24: Seja um segundo de liberdade

234 40 69
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


16 de fevereiro de 2021

Jão Romania:

É no mínimo engraçado estar no meio do carnaval sem me preocupar em flertar com alguma garota ou garoto, ou estar atento a algum desconhecido chegando em mim para me roubar um beijo.

Não que eu estivesse sentindo falta desse tipo de atenção, porque eu com certeza não estava, e mesmo se inconscientemente eu estivesse recebendo ela, os braços fortes de Pedro ao redor da minha cintura despistava qualquer um de se aproximar um pouco mais de mim.

Eu nunca fui o maior fã de relacionamentos, principalmente em datas como no carnaval, para mim, relacionamento era sinônimos de dependência e submissão, e sinceramente, eu odiava me sentir preso.

Contudo, não é assim que eu me sinto com Pedro, não que estivéssemos exatamente em um relacionamento mas a gente estava junto há dias o suficiente para ser algo exclusivo, e talvez em toda a minha vida eu nunca me senti tão livre como venho me sentindo com Pedro.

Estar ao seu lado é como um recorte de um tempo firme e liberto.

Um pouco mais afastados com os nossos amigos, esperávamos o trio elétrico da Ivete Sangalo cruzar a avenida enquanto eu balançava o meu corpo no ritmo da música.

Prometemos um para o outro não exagerar na bebida hoje, mas isso não quer dizer que não podíamos dar alguns goles em uma cerveja.

Por isso, ainda com seu corpo atrás do meu, abraçados, Pedro e eu revezávamos entre alguns goles.

— Sabia que todo mundo está olhando para nós dois?
Seus lábios roçam no lóbulo da minha orelha, arrepiando toda a extensão do meu corpo.

Não sei se ele fazia de propósito mas a combinação dos seus dedos fortes segurando firmemente a minha cintura com a sua voz um pouco rouca no meu ouvido deixava o meu corpo em um caos completo ora arrepiado ora praticamente fervendo.

— Hum?
Dou tudo de mim para prestar atenção no que ele iria repetir e não nas consequências do efeito do corpo dele junto ao meu.

Ele ri do meu estado um pouco aéreo e eu aproveito para tomar a bebida da sua mão e dar dois longos goles antes de devolver a ele.

— Lindo, eu disse que todo mundo está olhando pra gente.

— Está?
Meus olhos vão direto para a pequena multidão aglomerada um pouco próxima, identificando vários olhares direcionadas a nós dois.

— Uhum!
Seus lábios atingem o meu pescoço deixando alguns selares demorados e úmidos.
— Somos lindos pra cacete, estão com inveja de nós dois.

Sem ao menos notar, já estou inclinando a minha cabeça dando liberdade aos seus beijos explorarem mais a extensão do meu pescoço e colo.

Minha respiração se torna mais rítmica me fazendo morder os lábios em satisfação.

COETERNOS - pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora