twenty three.

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Hoje os alunos do Cobra Kai teriam uma aula diferente. Sensei Kreese iria levá-los até uma floresta local e dividi-los em dois times, teriam que lutar uns contra os outros até conseguir pegar a faixa que o time adversário usava na cabeça. Eles estavam no dojô se alongando, quando ouviram o sininho da porta tocar e viram Johnny entrando pela mesma.

— Pai! — Sofia exclamou, correndo para poder abraçar o mais velho. 

— Oi, cabeça de laranja. — sorriu a abraçando de volta.

— Tá, acabou o afeto. — se afastou de seu pai depois dele usar seu "apelido carinhoso". 

— Oi, sensei. — foi a vez de Miguel se aproximar. — Sinto muito pela sua perda. — lamentou, agora sabendo do que tinha acontecido com Tommy.

— Valeu.

— Como foi o funeral?

— Igual a todos os funerais. — não deu muitos detalhes, uma das várias coisas que ele e sua filha eram iguais, era o fato de não desabafarem nunca e guardarem tudo para si. — Como foram as coisas enquanto eu estava fora?

— Tudo ótimo. — o garoto respondeu.

— Sensei Kreese é bem rígido, mas sabe o que é preciso para vencer. — a garota continuou com um sorriso no rosto. — Ele me ensinou vários golpes novos.

— Que bom, filha. — forçou um sorriso, estava começando a não gostar muito da influência de Kreese em seus alunos, principalmente em sua filha. — Eu vou guardar essa bolsa no escritório e já volto pra dar aula.

Ela assentiu e voltou para onde os amigos estavam antes, conversando ansiosos sobre a aula de hoje. Não demorou muito para Johnny voltar acompanhado de Kreese.

— Quero todo muito de kimono, o treino começa em 5 minutos. — todos ficaram confusos. — O que foi?

— Ué, não foi nada, mas nós não íamos pra floresta pra um treinamento especial? — Miguel perguntou fazendo Johnny olhar sem entender para Kreese, esperando uma resposta.

— Achei que era uma boa hora de separar os homens dos meninos. — respondeu como se lesse seus pensamentos. — E das meninas também. O que acha de Coyote Creek?

— Acho que ainda não estão prontos. — respirou fundo, hesitante.

— Só tem um jeito de descobrir.

— Estamos prontos. — Falcão se pronunciou pela primeira vez. — E queremos provar.

— É com o sensei Lawrence, se ele concordar, então só assim podemos ir.

— Por favor, pai, nós damos conta.

Johnny olhou uma última olhava para seus alunos, pensando se era a coisa certa a se fazer.

— Beleza, tão esperando o que, vamos lá. — se deu por vencido, vendo seus alunos comemorarem.

— Eu vou acabar com todos vocês nesse jogo. — Sofia sorria diabólica enquanto todos se direcionavam pra saída, a ideia de poder bater em algumas pessoas sem ser punida lhe atraia muito.

— Você me assusta as vezes. — Miguel disse. — Parece uma psicopata.

— E isso só deixa você mais atraente ainda. — o de moicano passou os braços pelos ombros da namorada, fazendo ela sorrir.

— Falcão, respeita meu luto e tira as mãos da minha filha!

— O que uma coisa tem a ver com a outra? — o trio se virou confuso para o sensei.

— O luto é meu, eu que escolho como ele funciona.

— Coitado, tá caducando de tão velho.

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