Culpa Inocente - Bangpink

21 - Culpa e novo plano

JIMIN

Minha casa estava silenciosa, Lisa provavelmente não voltou para cá. Me pergunto onde ela estava, pois não vejo mais ela desde o momento em que o jogo acabou.

Ela parecia distante ontem e hoje o mesmo. Não gostava de ser invasivo, mas caso ela não se abrisse, eu teria que perguntar a ela o que estava acontecendo. Ainda mais depois dos últimos acontecimentos envolvendo a Minnie.

- Lisa? - Chamo, apenas para me certificar de que ela de fato não estava em casa. Como não obtenho nenhuma resposta, aquela é a confirmação de que eu precisava.

Iria tomar um banho, pois nada era melhor que um bom banho em casa. Não estava animado a ir para nenhuma das festas também, odiava ir para esses lugares sozinho, então decidi que depois irei passar no apartamento de Rosé para falar com ela. Ela havia me dito que não estava animada para ir para as festas hoje, então talvez possamos ficar juntos e minha irmã até me ajude com a situação da Lisa e Minnie. Ainda não havia contado para ela.

Meu banho é rápido, então poucos minutos depois estou dentro do meu carro, rumo ao apartamento da minha irmã.

Os prédios estavam silenciosos, uma boa indicativa de que eles se aglomeravam nas festas. Havia duas acontecendo hoje, uma de Mingyu e outra de um dos caras da equipe de basquete. Por falar em Mingyu, ele estava se mostrando um grande problema para nós. Conseguimos ganhar o jogo de hoje, mas ele não poupou sua inconveniência e parecia querer arranjar uma briga com Jungkook de qualquer forma. Eu me perguntava frequentemente qual era o problema deles dois, um com o outro.

Estacionei o carro em frente ao prédio de Rosé, que parecia tão silencioso quanto o resto do campus, mesmo não sendo um dos prédios universitários. Nem mesmo o porteiro estava no lugar de costume, provavelmente se aproveitando da calmaria para relaxar. Subi os degraus até o andar dela, pensando em como iniciar a conversa. A cada passo, o silêncio ao redor parecia ganhar mais peso.

Quando finalmente chego no andar no qual a minha irmã mora, percebo que há algo de muito errado.

Ao me aproximar da porta, ouço vozes abafadas vindo de dentro. Não parecia uma discussão, mas havia uma certa urgência no tom. Hesitei antes de bater, pensando no que estava acontecendo.

"Rosé?" Chamei baixinho, mas minha voz não foi alta o suficiente para ser ouvida.

Franzi a testa, confuso. Será que ela estava sozinha ou havia mais alguém lá? Decidi bater na porta.

Antes que pudesse bater, ouvi passos rápidos dentro do apartamento. As vozes cessaram imediatamente. O som de uma cadeira arrastando no chão ecoou, seguido pelo ruído abafado de algo sendo derrubado.

Ela definitivamente não estava sozinha.

Assim que minhas mãos tocaram a madeira, um som repentino veio do outro lado, como se alguém estivesse colado à porta, esperando por meu próximo passo.

- Quem é? - A voz de Rosé ecoou, carregada de tensão.

- Sou eu, Jimin! O que está acontecendo aí? - Estava genuinamente preocupado agora, graças ao tom de voz da minha irmã.

Houve uma pausa longa antes de escutar o som da tranca sendo girada. A porta se abriu devagar, revelando minha irmã com uma expressão que misturava alívio e nervosismo.

- Jimin? O que você está fazendo aqui? - Rosé parecia confusa, mas sua voz continha uma pitada de irritação.

Ergui as mãos em um gesto defensivo.

- Calma, só vim te ver. Não parecia animada para as festas, então pensei que a gente podia conversar.

Ela suspirou, mordendo a bochecha, um claro sinal de nervosismo. Ela fazia isso quando nossos pais descobriam que ela estava aprontando algo.