Eles sabem que deveriam se manter afastados, mas a atração entre eles é inegável e implacável. Erick e Três sobreviveram ao pior nas mãos do homem que destruiu suas vidas, e agora se veem presos à filha de seu algoz. Cada passo na direção dela é um...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O local era um ambiente privado e fechado, porém bastante espaçoso, com dois andares para plateia, com um palco na frente onde ocorria uma apresentação de algum tema famoso que definitivamente não conheço, mas Janet pareceu gostar, pois logo abriu um sorriso ao olhar para o palco, com pessoas fantasiadas e apresentando uma espécie de musical. Não parecia bem uma conferência, mas sim uma peça teatral. Ou ao menos isso era uma espécie de máscara para cobrir os reais objetivos disso.
— O Mágico de Oz… — Janet comentou baixo, sorridente. Eu não sabia do que ela estava falando, mas mesmo assim, quis arrastá-la para fora dali, porque ela não podia gostar de nada do que esse cara estivesse oferecendo aqui.
— Meus convidados especiais finalmente chegaram! — Um homem apareceu, com uma empolgação exagerada, atraindo a atenção de todos nós. Ele era um pouco baixo, tinha poucos cabelos grisalhos na cabeça, e uma barriga avantajada que o terno preto apertava. As rugas e linhas de expressão em sua face denunciavam sua idade mais avançada.
— Montserrat — Keera cumprimentou, com um aceno discreto com a cabeça, com o olhar atento e crítico, analisando minuciosamente o homem que carregava um sorriso largo, porém, de bônus eu podia notar seu olhar afiado e ameaçador, quase escondido naquela máscara de “cara legal”.
— Fontannelle… uau! Você não parece em nada com seu pai! — Exclamou e Keera deu um curto sorriso, um sorriso ácido que demonstrou todo o seu descontentamento com a menção de seu progenitor.
— Obrigado — agradeceu, deixando nítido seu tom sarcástico, e Montserrat riu, de forma exagerada, com uma mão na barriga avantajada e a outra indo de encontro ao ombro de Keera, que imediatamente estreitou o olhar, permanecendo parado, sem esboçar qualquer animação fantasiosa que Montserrat estava tentando arrancar de todos ali.
— Já gostei de você. Gosto desse senso de humor — Falou e então encarou Vee, que se mantinha impassível e atento. — Vee… Bergan, agora, não é? Estava ansioso por conhecê-lo — Comentou, estendendo a mão para Vee, que demorou uns dois segundos puramente o analisando. Ele era muito bom em leitura corporal. Por fim, retribuiu o gesto após um longo suspiro, apertando firmemente a mão de Louise Montserrat. Mas seu olhar se mantinha sério. Ele não confiava em Louise. Sendo assim, eu também não.
Ele cumprimentou os Bergan e por fim pousou seus olhos em Janet. Respiro fundo, cerrando os punhos detrás do corpo, porque quero arrancar seus olhos. Quero fazê-lo engolir os próprios pedaços do corpo só por ter a imagem de Janet em sua cabeça.
Quero deixá-lo inconsciente!
— Janet Fontannelle…! Uau, que belo diamante encontraram, não? — Louise insinuou, pegando a mão de Janet e beijando o dorso. Meu olhar recai imediatamente nela. Maldito! Quero arrancar a boca do seu rosto! Percebo quando Janet engole em seco e sua mão reage em um leve tremor ao toque daquele desgraçado. Ela estava com medo. E, quase como um ímã, seu olhar se vira para o lado, onde ela encontra diretamente o olhar de Três, fixo nela desde o ínicio, em seguida encontrando o meu, como se quisesse garantir nossa presença. Era irônico notar que ela buscava certa segurança nos dois homens que já fez muitos de seus dias um completo inferno.
