CAPÍTULO 07

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KADEN SANTILANNA


O silêncio do armazém foi quebrado pelo som dos primeiros tiros. Tudo aconteceu rápido demais. Antes mesmo que pudéssemos reagir completamente, os criminosos sacaram suas armas e começaram a disparar. Eu senti o impacto do som ressoando pelo espaço, e meu corpo automaticamente se jogou para trás de uma pilha de caixas, buscando cobertura.

— Eros, cobertura! — gritei enquanto sacava minha própria arma e me posicionava atrás da pilha, respirando fundo para manter a calma. Ele estava a poucos metros de mim, já abaixado e pronto para reagir.

— Já tô nisso! — ele respondeu, ajustando sua posição e disparando alguns tiros em direção aos criminosos, tentando forçá-los a se esconder.

Pude ouvir Lionel xingando em algum lugar à minha esquerda, provavelmente em uma situação parecida. O tiroteio estourou em todas as direções. As balas batiam nas caixas e ricocheteavam nas estruturas de metal ao redor. Eu podia sentir a tensão aumentar a cada segundo.

— Polícia! Abaixa essas armas! — gritei de novo, mesmo sabendo que provavelmente ninguém iria me ouvir,  ou se importaria.

Os criminosos continuavam a disparar, mas eles estavam claramente nervosos, os tiros saindo desordenados. Era isso que nos dava uma vantagem. Estavam tentando escapar, sem muito planejamento.

Dei uma espiada rápida por cima da caixa e localizei dois dos caras no fundo do armazém. Ambos estavam armados, atirando cegamente enquanto tentavam avançar para a saída lateral. Eu mirei com precisão e disparei duas vezes. Um dos criminosos caiu, sua arma escorregando pelo chão, enquanto o outro se jogou atrás de uma empilhadeira velha.

Enquanto avançávamos mais, senti um impacto no meu ombro direito, um choque quente percorrendo minha pele. Uma bala havia me acertado de raspão. O impacto não foi forte o suficiente para me derrubar, mas queimou como fogo.

— Merda! — soltei entre os dentes, pressionando a mão contra o ferimento por um segundo.

— Kaden! Você tá bem? —  Eros gritou, sua voz carregada de preocupação, enquanto disparava mais tiros para cobrir meu avanço.

— Tá tudo bem, só um arranhão. —  murmurei, ignorando a dor que começava a pulsar no ombro. Tínhamos trabalho a fazer, e um ferimento superficial não ia me parar.

Respirei fundo, ajustei minha postura e avancei, dando tiros rápidos para manter os criminosos sob pressão. Cada passo me aproximava da vitória, da resolução do caso. Os outros caras do nosso time começaram a entrar também, cercando o armazém, fechando todas as rotas de fuga. Não tinha pra onde eles correrem.

De repente, ouvi Lionel gritar do outro lado do armazém.

— Derrubei mais um aqui! Eles estão encurralados!

Eu olhei rapidamente e vi Lionel saindo de trás de uma coluna, apontando para os últimos dois criminosos que estavam no canto, sem opções de fuga. Eles finalmente começaram a abaixar as armas, vendo que não tinham saída.

— Soltem as armas agora! —  repeti em voz alta, mirando diretamente neles. Era nossa chance de terminar aquilo sem mais derramamento de sangue.

Houve um segundo de hesitação, mas um dos homens, com as mãos trêmulas, jogou sua arma no chão. O outro seguiu logo depois, levantando as mãos em sinal de rendição.

— Eros, Lionel, cobertura! —  comandei, mantendo minha mira fixa enquanto eles avançavam para algemar os dois. A adrenalina ainda corria pelas minhas veias, o som dos disparos ecoando na minha cabeça.

Com os criminosos rendidos, o armazém ficou em silêncio de novo, exceto pelo som dos nossos passos ecoando no piso de concreto e da minha respiração pesada. Senti o suor escorrendo pela minha testa e a dor latejante no ombro se intensificando.

— Conseguimos. — Eros murmurou, se aproximando e olhando ao redor para confirmar que todos estavam imobilizados. — Mas você tá sangrando.

— É só um corte. —  respondi, tentando fazer pouco caso. Mas ao olhar para a mancha de sangue que começava a se espalhar na minha camisa, percebi que talvez estivesse pior do que eu queria admitir.

Lionel se aproximou com um sorriso de canto, já voltando à sua postura relaxada.

— Você sempre tem que levar um tiro em alguma operação, não é? Virou rotina já.

Revirei os olhos, tentando não rir com a dor.

— Só um tiro de raspão. Nem conta.

— Se quiser, posso contar pros novatos que você é um imã de balas. —  Lionel provocou, me ajudando a segurar o ombro enquanto um dos médicos da equipe se aproximava para verificar o ferimento.

Enquanto o médico começava a me examinar, o chefe entrou no armazém, olhando ao redor com aquela expressão rígida de quem esperava nada menos do que sucesso.

— Bom trabalho, pessoal. —  ele disse, olhando para nós e depois para os criminosos que já estavam sendo levados para as viaturas.

— Pegamos eles. —  confirmei, respirando com alívio. — Agora é só questão de tempo até recuperarmos as jóias,

O chefe assentiu, satisfeito.

— Cuidem dos feriados. Vamos passear a noite finalizando isso, mas o pior já passou.

Eu senti o cansaço a se instalar, mas ao mesmo tempo, a sensação de dever cumprido me deu um leve sorriso.

Mas um dia de trabalho

.....

Boa tarde galera. Eu sei que demorei para atualizar, mas eu tive um pequeno bloqueio. Mas já tenho alguns capítulos prontos hehe.
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Meta: +15 votos e +15 comentários. Assim que a meta for batida, eu irei postar um capítulo novo.

Minha adorável TessaOnde histórias criam vida. Descubra agora