treze

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Michael pediu pra que eu o esperasse na sorveteria, ele tinha de pegar a moto. Como prometido, poucos minutos depois ele estava de volta. Eu me aproximei e ele colocou o capacete na minha cabeça.

- Não vá pensando que eu vou te levar em lugares turísticos e toda essa baboseira, eu vou te levar em lugares legais de verdade. - eu ri e subi na moto enrolando meus braços em sua cintura. Isso já não me incomodava mais.

Michael me levou em um parque com flores tão coloridas, que eu não pude nem sequer contar quantos tipos de flores tinha ali, eram tantas que confundiam minha cabeça. Logo depois ele me levou em uma loja gigantesca, que vendia tudo que se possa imaginar relacionado a musica, haviam fones de ouvido espalhados por toda loja para ouvirmos músicas específicas de acordo com o gosto musical, eu queria tudo que tinha ali dentro, mas não é como se eu tivesse dinheiro pra isso, saímos de lá e ele me arrastou por quatro quadras, eu estranhei por ele ter me levado até o que parecia uma casa, mas assim que entramos me acalmei, eu vi quadros espalhados pelas paredes e todos coloridos e vivos, eram tão bonitos e de uma beleza tão única, eu fiquei feito um idiota encarando tudo aquilo por bons vinte minutos e só acordei pra realidade quando escutei uma risada abafada vindo de trás de nós dois.

O homem se apresentou como Joe, ele parecia ser um grande amigo de Michael e fez piada por estarmos de mãos dadas, mas eu não me importei, tenho minha atenção voltada para os quadros então não consigo me importar com isso.

- Querem ver o que eu fiz enquanto vocês olhavam meus quadros? - ele perguntou e eu confirmei freneticamente com a cabeça. Joe nos mostrou um quadro recém pintado, onde claramente éramos eu e Michael observando os outros quadros, tudo a nossa volta parecia um borrão preto, a não ser por nós dois que fomos pintados com cores tão vivas. - Mike pode passar aqui depois para pegar o quadro não é? Eu não terminei ainda, na verdade não estou nem perto disso. - Michael apenas assentiu e parecia envergonhado. Eu preferi não perguntar o por que dele ter feito isso, é melhor evitar mais constrangimentos.

Joe tem talento, muito talendo, é capaz de pintar algo tão bonito em poucos minutos, isso é incrível, algo que não pode ser desperdiçado, mas que infelizmente não parece ser muito valorizado.

Joe começou a andar pela casa, nos chamando para o acompanhar e cada vez mais quadros pelo caminho e mais pessoas os admiravam.

Ele me contou que prefere abrir sua casa para expor sua arte, explicou que os dois cômodos construidos no fundo da casa são sua casa de verdade e o pequeno prédio da frente se tornou sua galeria particular, já que o que ganha não é o suficiente para pagar o aluguel absurdamente alto de algum salão, já que a única coisa que o banca é a venda da sua arte.

Michael disse que ainda tínhamos mais lugares pra ir, então logo fomos embora, mesmo eu reclamando que queria passar mais tempo lá. Goatei de Joe e ainda mais das suas pinturas.

Mike me levou em uma loja de doces, o que foi ótimo, porque eu já estava começando a ficar com fome, sua decoração fazia eu me sentir nos anos oitenta e eu adorei isso. Comi como se não ouvesse amanhã e ele riu da minha cara.

Ele me mostrou um pequeno teatro, onde disse que fazia aulas de violão quando pequeno, andamos por uma pequena praia, eu reclamei dizendo que estava cansado e já fazia um pouco de frio, mas ele disse que ainda tínhamos que ir em mais um lugar.

Era uma biblioteca gigantesca, subimos escadas e mais escadas, que iam ficando cada vez mais estreitas.

- Onde tá me levando seu louco?

- Pro terraço.

- Acho que não temos permissão pra ir lá. - parei e Michael riu, voltando a me puxar pelas escadas.

- Eu tenho... - revirei os olhos, mas continuei o seguindo. Eu podia sentir minhas pernas falharem, eu estou tão cansado. - ...só mais um pouco docinho. - Michael abriu uma porta e me puxou pra fora, lá em cima era ainda mais frio, mas era lindo, a visão do sol se ponto é maravilhosa. Acho que nunca vi algo tão bonito assim.

Sentei no chão, encostado minhas costas na parede e Michael logo ao meu lado.

- É uma ótima biblioteca, mas a melhor coisa dela é essa visão - apenas confirmei com a cabeça.

- Como conhece lugares tão bonitos? - Michael me encarou sorrindo.

- Moro aqui minha vida inteira docinho, seria estranho se eu não conhecesse. - ficamos em silencio por poucos segundos, eu não consigo ficar quieto por muito tempo.

- Você me surpreendeu mais uma vez, quando você disse que me levaria a lugares legais eu esperava alguma coisa como um shopping.

- Teria sido melhor se eu tivesse te levado a um shopping?

- Não, os lugares que me levou são muito melhores. - Michael riu e se encostou no meu ombro, mas eu o empurrei logo em seguida.

- Segurei sua mão o dia inteiro, mas não posso encostar no seu ombro, sua lógica me impressiona. - em um ato totalmente infantil eu mostrei a língua pra ele o fazendo rir ainda mais.

- Quem mostra a língua pede beijo. - fiz careta e o olhei.

- Esquece o que eu fiz. - Michael sorriu e voltou a segurar minha mão.

- Já quer ir embora ou podemos ficar aqui mais um pouco?

- Podemos ficar aqui mais um pouco.

- Me desculpe por Joe. - o encarei confuso - sabe o quadro, ele só sai pintando tudo o que vê.

- Não se desculpe, ficou bonito. Ele tem talento. - Michael confirmou com a cabeça ainda sorrindo.

- Quando eu estudava com ele, ele riscava as paredes da escola, nossa sala tinha rabiscos por todo lado, os professores brigavam com ele, mas ninguém ousava sumir com os desenhos. - Michael disse animado ao se lembrar daquela época .

- Quem seria louco o suficiente de apagar alguma coisa tão bonita? - disse em tom de brincadeira e Michael confirmou com a cabeça.

...










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Oioi meus anjinhos, me desculpem se eu passar a demorar para atualizar as fanfics nessa semana, é que eu to meio doentinha e isso ta dificultando um pouquinho as coisas, mas logo passa. Até o próximo sz.

Cigarettes ** MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora