Despertar em meio ao caos

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Na universidade, a atmosfera estava carregada de risadas e comentários enquanto um grupo de alunos se preparava para gravar um vídeo. O sol brilhava intensamente, iluminando o campus e criando um cenário perfeito para as filmagens. Um dos alunos do segundo ano, Lucas, segurava a câmera e olhava para os amigos ao seu redor.

— E aí, pessoal! O que vocês acham de Carol Silva? — perguntou ele, com um sorriso travesso no rosto.

Mateus, um dos alunos do primeiro ano, não perdeu tempo em responder, rindo alto.

— Carol? Uma gostosa! — exclamou ele, piscando para os amigos.

O amigo de Mateus, Thiago, entrou na conversa com uma expressão de desdém.

— Concordo! Mas ela não faz meu tipo! — disse ele, balançando a cabeça.

Lucas franziu a testa, curioso.

— Mas por que? O que tem de errado com ela?

Thiago deu uma risadinha sarcástica antes de responder.

— Porque ela fica com todos! Não gosto de garotas fáceis! Uma prostituta — disse ele, rindo em tom debochado.

As risadas ecoaram pelo ar enquanto eles continuavam a zombar da imagem que tinham de Carol. No entanto, do outro lado do campus, Carol assistia ao vídeo em seu celular.

As palavras cortantes de Rodrigo reverberaram em sua mente. "Prostituta? É, ele está certo. Mas não gosto desse termo", pensou ela, franzindo o cenho. "Eu gosto de fazer sexo. Homens ou mulheres, tanto faz!"

Ela balançou a cabeça enquanto refletia sobre suas escolhas. "A universidade é um bom local para conhecer várias pessoas. Não curto esse lance de namorar, então saio pegando as pessoas por aí. Dormir com alguém por muito tempo não faz o meu tipo." Um sorriso irônico surgiu em seu rosto ao pensar na maneira como se via.

"Claramente não quero alguém que fique perto de mim por muito tempo", pensou Carol novamente. "Gosto de ficar com pessoas por pouco tempo; assim não se apegam." Era assim que ela se protegia das emoções e da vulnerabilidade que vinha com relacionamentos mais profundos.

Mas naquele dia tudo começou a mudar. Enquanto refletia sobre sua vida e suas escolhas, uma figura cruzou seu caminho e capturou sua atenção. Aqueles olhos castanhos e o olhar intenso da nova aluna a fizeram questionar tudo o que acreditava sobre intimidade sentimental. A conexão instantânea que sentiu foi desconcertante e inesperada.

Naquele momento crucial, Carol se viu dividida entre o desejo pela liberdade que sempre valorizou e a ideia assustadora de abrir seu coração para alguém novo. "O que estou fazendo?", pensou ela, lutando contra os sentimentos confusos que surgiam dentro dela. "Acho que talvez eu não saiba tanto sobre mim mesma quanto pensei."

A cena no campus continuava com risadas e brincadeiras ao fundo, mas para Carol tudo havia mudado. A ideia de uma conexão verdadeira agora pairava no ar como uma possibilidade intrigante e aterrorizante ao mesmo tempo. E assim começou sua jornada inesperada rumo à descoberta do amor e da vulnerabilidade em meio ao caos universitário.

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