dezenove

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- Oi Lukey. - eu literalmente dei um pulo, porque em um instante eu estou arrumando os milhares de doces que ficam atrás de mim no balcão e no segundo seguinte escuto a voz de Michael estupidamente perto e assim que me viro ele está pendurado no meu balcão a poucos centímetros de mim.

- Oi. - beijei sua bochecha e ele se afastou.

- Faltam exatos trinta minutos pra você ir embora então eu estava pensando, que tal você ir até minha casa, ver nosso quadro, conhecer meus melhores amigos e eu te trago de volta?

- Posso pensar no caso. - disse sem dar muita importância, ele deixou uma nota no balcão e peguei um maço de cigarros e lhe entreguei.

- Obrigado docinho. Eu vou te esperar lá fora. - confirmei com a cabeça.

Os trinta minutos pareceram passar mais rápido do que de costume, eu estava já arrumando minhas coisas, mas Frank me parou.

- Como está você e Michael? - tentei ao máximo me esconder. Isso é constrangedor, eu me sinto sendo interrogado pelo meu próprio pai e sogro ao mesmo tempo.

- Como sempre. - murmurei, mas Frank não é burro. Burro sou eu.

- Ta, agora a verdade. - eu ri e o olhei envergonhado.

- Ele é mais legal do que eu esperava e também está sendo legal comigo. - admiti. Para um bom entendedor, meia palavra basta.

- Se as coisas continuarem indo bem, de uma chance a ele, eu o conheço e Michael precisa de alguém e eu não consigo imaginar alguém melhor que você, sabe, depois de tudo que ele passou ele precisa de segurança, de alguém que o apoie. - encarei Frank confuso.

- E pelo o que ele passou? - Frank abriu e fechou a boca repetidas vezes, parecia confuso com o que me responder.

- Ele deve estar te esperando, acho melhor ir rápido. - Frank se afastou em passos rápidos e apenas acenou pra mim.

Eu estou curioso sobre Michael, ele vive me escondendo as coisas e não responde boa parte das minhas perguntas. Ele não confia em mim? Mas é claro que não, como eu sou burro, por que ele confiaria em mim? Nem nos conhecemos a tanto tempo assim.

- E então? Vai comigo ou quer que eu te acompanhe até sua casa? - Michael perguntou assim que eu parei em sua frente, tirei o cigarro de entre seus dedos e o joguei fora.

- Vou com você. - Michael sorriu, pegou o capacete que estava ao seu lado e colocou na minha cabeça, logo colocando o outro em si.

Subimos na moto e eu segurei firme em sua cintura.

- Prometo que minha casa não é tão longe.

- Prefiro que me prometa ir mais devagar. - praticamente berrei e ele riu ainda mais, por que ele tem que dirigir feito um louco? Ele não sabe que isso é perigoso?

Pra minha sorte, quando ele disse que sua casa não era tão longe ele não estava mentindo, em poucos minutos chegamos e eu ficava cada vez mais assustado quando entramos em um bairro com casas cada vez maiores e mais bonitas.

Michael parou a moto e eu forcei meu corpo a descer, ele tirou meu capacete e eu sinto cada vez mais vontade correr.

Michael é um cara rico e bonito, por que ele iria querer alguma coisa comigo? Eu sou um cara qualquer, que não tem onde cair morto, que trabalha em uma lanchonete, eu não tenho absolutamente nada a oferecer pra ele.

- Se lembre, eu sou um cara qualquer, não deixo de ser um idiota qualquer, que divide uma casa com dois amigos também idiotas. - confirmei com a cabeça.

Ele segurou minha mão e me guiou até a casa, ele abriu a porta e eu estou me sentindo em uma mansão de luxo... ok talvez eu esteja exagerando um pouco, mas o lugar é tão arrumado, bem decorado e bonito que eu acho que meus olhos estão brilhando, porque eu realmente não esperava uma casa arrumada vindo de Michael Clifford, já que o próprio é uma bagunça, mas logo tudo isso acabou, porque Mike tampou meus olhos.

- Calum vai por uma roupa a g o r a, Ashton recolhe essa bagunça do sofá, eu me sinto dividindo a casa com duas crianças.

- Como você é chato. - escutei uma voz fofinha e sorri, segurei as mãos de Michael e as tirei da frente dos meus olhos.

- Eu sou o Ashton e você deve ser o Luke não é? - por Deus, que cabelo lindo que esse garoto tem, os cachos dele brilham tanto e são tão definidinhos que eu tenho vontade de passar a mão e suas covinhas são tão fofas que me fazem querer o apertar.

- Oi. - Michael pousou suas mãos possessivamente em minha cintura e eu sorri me encostando em seu peito.

- Eu sou o Calum. - um garoto moreno chegou apressado, se colocando ao lado de Ashton. Será que o Michael tem algum amigo feio? Devia ter conhecido seus amigos antes.

- Sabia que o Michael essa noite sonhou com você? Ele estava ge... - Ashton tampou a boca de Calum enquanto ria nervosamente.

- Ele não sabe o que diz, ignora ele, vem Cal, vamos... Vamos fazer qualquer coisa na cozinha. - Calum foi arrastado pra fora da sala. Me virei e encarei Michael que tinha as bochechas extremamente vermelhas pela falta de sutileza de seus amigos.

- O que ele ia dizer? - cruzei os braços e o encarei sério.

- Eu não sei, não viu Ash dizer? Ele não sabe o que diz. - preferi não questionar, talvez eu acabe me constrangendo também com a continuação da frase. - O quadro é aquele ali. - Mike apontou pra um quadro que estava no fim do corredor, eu me apressei a ir até ele. Parece ainda mais colorido do que da ultima vez que o vi, ainda mais bonito.

- Ficou perfeito. - olhei pra Michael, que agora estava de volta ao meu lado.

- Se você quiser, pode ficar com ele. - neguei com a cabeça.

Me virei e o olhei por alguns segundos, ele é realmente bonito, estupidamente bonito. Sem aviso algum deixei um beijo rápido em seus lábios o surpreendendo. Eu não sei por que eu fiz isso, mas eu não estou nenhum pouco arrependido ao ver o sorriso que abriu em seus lábios.

- Pode ficar mais um pouco aqui? Assistimos algum filme junto com aqueles dois idiotas e depois te levo pra casa.

- Tudo bem. - sorri ao sentir os dedos de Michael se entrelaçarem com os meus.

Eu não queria ceder tão fácil a ele, mas eu já não sei mais como me controlar e eu sinceramente não estou me importando com isso.






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Voltamos normalmente a nossa programação de maratona YEEEAAAH

Cigarettes ** MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora