twenty seven.

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Falcão e Sofia passaram a manhã toda de domingo juntos, com o garoto levando café na cama e cuidando o tempo todo da ruiva, perguntando se ela estava bem ou com dor a cada cinco minutos depois da noite agitada quem tiveram ontem. Mas como nada que é bom dura muito, Sofia teve que voltar para casa no horário de almoço depois de receber uma mensagem de seu pai falando que precisava dela em casa. Ela girava as chaves ansiosa depois de se despedir do namorado que à levou até em casa, seu pai nunca mandava mensagens sérias daquele tipo, então não sabia o que esperar quando abrisse a porta.

— Pai, cheguei. — ela o avistou no fogão, estava preparando macarrão ao molho branco, já que era o único prato que ele sabia fazer sem queimar ou errar os temperos. Ela foi até o homem o dando um abraço rápido de lado, sem tirar a feição preocupada do rosto. — O que aconteceu? Você tá cozinhando, e você nunca cozinha, alguma coisa séria rolou aqui.

— Sof, senta e respira, tá? — disse cauteloso, sabia que assim como ele sua filha era uma bomba relógio. — Mantenha a calma agora.

— Pai, alguém chegou aqui? Ouvi a porta batendo. — uma voz vinda do corredor chamou sua atenção, ela pode ver Robby chegando na cozinha, que parou nervoso no momento que viu a irmã. — O-oi, Sof. — gaguejou.

— Mas que merda? O que ele tá fazendo aqui? — ela se levantou da cadeira que estava sentada irritada. — Você me fez voltar pra casa pra isso aqui? — disse dando ênfase nas duas últimas palavras com nojo.

— Não fala assim, filha, lembra o que eu falei sobre ter calma. — Johnny tentava contornar a situação. — Eu sei que vocês vem se estranhando nos últimos meses, mas vocês tem que se dar bem, são irmãos, gêmeos ainda, e o Robby vai vir passar um tempinho aqui com a gente. — fechou os olhos com força se preparando para o surto que a mais nova iria dar.

— Você tá de brincadeira com a minha cara? — ela sorriu desacreditada. — O que aconteceu com os Larussos? Te expulsaram? — perguntou irônica, mas ao ver a expressão de Robby, viu que estava certa. — Merda, ele te expulsou mesmo, o que você fez pra irritar o senhor rei da paz?

— Eu vou ignorar a forma que você chamou ele. — seu gêmeo tentava manter a calma. — A Samantha ficou muito bêbada e eu não podia levar ela pra casa daquele jeito, então ela dormiu aqui e o senhor Larusso descobriu de alguma forma que ela tava aqui e surtou.

— É, ele me deve uma porta nova. — o mais velho disse apontando pra porta, que só agora Sofia havia notado que estava meio torta pro lado.

— Você ajuda a princesinha bêbada e ainda sai como errado? Que babaca, aquela família toda é podre, pelo jeito. — cruzou os braços. 

— Não fala assim deles. — defendeu. 

— Fala sério! Esse merdinha do Larusso te expulsa quando você só tenta ajudar a filha mimada dele e você ainda quer defender? — ela revirou os olhos, se segurando para não o xingar mais ainda. — Isso é patético.

— Você não os conhece como eu, ok? — tentou argumentar mais uma vez. — Eles foram bons pra mim, me ensinaram muitas coisas como- — foi interrompido por seu pai.

— Quietos! Eu não quero ouvir mais nenhum dos dois brigando um com o outro, estão me ouvindo? — Johnny deixou seu lado pai de lado, e começou a falar igual um sensei com seus filhos, só assim para ser ouvido. — Vocês dois, vão para a sala e fiquem lá enquanto eu não termino o almoço, juntos.

Os dois foram para a sala, vendo que não tinham outra alternativa, a não ser obedecer ao pai, ou sensei, eles não sabiam muito bem como se referir ao loiro agora. Sentaram no sofá do meio, um de cada lado, deixando o espaço no meio vago, ambos mexiam em seus próprios celulares, evitando falar um com o outro.  Depois de alguns minutos, Johnny apareceu na sala com um prato pra casa, puxando o celular da mão dos dois logo depois de entregar a comida.

changes | cobra kaiOnde histórias criam vida. Descubra agora