prólogo

7 0 0
                                    

**Prólogo**

Hermione:

A luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas de seu quarto, mas Hermione Granger não conseguia sentir o calor do sol. O que antes era um refúgio de livros e sonhos agora parecia uma prisão de sombras. As páginas de seus tomos favoritos estavam empoeiradas, esquecidas, como se o mundo mágico que a cercava tivesse se tornado apenas uma lembrança distante.

Ela se sentava à mesa, a caneta na mão, mas as palavras não vinham. A mente, sempre tão ágil, agora estava envolta em uma neblina densa, onde os pensamentos se debatiam sem direção. O peso da expectativa, das responsabilidades e das perdas parecia esmagá-la, e a cada dia, a luta para sair da cama tornava-se mais difícil.

Os ecos das risadas de Harry e Ron pareciam agora um eco distante, uma lembrança de tempos mais simples. As aventuras que um dia a faziam sentir-se viva agora eram apenas um lembrete do que havia perdido. Hermione olhou pela janela, onde o mundo continuava a girar, indiferente ao seu sofrimento. A magia estava ali, mas ela se sentia desconectada, como se uma barreira invisível a separasse de tudo que amava.

A vida seguia seu curso, mas para Hermione, o tempo parecia ter parado. Ela sabia que precisava encontrar um caminho de volta, mas a escuridão era envolvente, e cada passo em direção à luz parecia um desafio insuperável. Com um suspiro profundo, ela fechou os olhos, desejando que, de alguma forma, a esperança pudesse voltar a brilhar em seu coração.

Draco:

A neblina da manhã envolvia o castelo de Hogwarts, como se o mundo lá fora estivesse escondido sob um véu de mistério. Draco Malfoy observava da janela de seu quarto, a mente repleta de pensamentos conflitantes. O que deveria ser um lar, um lugar de poder e privilégio, agora parecia uma prisão de expectativas. A imagem do jovem bruxo perfeito, moldado pelas tradições da sua família, pesava sobre seus ombros como uma armadura que ele não queria mais usar.

A pressão para ser o que todos esperavam dele o sufocava. O legado dos Malfoy, com sua história de orgulho e pureza de sangue, era um fardo que ele lutava para carregar. Enquanto os outros alunos se divertiam e exploravam a amizade e a liberdade, Draco sentia-se isolado, preso entre o que era e o que deveria ser. A sombra de seu pai pairava sobre ele, uma lembrança constante do que aconteceria se falhasse.

As noites eram longas e solitárias, preenchidas por um silêncio que ecoava em sua mente. Ele se lembrava das palavras de seu pai, da importância da lealdade à sua linhagem e da necessidade de se distanciar dos "inferiores". Mas, em meio a tudo isso, havia uma parte dele que ansiava por algo diferente, algo que não se encaixava nos moldes que sempre lhe foram impostos.

Draco fechou os olhos, desejando que a neblina externa pudesse dissipar também a confusão interna. Ele queria ser mais do que um nome, mais do que um legado. Mas como encontrar seu próprio caminho em um mundo que parecia determinado a definir quem ele deveria ser? Com um suspiro profundo, ele se virou, determinado a enfrentar o dia, mesmo que soubesse que a batalha mais difícil ainda estava por vir: a luta contra si mesmo.
A rivalidade de Hermione Granger e Draco Malfoy sempre fora uma constantes em suas vidas, uma dança complexa entre desprezo e uma atração que eles se esforçavam para ignorarem. Cada encontro entre eles era uma batalha, palavras afiadas cortando o ar, mas havia algo por trás daquela tensão que os deixavam confusos.

Nos últimos meses, a pressão dos estudos e as expectativas que ela mesma impunha haviam se transformado em um peso insuportável. A sensação de inadequação a consumia, e, mesmo cercada por amigos, a solidão a envolvia como um manto pesado. O que antes era uma chama de determinação agora se tornara uma brasa apagada, e, em meio a tudo isso, a presença de Draco se tornava uma constante perturbadora.

Ele, com seu olhar desafiador e sorrisinho arrogante, era a personificação da rivalidade. Mas havia momentos em que seus olhares se cruzavam, e Hermione sentia uma conexão inexplicável, como se o ódio fosse uma máscara para algo mais profundo. O que era essa atração? Por que, em meio à dor e à confusão, ele parecia ser a única pessoa que a fazia sentir alguma coisa além do vazio?

Enquanto as noites se aproximavam, Hermione fechava os olhos por um instante, permitindo-se sonhar com um mundo onde rivalidade e amor pudessem coexistir. Mas, ao abrir os olhos, a realidade a atingia com força: a linha entre o amor e o ódio era tênue, e o abismo da sua própria tristeza parecia mais profundo do que nunca. E, no fundo, ela sabia que, para enfrentar seus demônios, teria que encarar Draco Malfoy, não apenas como rival, mas como alguém que poderia, talvez, entender a dor que ela carregava.

 E, no fundo, ela sabia que, para enfrentar seus demônios, teria que encarar Draco Malfoy, não apenas como rival, mas como alguém que poderia, talvez, entender a dor que ela carregava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
suicide and sadness  Onde histórias criam vida. Descubra agora