dezessete

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Até que não foi tão ruim assim ter Michael me ajudando.

Ele foi gentil com as pessoas e tudo foi bem mais rápido do que costuma ser. Tirando o fato de que ele não me dava paz nem por um segundo e roubou minha cadeira, foi legal até ter sua companhia.

- Meninos vocês estão dispensados. - Frank anunciou e eu o olhei confuso.

- Mas falta uma hora pra fecharmos ainda. - questionei e pude sentir Michael apoiar sua cabeça em minhas costas, ele está reclamando a quase duas horas que está cansado, já lhe disse umas dez vezes que podia ir embora, mas ele se recusou a sair do meu lado.

- O dia foi agitado hoje, vendemos bem, já vou fechar, podem ir. - Michael não esperou mais nem um segundo e saiu correndo da lanchonete, apenas acenando pra Frank.

Ri de seu desespero e peguei minha mochila, Frank deixou um beijo em meu rosto e eu sai me deparando com Michael, que estava me esperando do lado de fora e isso me surpreendeu.

- Pensei que já tivesse ido embora.

- Vou levar você até sua casa e depois eu vou embora. - ele segurou minha mão e eu dei de ombros, aquilo já havia virado praticamente rotina mesmo. Comecei a andar com Mike logo ao meu lado.

- Sabe o que eu percebi? - ele resmungou e eu sorri, gosto dos momentos em que ele não está me infernizando. - Você não compra cigarros a alguns dias. - Michael sorriu também.

- Eu tenho alguns ainda e eu estou tentando fumar menos, acho que um maço por dia era realmente muito. - eu ri e concordei com a cabeça.

- De qualquer jeito eu não gosto deles.

- É, você já deixou isso bem claro. - Michael ficou em silêncio por alguns segundos, mas já percebi que ele não consegue ficar quieto por muito tempo também, igual a mim. - e de mim.... você gosta? - senti minhas bochechas esquentarem, me encolhi ao seu lado e apertei sua mão. - Isso é um sim? - questionou parecendo se animar com a minha reação, o que me deixou ainda mais desesperado.

- Não! Quer dizer... Eu não gosto de você. - murmurei e mordisquei meu piercing. Eu estou tão ferrado.

- Você me pareceu meio confuso. - Michael zombou e eu o empurrei pelo ombro.

- Cala a boca, besta. - Michael deixou um beijo estalado em minha bochecha e eu tropecei nos meus próprios pés. Eu estou sendo ridículo e passando vergonha como sempre.

- É adorável o jeito que você usa palavras bonitinhas pra tentar me ofender. - ele sussurrou rente ao meu ouvido e eu quis me bater por eu ter me arrepiado.

Eu vou enlouquecer desse jeito.

- Palavrões são feios. - argumentei. Isso não é obvio?

- Diferente de você, que é realmente muito lindo. - ele disse entre risos e meu rosto esquentou ainda mais.

- Será que da pra parar de dar em cima de mim? - reclamei, mas confesso que não estou realmente incomodado, talvez eu já tenha me acostumado com suas cantadas baratas.

- Quando eu te conquistar eu paro.

- Estou condenado as suas cantadas baratas o resto da minha vida. - rebati em tom de brincadeira.

- Nem você acredita muito nisso. - Michael finalmente fechou sua maldita boca, até que chegássemos na porta da minhas casa. - E hoje ganho outro abraço?

- Não! - fui rápido em responder e me afastar. Michael não pareceu se afetar com aquilo.

Ele voltou a se aproximar e deixou um beijo em meu rosto, eu me encolhi e choraminguei ao sentir cada pelo do meu corpo se eriçar.

- Tchau! - não esperei respostas e entrei em casa. A minha sorte é que não sou cardíaco ou Michael Clifford já teria me matado.

Cigarettes ** MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora