thirty.

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Naquela segunda feira, Sofia acordou com a menor vontade possível. Estar suspensa não era a melhor coisa para seu histórico escolar, mas ela também não podia negar que esse tempo sem ir a escola não havia sido pra ela. Ela arrumou rapidamente e logo ouviu a buzina do carro de Falcão do lado de fora que havia ido buscá-la como todos os dias.

— Seu passarinho chegou cedo hoje. — Johnny disse quando a menina passava pela cozinha apressada. — Você nem tomou café comigo hoje. — completou emburrado.

— Ah, desculpa pai, a gente vai mais cedo porque eles estão revistando todos os alungos na entrada da escola agora, aí é melhor pra não se atrasar. — explicou pegando uma garrafa de água na geladeira. — E para de chamar meu namorado de passarinho.

— Ele parece com um passarinho com aquele cabelo ridículo.

— Achei que gostasse do cabelo dele, você mesmo falou que era radical.

— Eu não me lembro disso não. — a menina semisserrou os olhos, esperando ele parar com a mentira. — Beleza, era legal, até ele começar a namorar com a minha filha, aí ficou horroroso.

— Ah, claro. Faz muito sentido, papi. — riu indo até o mais velho, lhe dando um abraço rápido. — Eu tô indo pra aula, não morra de saudades. — deu um beijo rápido na bochecha de seu pai e saiu.

— Não fica até tarde na casa desse garoto! — foi a última coisa que ela pode escutar antes de sair pela porta. Viu seu namorado encostado na porta do carro, com o moicano vermelho e as roupas todas pretas.

Ainda bem que sou eu que namoro, pensou sorrindo.

— Oi, gatinho. — ela deu uma leve corridinha até o garoto, o puxando para um beijo rapidamente.

— Oi, minha princesa. — ele disse depois de correnponder ao beijo. — Pronta para o primeiro dia?

— Não. Tem certeza que não quer matar aula? — insistiu mais uma vez, Sofia havia passado o fim de semana inteiro criando planos de como matar aula ou fugir da cidade. Ela fez uma cara de choro falsa quando o namorado negou com a cabeça.

— Total certeza. — o garoto disse firme, mas com um sorriso no rosto, o que a fez bufar. — Você ainda tem que se formar e ficar rica pra eu ser seu esposo troféu e poder buscar nossos filhos na escola enquanto você se mata de trabalhar. — brincou, segurando a risada ao ver a feição que ela havia feito. — Que cara é essa?

— Minha cara de pensando se eu te acerto com um soco ou um chute. — ela cruzou os braços, encostando no carro do garoto.

— Sem agressão, me da um beijinho, vai. — pediu fazendo um biquinho. Mesmo irritada, Sofia não conseguia resistir ao namorado, então ela deu um sorrisinho e passou os braços pelo seu pescoço, o beijando, até escutarem uma buzina extremamente alta, o que fez os dois se separarem em um pulo.

— Fala sério, pai! — Sofia gritou incrédula vendo o pai segurando uma buzina na porta de casa.

— Se for pra beijar pássaros traidores, beije longe da minha casa!

— Eu tô ouvindo. — Falcão disse no mesmo tom da namorada.

— É pra ouvir mesmo. — o mais velho semisserrou os olhos. — E toma cuidado com essas mãos, ô pica pau.

— Vamos embora antes que ele jogue a garrafa de whisky na sua cabeça. — Sofia disse dando a volta no carro, parando na porta vendo seu namorado com uma feição assustada. — As latas de cerveja acabaram. — explicou como se fosse a coisa mais formal do mundo. — Entra.

E assim Falcão acelerou e dirigiu até a escola apressadamente, com medo de seu sogro que também era seu ex sensei. Os dois foram revistados no hall de entrada, ambos revirando os olhos pensando se isso era mesmo necessário.

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⏰ Última atualização: 8 hours ago ⏰

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