o relógio ainda marca 5h47, e eu espero. meus olhos pesam, mas as pálpebras se recusam a fechar. passo o dedo pela borda da xícara, onde o café já esfriou. bebo um gole, amargo e sem açúcar. porque o doce parece uma indulgência desnecessária agora. eu me pergunto quantas manhãs mais vou assistir ao café esfriar sozinho, esperando algo que nem sei definir. o relógio pula para 5h48.
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o doce amargo das despedidas
PuisiEste livro é um convite para se despedir e, eventualmente, recomeçar, mesmo que esses começos te levem a novos finais.