12- 7 minutes in heaven.

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Quando eu lancei aquele olhar provocador para Vincent e perguntei "verdade ou desafio", ele já sabia o que eu estava planejando. Não seria nada agradável para ele. Mas para minha surpresa, ele escolheu "desafio". Era óbvio que eu queria algo picante, algo que o colocasse no centro das atenções. Só que, dessa vez, quem ia ditar as regras era eu. Ele seria minha marionete e o show estava prestes a começar.

Olhei para ele com um sorriso lento, sentindo a tensão no ar. Violet e os outros na roda estavam claramente esperando algo mais previsível, mas eu queria ver até onde Vincent iria. Então, decidi testar seus limites.

— Beleza, Vincent, então eu te desafio a beijar... — faço uma pausa, meu olhar passeando lentamente pelos rostos dos garotos ao nosso redor — qualquer garoto dessa roda. Escolha quem você quiser. Mas olhe bem, é só um beijo, Justin Bieber. — O envergonhei, deixando seu semblante completamente sério.

O silêncio que se seguiu foi quase palpável. A risada nervosa de Jaymes quebrou o clima, mas o rosto de Vincent ficou sério, duro como pedra. Ele não achou graça nenhuma. Fiquei observando enquanto ele se levantava devagar, sua expressão fechada e seu corpo tenso. Os olhos dele, fixos em mim, carregavam uma fúria que queimava. Ele deu mais um passo à frente, imponente, e eu senti o peso daquela presença.

— Você só pode estar de brincadeira. — A voz dele saiu baixa, mas cheia de raiva contida. Mais um passo, e ele estava de pé bem na minha frente, como uma sombra. — Eu sou homem, porra. Não sou os viadinhos que você costuma andar. — O mesmo desvencilhou o olhar para Jaymes. Algo revelador, não?

Eu não consegui segurar o riso. Uma risada baixa, cheia de deboche, enquanto o olhava diretamente nos olhos. A verdade é que a raiva dele me divertia. Ver ele se contorcendo, tentando manter o controle, só fazia a situação mais interessante. Aquela masculinidade crua que ele exalava, bruta e feroz, me atingia como um choque.

— Relaxa, Vincent. — Inclinei a cabeça, mantendo o sorriso provocador nos lábios. — É só um jogo... Ou será que tem medo de um beijinho?

Eu podia ver a linha fina de controle dele prestes a romper. A tensão no ar era palpável, como se qualquer movimento pudesse fazer tudo explodir. Ele olhou para mim como se quisesse me destruir com aquele olhar. E por segundos, achei que me atingiria com um soco na boca.

— Vai se foder, Love — ele rosnou, a voz ainda baixa, mas carregada de ameaça.

Dei de ombros, fingindo indiferença, mas por dentro, estava adorando cada segundo. Ele não suportava ser desafiado assim, não suportava a ideia de perder. Mas, no fundo, era isso que me atraía nele: aquela fúria, o controle prestes a desmoronar.

— Parece que alguém está levando isso muito a sério — comentei, o sarcasmo escorrendo da minha voz.

Antes que a situação pudesse sair do controle, Sye, que estava claramente desconfortável, pigarreou, tentando aliviar o clima tenso. Sua voz saiu baixa, quase tímida.

— Que tal... um novo desafio? — sugeriu ela, tentando fazer a roda seguir em frente. — Sete minutos no céu.

Eu virei para ela, surpresa, assim como todos os outros na sala. O que ela estava sugerindo agora?

— Vincent escolhe alguém — continuou Sye, cada vez mais envergonhada. — Vocês vão para um quarto escuro e têm sete minutos para... bem, fazer a pessoa ir ao céu e voltar. E quando voltarem, terão que contar em detalhes o que rolou.

As risadas e murmúrios encheram a sala. Violet, claro, já estava se ajeitando, sorrindo maliciosamente, esperando que ele a escolhesse. Eu sabia o que ela queria. Ela estava quase se levantando, preparando-se para ser a eleita.

DARK ROOM - VINNIE H. Onde histórias criam vida. Descubra agora