De volta a Hogwarts

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O ano letivo em Hogwarts começou agitado. Hermione estava animada para voltar à escola, mas, ao mesmo tempo, sentia um nó no estômago. As memórias da noite na Toca ainda a acompanhavam, trazendo à tona emoções que ela tentava controlar.

Assim que chegaram ao castelo, a rotina se estabeleceu rapidamente. As aulas, os estudos e as interações com amigos preencheram seus dias. No entanto, a presença de Draco estava sempre em sua mente. Eles trocavam olhares discretos nos corredores, e cada vez que se encontravam, o coração de Hermione disparava.

Mas, à medida que os dias se passavam, as recaídas começaram a surgir. Momentos de insegurança e confusão a assaltavam, fazendo-a questionar tudo. Era como se uma parte dela quisesse se entregar àqueles sentimentos, enquanto outra parte lutava contra eles.

Durante uma aula de Poções, Hermione se distraiu ao ver Draco conversando com Blaise na mesa ao lado. A maneira como ele sorria, a forma como seu cabelo caía sobre os olhos… tudo parecia intensificar suas emoções.

— Hermione, você está bem? — perguntou Harry, puxando-a de volta à realidade.

— O quê? Ah, sim! — respondeu ela, tentando disfarçar a confusão. — Só estava pensando em algumas anotações.

Harry a observou com preocupação, mas não insistiu. Hermione sabia que precisava de um tempo para entender o que estava acontecendo dentro dela.

Naquela noite, enquanto estudava na sala comunal, Hermione não conseguia se concentrar. As lembranças de Draco, os momentos que compartilharam, e a intensidade de suas emoções a deixavam inquieta. Ela se levantou e decidiu dar uma volta pelo castelo.

Ao passar pelos corredores, encontrou-se na sala de aula de Feitiços, onde as luzes estavam fracas. Sentou-se em uma das carteiras e tentou organizar seus pensamentos. Mas logo, a porta se abriu e Draco entrou, surpreso ao vê-la ali.

— Hermione? O que você está fazendo aqui tão tarde? — perguntou ele, com um sorriso.

— Só precisava de um tempo para pensar — respondeu ela, tentando parecer despreocupada.

Draco se aproximou, sua presença trazendo uma onda de conforto e confusão ao mesmo tempo. — Eu também. Sinto que as coisas mudaram entre nós, e não sei bem como lidar com isso.

Ela o olhou, sentindo o coração acelerar. — Eu também estou confusa. Quero muito isso, mas tenho medo das consequências.

Ele se sentou ao lado dela, a proximidade fazendo com que a tensão aumentasse. — Às vezes, precisamos arriscar. O que estamos sentindo é real, e não podemos ignorar isso.

Hermione hesitou, mas a sinceridade nos olhos de Draco a encorajou. — Você tem razão. Mas e se isso nos afastar dos nossos amigos? E se complicar tudo?

— Podemos encontrar um jeito de lidar com isso — disse ele, segurando sua mão. — Não quero que você sinta que precisa escolher entre nós e eles.

O toque dele enviou uma onda de calor por seu corpo, e Hermione sentiu a barreira que havia construído começar a desmoronar. — Eu quero tentar, mas preciso de tempo.

Draco assentiu, compreendendo. — Vamos devagar, então. O importante é que estamos juntos nisso.

A conversa fluiu, e eles compartilharam seus medos e esperanças, a conexão entre eles se aprofundando. Ao final da noite, Hermione percebeu que, apesar das recaídas e da confusão, havia algo especial na jornada que estavam prestes a embarcar juntos.

E assim, com um novo entendimento, eles deixaram a sala de aula, prontos para enfrentar o que viesse, lado a lado.

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