Bastarda

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Caminhei na direção do salão à procura de Alex e ele acabou vindo ao meu encontro com dois drinks na mão:

— Liana, o que aconteceu? Senti que você não está bem pelo laço... — comentou.

Sem a menor cerimônia, peguei o drinks da mão dele e virei de uma vez, precisava beber pra conseguir digerir aquela informação.

— Alex, eu quero sair daqui. Será que podemos ir embora? — perguntei.

— Bom, todos vão sentir sua falta já que esse baile é para você, mas por que tá nervosa? Que diabos aconteceu? — não adiantava mentir para Alex por causa do laço, ele sabia que eu não estava bem.

O problema é que não dava pra contar pra ele o que eu havia acabado de descobrir, primeiro porque eu mesma precisava digerir e segundo porque ser uma bastarda de um nojento como Mariel De Lune era uma coisa ainda mais vergonhosa do que ser uma ômega filha de um humano desconhecido. Aquilo seria uma vergonha pra ele e os Varcolac.

— Alex, eu não posso falar agora, preciso conversar com a minha mãe amanhã primeiro pra esclarecer umas coisas, mas não tô me sentindo a vontade nesse lugar. Melhor, eu preciso de outro drink.— decidi, já que eu tinha que ficar naquela festa pelo menos iria beber até não aguentar mais pra tentar esquecer aquela informação infeliz que caiu no meu colo naquela noite.

— Podemos pegar outro drink, mas vamos socializar um pouco. Beber com o pessoal, vem comigo. Prometo que vai ser legal. — meu parceiro me puxou pela mão e me levou até um canto do salão com poltronas onde estava o restante dos lobos jovens daquele baile.

— Alex e Liana, que bom que chegaram. Íamos começar a brincar de "passarinho não bebe agora". — disse Gael enquanto enchia alguns copos com cerveja.

Kiara pegou dois copos e entregou a Alex e eu depois voltou a se sentar ao lado de Andressa. Andreas ainda estava com cara de cu, mas um pouco menos porque parecia interessado na brincadeira. Charles também estava ali assim como Sofia e Lucca, tentei disfarçar o desconforto que estava sentindo ao ficar perto deles agora que havia acabado de descobrir nosso grau de parentesco.

— Como se brinca disso? — perguntei.

— É o seguinte, cada um escolhe o nome de um pássaro por exemplo, eu sou águia, você coruja e o Andreas aqui é urubu. Aí eu falo Águia não bebe, quem bebe é Coruja, você tem que dizer Coruja não bebe,quem bebe é... outro pássaro que represente outra pessoa da mesa como por exemplo o urubu e o urubu tem que dizer outro pássaro. Se alguém errar e dizer o nome de um pássaro que não tenha na mesa tem que virar toda a cerveja do copo. — Gael explicou.

— Ok. — falei.

E assim começamos, o primeiro a errar e virar toda a cerveja do copo foi Henry, depois Sofia, ela tinha um jeito de sorrir e de falar bem doce e seu olhar era meigo. Nem parecia ser filha de duas pessoas tão horríveis como Cecília e Mariel. Lucca também não parecia ser uma má pessoa, era educado e gentil. Só Andreas havia saído aos pais.
Fui a última a errar na brincadeira porque eu era realmente boa nisso, minha memória sempre foi de elefante.
Cansamos porque as cervejas já estavam esquentando no copo e começamos a beber e conversar, falaram sobre lutas com lobos rebeldes que viviam fora dos limites de Santa Senara liderados pela alfa Alana que diziam que era uma loba fêmea muito forte, mais até do que muitos machos.

— Tô dizendo, meu pai já enfrentou ela uma vez e já vi de longe em um bar na cidade vizinha. Na luta ela é letal e na forma humana é uma tremenda loira gostosa. — disse Charles.

Sabia que ela era perigosa, mas a ideia de existir uma loba forte desse jeito era animadora, eu queria ter essa força.
Lembrei de Arabella me contando que ela foi namorada de Marcos, a decepção deve ter sido grande quando ele a deixou. O laço de parceria podia ser uma benção como Marcos disse, mas também quebrava muitos outros laços e trazia muita confusão.

Acabei me divertindo bastante naquela noite com as brincadeiras, as conversas e a bebida com aquele grupo, quase como se eu fizesse parte dele a anos, mas depois que a festa terminou e Alex me levou pra casa, bateu um sentimento de culpa porque pensei em meu amigo Fred.

Eu não deveria estar rindo e brincando com aqueles lobos que zoaram a gente a vida inteira enquanto Fred provavelmente estava se sentindo triste e solitário em algum canto de Santa Senara, eu era a única amiga dele e minha atitude era uma tremenda traição. Peguei o celular para mandar uma mensagem perguntando como ele estava e se ainda estava chateado comigo, não queria perder sua amizade e ele era a única pessoa pra quem eu gostaria de contar o que havia descoberto naquela noite, mas desisti, precisava respeitar o tempo dele. Não queria acreditar que ele ficaria sem falar comigo para sempre mas sim que talvez precisasse de um tempo para assimilar as coisas, se acalmar.

Quando chegamos em casa, Alex se esqueceu completamente do incidente na festa e me pegou no colo como faziam os casais dos filmes:

— Então, Senhora Varcolac, agora estamos finalmente a sós! — brincou, seus belos olhos escuros estavam brilhando como nunca, meu parceiro estava muito feliz e satisfeito por eu ter me enturmado com o grupo e estava cheio de desejo também, deu pra sentir pelo laço.

Automaticamente meu corpo reagiu ao desejo dele também, olhei para aqueles lábios tão próximos dos meus e eu mesma tomei a iniciativa de puxa-lo para um beijo cheio de luxúria.
Entrelacei meus dedos nos cabelos dele aprofundando o beijo enquanto ele fechava a porta atrás de nós e me colocava sentada na cama.

Alex se afastou um pouco para me admirar:

— Esse vestido ficou lindo em você, mas estou morrendo de vontade de rasgar ele todinho. — ele disse.

— Então rasga. — falei.

Alex na mesma hora puxou meu vestido pela frente no decote entre meus seios e rasgou de uma vez me deixando só com uma calcinha de renda fina ali na sua frente.

A bebida me tirou toda a timidez e me deixou ousada, pois levei a mão até sua camisa e rasguei também da mesma forma como ele havia feito com meu vestido, depois fiz o mesmo com sua calça.

Deslizei as unhas pelo peito de Alex sentindo seu calor e me deu vontade de provar sua pele com a língua, lambi aquele peitoral bem definido sem a menor cerimônia, depois seu pescoço, aquilo deixou Alex muito excitado, ele puxou meus cabelos de forma que meu pescoço ficou completamente exposto e chupou ali, descendo com a língua para um dos meus seios e abocanhou chupando e mordiscando. Minha calcinha estava totalmente ensopada, puxei a mão dele para o meio das minhas pernas e disse bem safada:

— Olha como você tá me deixando, Alex. Eu quero você aqui agora!

Ao sentir a umidade por cima da renda ele ficou louco de tesão. Puxou minha calcinha pelo lado rasgando-a e me pegou no colo me suspendendo contra a parede enquanto abria minhas pernas:

— Eu vou te comer agora Liana. — falou ao pé no meu ouvido.

Então começou a me penetrar naquela posição de pé diante de mim com vontade, no começo doeu porque eu não estava acostumada, era a nossa segunda vez, mas depois foi ficando muito gostoso e conforme ele se movia firme e forte dentro de mim um prazer enorme foi tomando conta do meu corpo até que eu gozei no pau dele, mas ele ainda não estava satisfeito.

Me colocou de quatro naquela cama e me penetrou naquela posição, sentia ele ainda mais fundo e apertei os lençóis com força. Ali éramos puto instinto, por sorte o quarto tinha um bom isolamento acústico porque eu gritava de prazer até que senti o líquido de Alex me preencher toda.

Deitamos juntos abraçados com os corpos suados, corações acelerados e dormimos.

Princesa de LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora