A paixão pela ciência levou Jeon Jungkook a criar diamantes perfeitos, mas a descoberta o tornou vilão da própria história. Sequestrado e com a mente à venda, ele se alia aos criminosos controladores da Isis, a IA mais avançada do planeta. Nesse cen...
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O físico tentava evitar movimentos bruscos, com o apoio de Hobi e muito cuidado, ergueu o peso que pressionava seu corpo. As expressões de dor no rosto de Park o incomodavam profundamente. Queria ter o poder de aliviar aquela sensação no outro, como se além da dívida que carregava, sentisse uma empatia que chegava a oprimir.
Atencioso e preocupado, era da sua natureza ser assim.
Jung revirou a mochila do atirador no porta-malas da SUV e localizou os medicamentos de que fazia uso. Administrou algumas doses extras do anti-inflamatório e analgésicos. Jimin estava recostado sobre o banco com a mão direita inutilmente sobre o local ferido, como se o toque fosse capaz de algum alívio.
— Deite, campeão, você precisa economizar energia para se ajudar e nos ajudar. — A calma firme de Hoseok era invejável e aquela posição era mesmo a menos incômoda, não tinha como questionar. Obedeceu.
Antes que colocasse o corpo totalmente em repouso, Jungkook o aparou direcionando a cabeça ao próprio colo. Não queria aquele papel vulnerável ou dependente, mas não estava em condições de rebater. Apoiou a cabeça nas coxas de Jeon e encontrou um conforto improvável na situação.
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Jungkook assistia da janela estilhaçada da SUV à dupla mais jovem jogando itens valiosos do outro lado da estrada, arremessando mata adentro como se competisse por uma medalha olímpica.
Apesar de caótico, o ato tinha um objetivo claro.
— Por que eles estão jogando nossa bebida fora? — Confuso.
— São latas. Refrigerante, energético... O sol reflete no metal. Se um drone passar, vai parecer que estamos seguindo outro caminho.
— Faz parecer que estamos voltando ou entrando na mata. — Uma forma de despistar e ganhar tempo. Deduziu, compreendendo a estratégia.
Essa é a ideia! — Jung confirmou, apoiado do lado de fora do veículo, tentando ignorar o tornozelo dolorido. E, por mais que a situação estivesse controlada e sem perigo aparente, mantinha a pistola de Jimin em mãos. — Como ele está?
Jungkook olhou para baixo, mantendo a cabeça de Jimin com cuidado em seu colo. Suas mãos afastavam delicadamente os fios pretos que grudavam na testa molhada de suor. Apesar de todo o calor, tinha leves tremores — Parece febril.
Hoseok levou a mão à testa de Park, confirmando a informação. O atirador estava pálido, a combinação dos medicamentos o mantinha num estado letárgico, uma espécie de sono forçado, contra a própria natureza resistente.
Por mais que estivessem vivos e conscientes de que fizeram o melhor que puderam, não estavam preparados para protagonizar uma fuga. Não eram herois. E dentre os cinco, apenas dois tinham treinamentos em guerrilha.
Eram agora todos sobreviventes da competência de um trabalho em equipe.
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