Capítulo 12

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João Ricardo

Quando eu entro na casa da Lorena e encontro Gabriela em um vestido vermelho que modelava todo seu corpo esbelto, sinto a vontade primitiva de fode-la até que ela vire a bagunça que eu gostava. Porra, essa mulher existir beirava o paraíso. Fico puto como ela não reconhece o poder que tem. Seus cabelos estavam soltos em ondas que combinavam com seu rosto. Sua maquiagem era sutil e exibia suas partes mais bonitas. Até a porra do salto dourado estava fodendo comigo. Arrumo meu pau na calça assim que ela se distrai com minhas primas.

Tinha sido quase um mês do seu trabalho e todos esses dias sigo vivendo de punheta. Eu até cogitei foder alguém aleatório em uma festa aleatória mas a verdade é que eu só tenho água na boca pela morena de vermelho no meio da sala da minha amiga. Eu poderia mesmo pegar ela pelos cabelos e foder com ela na primeira superfície que eu encontrasse, mas eu tenho um drama para resolver rápido.

Subo as escadas e sem bater entro no quarto da Valentina. Ela está com maquiagem pronta, cabelo pronto e pijama de ursinho. Essa menina quer bater pé pra decidir com quem quer namorar? É sério? Assim que ela vê que estou entrando ela se adianta em chorar. Eu não digo nada, sento ao seu lado e cruzo minhas pernas, dando o tempo que ela precisa pra se recuperar.

—Eu gosto dele, tio.—ela chorominga borrando a maquiagem.

—Eu posso ver, Valen.—eu digo encarando seu rosto vermelho.—Mas eu já te falei sobre isso, certo? Caleb é mais velho, você é muito nova pra amarrar sua vida a alguém como ele. E pior, ele nem sequer sabe desse drama todo, não brigue com sua família por alguém que não te quer oficialmente, é burro—ela dá um meio sorriso quando eu a ofendo, pestinha.

—O amor é burro, homem. Olhe bem pra você, é obcecado por sua ex namorada de adolescência, não venha me dar lições—ela me corta como a faca Tramontina.

—Não seja prepotente. Pelo menos eu tenho motivo pra amar sua tia, você tá apaixonada por um devaneio que você mesma criou na cabeça—ela gargalha. Sempre fomos honestos um com o outro. Enquanto todos tratavam a Valentina como uma não me toque, eu era responsável por colocar ela no chão.

—O papai me chateio, ele gritou comigo.—ela argumenta.

—Seu pai foi educado, no dia que eu descobrir que minha filha está apaixonada por alguém, eu mando matar ele. Mas veja, por isso que não serei pai—piscou pra ela.

—Você acha que eu errei? Você sempre disse que precisamos ter lealdade nas nossas próprias crenças—ela joga.

—Você ainda pode ter, mas não significa que todo mundo vai entender e aceitar sua lealdade. Você gosta dele? Sim? Então espere ser adulta para que ninguém te impeça de nada. E primeiro confirme se isso não é 100% platônico. Mas não agora também, você é muito nova—meu lado tio entra em domínio, às vezes é difícil ser tio e melhor amigo.

—Pelo amor de Deus Ariella ela não está bem, está conversando com o tio!!—é a última coisa que eu escuto lá fora da Lorena quando a porta é aberta com a maluca da melhor amiga da Valentina.

—Minha filha pelo amor de Deus em, não vamos perder festa por homem nem fodendo, bora levanta—ela bate palminhas e depois vira sorrindo pra mim—Oi tio João—sínica.

—Pelo amor de Deus, não me chame de tio depois de ter ficado de calcinha na minha cama. Soa pervertido—Valentina cai na gargalhada.

—Jesus homem, supere isso, eu já estou em outra—ela pisca.

—Ela está sempre em outra—Valentina resmunga mudando totalmente de humor. Essa perturbada da amiga dela ajuda muito o humor da Valentina.

—Até parece que perder de usar uma grife é uma opção, Jesus, você nunca aprende Valentina—ela resmunga revirando os olhos e se checando no espelho. A garota é um carro em alta velocidade sem freio. Uma tragédia anunciada. Ela exibia um vestido azul claro que devia ter um palmo da sua cintura pra baixo. Se ela se abaixasse, com certeza todo mundo saberia o que tem por baixo. Ela sempre esteve metida em confusão, mas por incrível que pareça, essa menina nunca se meteu com bandido. Fez alguns ficarem putos, algumas esposas tentarem cair na porrada com ela. Mas palavras da própria boca dela, o negócio dela é homem rico.

O advogado da facção [FACCIONADOS 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora