as formas possíveis, mas ele continuava a dizer que estava tudo bem. Namjoon tendia a ter a cabeça dura e a não voltar atrás numa decisão, então deixei-o acreditar que havia desistido de tentar descobrir suas motivações. Eu tinha quase certeza de que era algo envolvendo Miyeon, afinal, ultimamente tudo que acontecia na faculdade de certa forma tinha envolvimento com ela. A festa de boas-vindas ainda pairava nos corredores e na vida cotidiana dos alunos, que tentavam fingir que não se importavam, para tentar seguir suas vidas. Mas para alguns, isso era mais difícil. E Namjoon era um deles, afinal ele e Miyeon se tornaram bons amigos no ano anterior. 

Estava olhando o relógio contando os segundos para sair do meu emprego de meio período como atendente em uma lanchonete perto do campus quando vejo a delegada Sunmi entrar pela porta da frente, calando todos os adolescentes e jovens que conversavam freneticamente enquanto lanchavam. Para qualquer pessoa que estudava ou trabalhava na Universidade, a aparição dela só podia significar uma coisa:

1 — Interrogatório.

2  — Nova pista.

Ela ignorou a aparente intimidação e o medo que apenas sua presença causava, e veio até mim.

— Posso ajudá-la em algo? — pergunto, já pegando a folha para anotar os possíveis pedidos, mesmo crendo que as intenções dela ali não eram necessariamente essas.

— Eu gostaria de falar com você, Seokjin, teria como me dar um minuto? — A delegada pergunta de maneira educada, mas sei que não tenho escolha além de aceitar.

— Claro, já acabou o meu turno. Só vou pegar as minhas coisas. — Digo e ela assente. Pego minhas coisas no meu armário e volto para acompanhá-la até onde iríamos conversar.

Estávamos a poucas quadras da Universidade, então a delegada e eu caminhamos até a sala da direção, que atualmente era praticamente um escritório improvisado para interrogatórios com alunos. A delegada passava a maioria do tempo por ali tentando encontrar novas pistas e depoimentos, mas, segundo alguns boatos que escutei pelos corredores, ela não estava obtendo nenhum resultado notável. Não sei a veracidade desses boatos, mas pela expressão cansada da mulher à minha frente, suponho que os boatos são verdadeiros.

— Sente-se, por favor. — Ela diz, apontando para a cadeira em sua frente. — Da última vez que conversamos, Seokjin, você disse que não tinha muito o que dizer, pois vocês não tinham muita ligação.

— E é verdade, pois Miyeon e eu temos vidas completamente diferentes. — Miyeon é rica e eu sou pobre, quero dizer, mas não acho que seja um bom momento para ser sarcástico.

— Entendo, mas você também disse o que ouvi de várias pessoas: que ela estava tendo um comportamento estranho antes de sua morte. 

— Sim, esbarrei com ela no corredor após o discurso da diretora, mas acho que você já sabe disso. E ela parecia um pouco perturbada, e também havia visto ela tendo uma breve discussão com o professor Hwang. — A delegada franze a testa.

Culpa Inocente - Bangpink Onde histórias criam vida. Descubra agora