Capítulo 10 - Resquícios do destino

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A segunda noite no dark room se inicia e Jisung fica extremamente ansioso. Ao mesmo tempo que o menino não quer criar a expectativa que o homem misterioso estará entre seus clientes hoje, ele também anseia pela presença daqueles olhos enigmáticos e por conseguir identificar traços de seu rosto. Ao chegar no camarim ele identifica uma roupa vermelha toda de couro, complementada por uma meia arrastão e acessórios da mesma cor, tudo em sua poltrona nem precisando de uma instrução para entender se tratar do seu figurino.

Pelo corredor até o dark room o short vermelho fazia barulho a cada passo do garoto, com um cropped de uma manga só mostrando seu abdômen, luvas de couro sem dedos, uma gargantilha de prata e botas também de couro vermelho, o menino conseguiu atrair todos os olhares de funcionários, alguns que já lhe desejavam no passado, mas mesmo se tratando de uma pessoa extremamente tímida, sua cabeça não conseguia fixar nos acontecimentos do presente apenas almejando o que estaria por vir.

Adentrando ao recinto, Jisung solta um suspiro aliviado e ansioso ao se deparar com o mesmo par de olhos da noite passada. Sentado no sofá, como se ali pertencesse, o sorriso que lampeja em seus lábios é visível, dado o brilho que resplandece em meio à escuridão.

Jisung não consegue conter um leve sorriso em resposta. Logo a música ambiente envolve o menino e, sabendo o que o homem almeja, ele inicia sua envolvente dança no pole dance, porém desta vez completamente entregue de uma forma quase familiar, como se houvessem inúmeras vidas como experiência para se apoiar. Sem despejar qualquer palavra sequer o homem, ao término da performance do menino, aponta para a cama, ainda com um sorriso no rosto, porém mais malicioso e completamente satisfeito com o deleite diante de seus olhos, Jisung está divino de vermelho e completamente seguro de seus movimentos.

Ao deitar-se na cama, completamente entregue e com um sorriso gigantesco no rosto o menino atende aos desejos do homem, mesmo que sem ouvir qualquer palavra se quer, como se os olhares fossem tão cumplices que eles compreendessem o que um almeja do outro. Ele retira totalmente suas roupas, sem tocar nas botas ou na gargantilha e passa a se tocar olhando nos olhos do outro que permanece em frente a cama, de pé, deleitando-se de cada ação assistida. Em meio às sombras Lino pega um vibrador e indica ao menino que afaste as pernas. Gentilmente ele introduz o objeto, milímetro a milímetro, fascinado com cada arfar, cada gemido, as mordidas no lábio intercaladas com a o ato de colocar a ponta da língua no lábio superior que o menino possui, cada respirar de Jisung proporciona uma satisfação estupenda a Lino.
Querendo identificar um rosto Jisung se esforça para manter os olhos abertos, mas não possui sucesso dado o fato de que está completamente entregue ao prazer do momento. Ele implora pelo toque de Lino, então como se seus anseios estivessem sendo ouvidos recebe um breve toque em sua coxa, devagar e suave e logo se entrega completamente ao seu ápice se derramando completamente.

Com a satisfação de identificar o ápice do menino, Lino retira a mão que repousava em seu corpo, fazendo com que Jisung implore por mais de seu toque. Mesmo almejando desesperadamente por mais, ele cede a exaustão e adormece em seguida. Permitindo-se aproximar do menino adormecido Lino entrega-se.

– Você não imagina o quanto eu quero tocá-lo, meu menino. – Ele senta na cama e aproxima seu rosto. – Seu cheiro dilacera-me, a visão do seu corpo entregue ao prazer, sua respiração, seus gemidos... tudo soa como uma tortura cruel por não poder tocá-lo. – Ele funga forte o cangote do menino. – Não posso condená-lo ainda mais, meu Jisung. – Conclui com nítido pesar.

Por mais alguns segundos ele se permite examinar o adormecer suave de Jisung, querendo desesperadamente ceder a tentação de toca-lo, de senti-lo por completo, de beija-lo desesperadamente até perderem o folego, mas ele respira forte para se recompor e expulsar esses pensamentos.

Fonte dos pecados - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora