𝐋𝐄𝐀𝐋, ʳᵃʸˢˢᵃ

❱ twenty three

❛ vinte e três ❜

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୨ LUANA RAMOS ୧

( 26 de julho )

quase que eu viro um tomate quando lilian disse aquilo, e na minha opinião, realmente combinamos. e eu percebo rayssa dando alguns sinais, só espero que eles sejam reais e não seja coisa da minha cabeça.

e quando ela me chamou de "amor" eu parei de processar por alguns minutos, principalmente porque saiu de uma forma natural, e claro, eu não me incomodei.

respiro fundo e tento parar de pensar nisso, pego meu celular e nós seguimos em direção à recepção, depois entramos no carro. e claro, não podia faltar aquele pagode né.

depois de alguns minutos chegamos no museu, ele é bem bonito e enorme. saio do carro e começo a caminhar para dentro do museu, ao lado de rayssa.

── nossa, aqui é gigante ── comento, assim que piso o pé no museu.

── demais ── concorda lilian.

andamos um pouco e logo damos de cara com a noite estrelada sobre o rodano, é uma pintura de vicent van gogh, é perfeita.

── que lindo, sempre quis ver uma pintura do van gogh de perto ── fala arthur.

── pois é, eu também ── concordo.

seguimos pelos corredores do lugar, passando pelo autorretrato de van gogh, e olha, eu nunca vi uma única obra dele que seja ruim, são todas magníficas. continuamos andando, e logo vemos o baile no moinho da galette, de renoir.

── que bonito ── diz lilian, analisando o quadro.

── verdade.. ── haroldo concorda.

o próximo quadro, os raspadores de assoalho, de gustave caillebotte, é uma obra que retrata o esforço e a dureza do trabalho deles. fomos em frente e encontramos a estátua de hércules.

mas logo mudamos para algo mais leve: as quatro partes do mundo, de carpeaux. a obra representa diferentes continentes como mulheres, segurando uma esfera no centro.

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vimos mais algumas obras e esculturas, porém não iremos ficar tanto tempo pelo fato de que rayssa teria que voltar para a vila por conta dos treinos, mas antes de sairmos, nos deparamos com o urso branco.

── olhei rápido e achei que era de verdade ── disse, olhando para a escultura do urso.

── eu também ── ela concorda, rindo um pouco. duas míopes.

saímos do museu e fomos para dentro do carro, ela fica no meio e eu fico do lado da janela, que por sinal é o meu lado favorito do carro, não sei porquê. e pela primeira vez colocamos música internacional, obviamente bruno mars.

chegamos no hotel e chamamos o elevador, assim que ele chega nós subimos até o local que estamos hospedados e lilian abre a porta. haroldo, arthur e lilian vão para a cozinha, felipe vai para a sala e eu e ray vamos para o quarto.

── lu, posso falar sobre um negócio contigo? ── pergunta, me observando tirar o tênis.

── pode, é sobre o que? ── termino de tirar o tênis e olho pra ela, que logo se senta ao meu lado.

── então, as olimpíadas estão chegando e eu não queria deixar pra falar isso depois que ela acabasse. eu não sei bem como dizer isso, mas... ── respira fundo ── eu gosto de você. eu sei que demorei muito tempo pra confessar isso, mas só tive coragem para dizer isso agora.

minha cabeça para de raciocinar assim que ela termina a frase.

eu tô em choque, não sei o que falar ou fazer. minha cabeça tá explodindo nesse exato momento.

── você é a garota mais incrível que eu poderia ter conhecido ── confessa, fazendo meu coração acelerar.

── eu também gosto muito de você ── respondo de forma acelerada ── nunca te contei isso por achar que você não gostava de garotas também ou que não sentia o mesmo.

ela me encara por alguns segundos com os olhos brilhando e chega mais perto de mim, me deixando com um certo nervosismo, e sem perceber, sinto a textura de seus lábios macios encostando no meu, passando a mão pela minha nuca, e eu faço o mesmo. é como se o mundo ao meu redor parasse nesse exato momento e só existisse nós duas.

o beijo é suave e calmo, mas se como precisássemos disso a muito tempo, desde a última vez que isso aconteceu - ou até muito antes. a sensação desse beijo estar acontecendo me faz da pessoa mais feliz do mundo.

── é bom poder sentir o seu beijo de novo ── é a primeira coisa que ela diz assim que nos separamos.

── digo o mesmo ── deixo uma risada escapar ── eu te amo.

── eu também te amo, pra caralho ── afirma.

após ela dizer isso fica um silêncio no quarto, mas não é um silêncio desconfortável, e sim um confortável.

── eu vou ter que voltar pra vila, vai descer comigo, né?

── óbvio ── confirmo e nós vamos para a sala, abrindo a porta e pegando o elevador para descer até a recepção.

chegando lá, nos sentamos no sofá enquanto ela chama o uber, pois o ônibus não iria vir. depois de já ter chamado o uber, nós ficamos vendo tiktok no celular dela, enquanto eu apoio lentamente minha cabeça no ombro dela e a mesma faz cafuné no meu cabelo.

o veículo chega e nós se levantamos, dou um abraço rápido nela, e quando nos separamos eu deixo um selinho nos lábios dela.

── gostei ── a morena dá um sorriso.

── só não se acostuma ── rolo os olhos na brincadeira e ela vai até o carro.

de onde eu tirei coragem para isso?

eu sabia que aquele jeito dela diferente comigo não era coisa da minha cabeça, ela gosta de mim! eu tô literalmente tendo surtos internos, e daqui a pouco externos também.

saio de transe e entro no elevador, subo para o número do "apartamento" e entro, indo direto para a cozinha beber uma água para me acalmar um pouco.

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✰ bom dia só pra quem colou o simulado todo de matemática, boa tarde só pra quem mora do lado do rio e provavelmente não vai pro STU, e boa noite pra qm tá tendo crise de ansiedade sem motivo

✰ surtei de tanta emoção no meio que eu tava fazendo esse cap KKKKKK