Cap 9.

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**Capítulo Nove: O Desaparecimento de Hermione**

Os dias em Hogwarts se tornaram um pesadelo para Hermione. A atmosfera que antes era vibrante agora estava carregada de tensão e tristeza. Após a briga com Ron e a distância crescente de Draco, ela se sentia completamente isolada. Astoria, que antes era uma amiga, também se afastou, deixando Hermione sem apoio.

Certa noite, enquanto todos se reuniam na sala comum da Grifinória, Hermione observou seus amigos rindo e conversando, sem perceber sua ausência. A dor em seu coração se intensificou. Ela se levantou, decidiu que não aguentava mais e saiu da sala sem avisar a ninguém.

Caminhando pelos corredores escuros de Hogwarts, a solidão a envolvia como um manto pesado. As paredes pareciam sussurrar seus medos e inseguranças. Hermione não sabia para onde estava indo, mas precisava de um lugar onde pudesse pensar.

Finalmente, encontrou um canto isolado no jardim, onde as flores começavam a murchar à medida que a noite caía. Sentou-se em um banco, olhando para as estrelas. As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela refletia sobre o que havia acontecido. As palavras de Ron ainda ecoavam em sua mente, e a frustração de Draco a deixava confusa.

— Por que tudo isso aconteceu? — murmurou para si mesma, sentindo-se perdida.

A solidão se tornou opressiva, e, em um momento de desespero, Hermione decidiu que precisava de um tempo longe de Hogwarts. Não queria mais ser um fardo para ninguém. Com um impulso repentino, ela se levantou e começou a caminhar em direção à Floresta Proibida. A escuridão parecia atraente, uma fuga da realidade que a cercava.

Enquanto se aventurava pela floresta, a sensação de liberdade a envolveu, mas também um frio na espinha. Ela sabia que estava se afastando de tudo e todos, mas a ideia de escapar das expectativas e das brigas parecia tentadora.

Após algum tempo vagando, Hermione se sentou em uma pedra, sentindo-se exausta. A solidão a envolvia, mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de alívio. Ela fechou os olhos e deixou os pensamentos fluírem.

Mas a paz foi interrompida por um som. Um galho se partiu e, em seguida, passos se aproximaram. Hermione rapidamente se levantou, o coração disparado. Quando ela virou, viu Draco, que a seguia preocupado.

— Hermione! — ele chamou, a voz cheia de alívio e preocupação. — O que você está fazendo aqui?

Ela hesitou, a raiva e a tristeza lutando dentro dela. — Eu só precisava de um tempo sozinha, Draco.

— Você não pode simplesmente desaparecer! Todos estão preocupados com você. Ron está se sentindo mal por tudo o que aconteceu. — Draco se aproximou, tentando entender.

— E o que você quer que eu faça? — Hermione respondeu, a voz embargada. — Eu não consigo lidar com isso. Eu não quero ser um peso para vocês.

Draco suspirou, a frustração misturada com preocupação. — Você não é um peso. Nós nos importamos com você. Não precisa se afastar assim.

Mas a dor de Hermione era profunda. — Eu não sei se posso voltar. Sinto que perdi tudo.

Draco deu um passo à frente, seus olhos cheios de sinceridade. — Nós podemos consertar isso. Por favor, não desista de nós.

Nesse momento, Hermione percebeu que, apesar das brigas e desentendimentos, ainda havia um laço entre eles. Mas a escuridão da floresta parecia tão convidativa, e ela hesitou.

— Eu preciso de tempo, Draco. — Sua voz era quase um sussurro.

Draco assentiu, a tristeza visível em seu olhar. — Eu estarei aqui quando você estiver pronta. Não se esqueça de que você não está sozinha.

Com isso, ele se afastou, deixando Hermione sozinha novamente. A solidão a envolveu, mas, dessa vez, havia uma pequena faísca de esperança. Ela sabia que precisava enfrentar seus medos e inseguranças, mas a jornada seria longa.

Naquela noite, enquanto as estrelas brilhavam acima, Hermione fez uma promessa a si mesma: ela não iria desistir. Embora as amizades estivessem fragilizadas, ela lutaria para reconstruí-las e, acima de tudo, para se reencontrar.

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