Capítulo 13

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Gabriela Santos

As lágrimas descendo pelo meu rosto dizia que eu era uma tia babona da maior qualidade. Ela dançou com seu pai, que a fez a Valen chorar enquanto dançava, depois veio seu irmãozinho que estava uma fofura naquele smoking e então ali estava João, dançando com ela enquanto arrancava um sorriso da sobrinha.

—Ela ama esse filho da puta, inacreditável.—Giovanna murmura ao meu lado e eu dou uma cotovelada em seu braço.—Ai cara, que isso?—eu aceno com o queixo na direção da Valéria que estava encarando ela com a sobrancelha erguida.

—Ah mas e eu vou mentir? Não vou nada. Pelo menos ele tem gente que gosta dele, se dependesse do meu afeto ia morrer—ela resmunga e eu reviro os olhos. Ficando feliz quando encerra a valsa e a balada é aberta. Agora tudo pode se destruir que eu vou beber e dançar pra caralho. Valentina corre do nosso lado dizendo que vai se trocar e some. Ariella é a primeira a começar a rebolar no ritmo de funk até o chão com aquele mini vestido.

—Jesus, essa menina é doida.—tampo os olhos do Leandro do meu lado. Eu conheço ele por que ele quase todo dia está no escritório.

—Meu filho, piora.—comenta a Giovana.

—Eu vou seguir os passos dela, daqui pra frente estou indo totalmente para trás, estou avisando que ficarei bêbada depois de muito tempo, então, adeus—digo virando meu drink e seguindo pra balada com a Ariella e outros adolescentes.

Não me importo com os olhares quando rebolo até o chão no ritmo da dança, não lembro da minha idade quando dou risada seguindo a coreografia da melhor amiga da minha sobrinha e nem percebo o tempo passar, até que suor escorrega pelo meus peitos e percebo que tomei pelo menos três drinks de gin. Quando finalmente aproveito a pausa de uma das músicas que estou dançando pra tirar o salto que estava massacrando meu pé, olho pra mesa e João está com os olhos cheios de luxúria em mim. Preciso morder meus lábios para aguentar o peso do seu olhar. Não muito esperta, caminho em sua direção, sentando na mesa ao seu lado.

—Eu não consigo tirar meu salto, você pode tirar?—Peço com um sorrisinho, ele olha para meus olhos e então pisca observador, bufou uma risada e se abaixou para desatar meus saltos.—Sabe, agora estamos alimentando a narrativa do André. Acho que ele vai conseguir nos matar.—eu brinco o provocando.

—alimentar a narrativa seria fazer o que eu estou desejando fazer.—eu abaixo para ver ele tirando o salto de um dos pés e beijando o primeiro e seguindo para as tiras da outra. Filho da puta.

—...que seria?—pergunto não segurando a curiosidade e a malícia que escorrega da minha voz.

—Enfiar minha boca na sua bucetinha e descobrir se você tem tesão em sexo em público, nunca tive tempo para experimentar isso.—eu engasgo. Fechando minhas pernas e não sei se é pra ele não conseguir fazer o que deseja ou para conter o meu próprio desejo.

—Você fala putaria com tanta facilidade.—eu comento depois que meus pés estão livres da sandália e ele antes de levantar, sobe sua mão embaixo do meu vestido até a coxa.

—Você ficaria chocada com a facilidade que eu poderia torná-las reais—ele tira a mão e se senta do meu lado, enquanto eu cruzo as pernas pra aguentar o fogo subindo por elas.

—Sabe, não é de bom tom a gente ficar falando sobre sexo quando somos colaboradores—eu digo escondendo um sorriso, mas o dele já está em exibição.

—Não é de bom tom mesmo ficar de buceta encharcada por causa do seu chefe, linda.— a expressão de pura safadeza estampada naqueles olhos lindos, me faz considerar SÓ UMA VEZ arrastar ele para o banheiro desse lugar e montar seu pau até que minhas pernas não aguentem mais.

O advogado da facção [FACCIONADOS 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora