Há uma semana que aquele incidente aconteceu. Henrick estava certo, a saúde de Akemi é surpreendente, ela se recuperou muito rapidamente do resfriado e logo voltamos à trabalhar. Eu a ajudo com os cavalos de manhã, sempre aprendendo coisas novas. Inclusive, voltei a domar o Spryzen, estamos progredindo bastante e ele já está usando manta e cabresto. Durante a tarde, fico no Raging Bulls treinando, resolvendo a parte burocrática que deixei acumulada e, vez ou outra, participando de algum campeonato. De noite, nós jantamos e passamos um tempo junto, seja na piscina quente ou assistindo à um filme qualquer na televisão. Estamos nos acostumando rapidamente com a nova rotina e, nesse final de semana, marcamos de visitar um orfanato. Eu e Akemi, nesse momento, estamos em uma loja de brinquedos no shopping.
Shu - Que tal esse? - Peguei um ursinho que estava segurando um coração, achando fofo para dar à crianças mais novas.
Akemi - Gostei, põe no carrinho. - Já estávamos com dois carrinhos cheios, então, precisamos pegar outro.
Eu, Akemi e Henrick estávamos fazendo compras de brinquedo para um orfanato carente. As doações de alimentação e para pagar as mensalidades do orfanato foram feitas por mim e agora ela faria a doações de brinquedos e roupas para as crianças. Uma boa ação, como antes de mim ela fazia e como agora eu faço com sua ajuda.
Shu - E aquele? - Questiono, apontando para um trailer de LOL.
Akemi - Pode ser também, e esse. - Pegou um lego do batman.
Ficamos a manhã inteira comprando, coisas demais para o carro, mas dividimos em dois, o meu carro e o dela. Então, depois do almoço nós fomos ao orfanato. A cuidadora estava nos ajudando a organizar as crianças para a distribuição dos brinquedos.
Shu - Entra na fila, por favor. - Eu e as cuidadoras estávamos tentando fazer as crianças se organizarem em 4 filas, mas quando arrumávamos uma, bagunçavam a outra.
Akemi estava sentada impaciente ao lado dos brinquedos, de pernas cruzadas como uma madame sem mexer nem um dedo para ajudar. Logo as crianças começaram a ficarem inquietas por não receberem os brinquedos, então Akemi se levantou e descruzou os braços.
Akemi - Escutem aqui, se vocês não formarem essa fila agora eu vou levar os brinquedos de volta para o carro e dar para outras crianças. - Eles não pareceram levar ela a sério, até que ela acenou para Henrick que começou a pegar as caixas de brinquedos.
Os mais velhos, que antes estavam fazendo bagunça e desinteressados em obedecer as ordens, se desesperaram e enfim comportaram, quando eles viram que os mais novos não fizeram o mesmo, deram um jeito de deixá-los quietos e na fila. Logo as quatro filas estavam formadas e todas as crianças quietas.
Shu - Como que você...
Akemi - Primeiro os pequenos, quanto mais comportados ficarem mais rápido terão seus brinquedos e roupas novas em mãos, agora... primeiro a fila das menininhas. - A cuidadora trouxe até nós a fila de poucas meninas de 3 à 7 anos.
Para as meninas pequenas demos pelúcias e bonecas, para os meninos pequenos demos carrinhos e bolas. Para os maiores, de 9 à 15 anos, demos brinquedos de montar, como lego, lol, casa de bonecas e quebra cabeça. Todas as crianças receberam livros de colorir com lápis de cor, giz de cera e tinta guache, porém esse presente decidimos entregar para eles brincarem conosco. Essa ideia foi de última hora, já que hoje é o nosso dia de folga e decidimos passar a tarde aqui no orfanato. Inicialmente os pequenos não estavam muito interessados em pintar, pois são muito pequenos e gostam de correr e fazer bagunça, mas os maiores pareciam bem interessados nos brinquedos que receberam. Estávamos sentados na grama do jardim do orfanato. Akemi estava trançando os longos cabelos cacheados de uma menina que estava pintando com tinta em seu colo. A menina já sujara seu vestido diversas vezes, mas Akemi sequer se importava. Eu estava ajudando um menino a montar um lego complexo que até mesmo eu estava com dificuldade lendo o manual.
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DARK REDEMPTION - Shu Kurenai
Fanfiction"𝘚𝘦 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘢 𝘳𝘦𝘦𝘯𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢𝘥𝘰, 𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘵𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰." Eu tentei me convencer disso durante meses, mas não importa o quanto eu fugisse, meu passado me condena e me persegue por onde eu vo...