presságio de chocolate

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tem dias comuns e completamente ordinários. e nesses dias eu levanto da cama e faço meu café. vejo a vida passando diante dos meus olhos. petrificada. nada acontece. tem esses dias comuns e nada extraordinários. ela me liga. pergunta se estou bem. ela sabe que não, mas faz a pergunta de qualquer jeito. e eu digo que sim. como uma pergunta e uma resposta metódica após encontrar um conhecido na rua em um cumprimento apressado. "Sim e você?" "Bem também, foi bom te ver". nesses dias. desses comuns e completamente ordinários. eu acordo chorando no meio da noite. pela segunda vez. nem sei por que. como um desses recém-nascidos, que acordam chorando no meio da noite sentindo falta de alguma coisa. mas do quê?

— essa tem sido a coisa mais extraordinária que me aconteceu.

o doce amargo das despedidas Onde histórias criam vida. Descubra agora