Capítulo 5:

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Gustavo Albuquerque:

Quanto me afastei de Mariana logo após ouvir o sermão do Lucas, meu amigo e eu nos dirigimos ao escritório para investigar algumas provas que havíamos encontrado. Assim que entrei no escritório, o peso da responsabilidade estava palpável. O lugar estava cheio de arquivos desordenados, documentos espalhados e as luzes fracas lançavam sombras que dançavam nas paredes. Era o ambiente perfeito para o que estávamos prestes a fazer: investigar e descobrir a verdade.

Meu amigo estava à minha frente, examinando algumas pastas, enquanto eu tentava reunir meus pensamentos. Mariana ainda estava em minha mente, a forma como se movia, a maneira como seu olhar desafiador parecia me penetrar. Era difícil me concentrar sabendo que ela estava ali, em uma festa, cercada por pessoas que não entendiam seu poder.

—Você encontrou algo? —Perguntei, tentando desviar meu foco do que realmente importava.

—Não exatamente. Apenas alguns papéis antigos. Mas olha isso...—Ele respondeu, passando uma folha de papel que continha anotações sobre negócios obscuros relacionados à Mariana. Enquanto olhava, uma sensação de desconforto cresceu dentro de mim. A sombra de um plano contra ela parecia se formar em minha mente, e eu sabia que precisava agir.

Porém, a atmosfera mudou drasticamente quando começamos a ouvir vozes vindas do corredor.

—Ela não pode continuar assim. Se não a eliminarmos logo, tudo estará perdido. —Uma voz masculina murmurou, carregada de desprezo.

Meu coração disparou. Será Mariana? O que estava acontecendo? Sem pensar duas vezes, me aproximei da porta e fiquei atento às conversas que se desenrolaram do lado de fora. O que eu ouvia me fez sentir uma onda de indignação e proteção que devia sentir.

—Mariana pensa que pode controlar tudo, mas a verdade é que estamos no controle. —Outra voz, mais baixa, mas cheia de malícia. — Quem aquela Putinha de luxo pensa que é?

Troquei um olhar rápido com meu amigo. Sabíamos que devíamos agir rapidamente. Mariana estava em perigo, e não podíamos permitir que esses covardes a machucassem. Fui tomado por uma onda de determinação. "Precisamos fazer algo!" sussurrei para meu amigo, que apenas acenou em concordância. A sensação de urgência me impulsionou a agir. Não podíamos deixar que essas pessoas a machucassem.

Quando finalmente saíram, murmúrios de desprezo ainda ecoando em suas vozes, respirei fundo, permitindo que o silêncio do escritório me envolvesse antes de seguir.

—Precisamos agir rápido. —Sussurrei para meu amigo, mas a urgência na minha voz era ofuscada por um único pensamento: Mariana.

Uma vez que a situação estava sob controle, saí do escritório com um foco renovado. A festa continuava em pleno vapor, risos e músicas preenchendo o ar. A energia pulsante me envolveu, mas meu olhar estava fixo em um único ponto. Eu precisava encontrar Mariana.

Caminhei entre os convidados, tentando ignorar a intensidade do que havia acabado de acontecer. O sorriso dela iluminava a sala, e cada movimento que ela fazia parecia capturar a atenção de todos à sua volta. Assim que meus olhos se encontraram com os dela, um sorriso involuntário se formou em meu rosto.

Mariana estava parada bem à minha frente. Seu olhar fixo me prendeu, e por um breve segundo, tudo ao nosso redor pareceu se dissipar. Eu não disse nada de imediato, apenas estendi a mão, em um gesto calmo, mas com uma intensidade inegável.

—Me concede essa dança? — minha voz soou baixa, quase um sussurro, mas firme. Havia algo naquele tom que fez meu coração bater mais rápido.

Enquanto caminhávamos pelo jardim, a noite envolvia tudo com um manto silencioso e fresco

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Enquanto caminhávamos pelo jardim, a noite envolvia tudo com um manto silencioso e fresco. Cada passo que dávamos parecia nos afastar ainda mais do tumulto da festa, como se o mundo inteiro estivesse se reduzindo a apenas nós dois. Mariana, sempre tão imponente, caminhava ao meu lado, mas eu podia sentir sua hesitação, algo novo para ela.

Eu, Gustavo, ou Rafael, como ela ainda me conhecia, mantinha o controle. Não precisava dizer muito; meu silêncio já deixava claro que essa conversa seria diferente. Havia algo sobre Mariana que ia além das histórias que circulavam. Ela era forte, implacável, mas eu queria ver mais do que apenas a mulher poderosa que todos comentavam

Eu sabia que algo estava por vir. Desde o momento em que saímos do salão e começamos a caminhar pelo jardim, meus instintos estavam em alerta. Havia algo no ar, algo que eu não podia ignorar. A tensão não era apenas entre Mariana e eu — era como se o próprio ambiente estivesse carregado de perigo. Passei anos lidando com situações assim, e aquela noite não seria diferente.

Enquanto andávamos, observei cada detalhe, senti cada mudança sutil ao nosso redor. Não era apenas a beleza do lugar que me atraía, mas a certeza de que não estávamos sozinhos. Mesmo com o charme e a sedução que pairavam entre nós, a ameaça invisível estava ali, à espreita, esperando o momento certo para atacar.

Mariana não sabia, mas eu estava preparado. Já tinha ouvido rumores sobre pessoas que queriam vê-la fora do jogo, e quando ouvi a trama conta a Mariana por está no lugar certo, percebi que precisaria agir rápido. Estava claro que algo ia acontecer, e eu estaria pronto quando o momento chegasse. Ninguém pegaria Mariana Bittencourt que fosse eu.

Seus olhos me encararam com aquela firmeza que eu esperava, mas por trás disso, havia algo mais. Ela estava tentando manter as defesas altas, mas eu podia ver que, em algum nível, minha proximidade a afetava. Quando ela recuou, senti que estava no caminho certo. Mariana, sempre no controle, estava começando a sentir o peso de estar vulnerável.

E foi aí que tudo mudou.

Então, quando o agressor surgiu das sombras, não fiquei surpreso. Eu já o havia sentido se aproximar antes que qualquer barulho fosse feito. A luz da lâmina refletida pelas lanternas foi apenas a confirmação do que eu já sabia: ele estava ali para matá-la. E, naquele momento, eu soube que era hora de agir.

Minha reação foi automática, fruto de anos de treinamento. Com movimentos rápidos e precisos, desarmei o homem antes que ele pudesse sequer completar o ataque. A faca caiu ao chão, e num piscar de olhos, o acertei com um golpe fatal. Ele caiu sem emitir som, e o silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor.

Enquanto o corpo do agressor caía, olhei para Mariana. Ela não sabia, mas eu estava pronto para tudo isso. Já tinha traçado mentalmente cada passo, cada decisão. Não era por acaso que a trouxe até ali, longe dos olhares curiosos e dos possíveis cúmplices. Sabia que o jardim seria o lugar perfeito para um ataque, e ao mesmo tempo, seria o lugar ideal para eu neutralizá-lo sem causar alarde.

Eu a olhei, esperando ver choque, medo — mas o que vi foi algo diferente. Mariana estava absorvendo o que acabara de acontecer, e de alguma forma, a brutalidade do ato a atraía. Talvez fosse porque, pela primeira vez, alguém havia feito algo por ela. Alguém a protegerá.

A noite estava agora impregnada com uma nova tensão. A expressão dela mudou, e algo despertou dentro de mim também. A forma como ela me olhava, a gratidão silenciosa misturada com surpresa, era uma combinação que eu não havia previsto.

— Agora, que tal brindarmos a essa noite? — disse com um sorriso, quebrando o silêncio, sabendo que, de certa forma, ela agora me devia algo. — Afinal, sinto que você me deve um favor.

Ela sorriu de volta, mas eu sabia que, apesar do que tinha acabado de acontecer, ela ainda não estava pronta para ceder completamente. Mariana não era do tipo que se deixava controlar, e isso a tornava ainda mais fascinante.

— Um drink não seria de todo mal. — respondeu, tentando manter uma fachada de indiferença. — Mas não pense que isso significa que você pode me controlar.

Meu sorriso se alargou, apreciando o desafio. Mariana era um mistério, e eu estava apenas começando a desvendá-lo.

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⏰ Última atualização: Nov 07 ⏰

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