Octavia perdeu tudo que tinha e amava ainda muito nova, quando foi capturada pelas garras da cruel senhora da montanha e forçada a servi-la durante décadas. Mas a fêmea tinha um único objetivo, vingar aqueles que amava e libertar toda Prythian do co...
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Octavia rolou na cama esperando encontrar um corpo ao seu lado, mas a única coisa que recebeu foi o frio dos lençóis. Ela resmungou abrindo os olhos, piscando para se adaptar a luz. Quanto tempo tinha dormindo? Onde estava Azriel? Deuses sua cabeça dóia muito. Sentando, esfregou os olhos e repassou tudo que aconteceu desde o dia que o Refúgio do Vento foi atacado. Péssimos, não os piores da sua vida, mas claramente nenhum dos melhores. Depois de matar Dagdan, Octavia levou a cabeça dele e da irmã até os limites do reino de Hybern onde um dos informantes esperavam para levar e colocar na frente do palácio do rei. Depois daquilo foram dias bagunçado na sua mente de muito álcool e brigas clandestinas, até voltar para casa.
Mesmo com a cabeça latejando Octavia saiu da cama e foi até o banheiro, onde encontrou um vestido preto e um tônico para ajudar encima da bancada, ao lado um bilhete de Azriel dizendo que precisou partir em uma missão e que voltaria logo para casa. Ela sorriu e então tomou o líquido amargo, fazendo careta para o quão ruim era, mas se ajudasse estaria tomando mais do que feliz outros cinco se fosse necessário. Octavia trocou de roupa e ajeitou o cabelo, pensando na conversa que tinha tido com o encantador enquanto estava meio bêbada. Suas bochechas tomaram uma cor quando lembrou que confessou está apaixonada por ele, ela precisava conversar decentemente com Azriel sobre seus sentimentos e a relação deles. Precisava dizer a ele que, mesmo morrendo de medo com tudo que poderia acontecer, ela o queria tanto que parecia impossível alguém desejar tanto algo.
Sim, ainda não sabia bem lidar com seus sentimentos porque não mentiu ao dizer que ninguém nunca tinha tido tanto poder sobre ela, mas estava disposta a enfrentar aquilo. Octavia estava disposta a lutar na guerra contra Hybern, a vencer Amália e arranjar uma maneira de ficar viva e voltar para o encantador. Ela queria os dias ruins e bons, os sorrisos e lágrimas, queria ele tanto, mais tanto que não era racional. Octavia queria comprar uma casa enorme que pudesse levar definitivamente aqueles pirralhos quando vencessem a guerra — porque não poderia existir outra opção além de ganhar. — e qualquer outros filhos que tivesse e o resto da família pudesse ir e passar a noite se fosse necessário. Pelo Caldeirão, aquela certeza era estava tão inraizada no peito de Octavia que se perguntou se estava ali a mais tempo e só tinha percebido agora.
Não sabia. Não se importava. Apenas queria viver tudo, só queria Azriel, a mais tempo do que conseguia pensar. Octavia tinha um sorriso, cantarolando ao pensar em como faria a porra de uma cerimônia extravagante de parceira, claro, se Azriel também quiser, mas ela tentaria persuadi-lo sobre. Ela descia as escadas para ir a cozinha quando escutou vozes femininas vindo dali seguido de uma risada. Será que Azriel tinha mandado as gêmeas? Ou pedido para Mor, Amren e Feyre irem ali? Não parecia o tipo de coisa que faria ou elas aceitariam, principalmente com todas as coisas para resolver.
Octavia travou quando finalmente conseguiu distinguir as vozes.
— Não preciso de sua pena. — As palavras eram afiadas, nítidas. A assassina quase podia imaginar o tipo de expressão que estava no rosto da fêmea. Não era possível, não poderia ser... aquilo, ainda deveria está sonhado. Octavia se bélicou, nada, ainda estava ali. —
