CAPÍTULO #12

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	Me remexo na cama, mais uma vez não conseguindo dormir

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Me remexo na cama, mais uma vez não conseguindo dormir. Qualquer mínimo movimento, minha bunda ardia, mesmo eu tendo passado pomada. Me levanto, vestindo um robe vermelho por cima da camisola, saindo do quarto. Tudo estava em completo silêncio. Desço as escadarias, seguindo para a cozinha, enchendo minha garrafa com água, que já havia secado todo o meu estoque. As noites costumavam serem muito mais tranquilas do que durante o dia. E me permitia pensar melhor, reorganizar meus pensamentos.

Suspiro profundamente, tomando um gole da água, refrescando meu corpo.

— Que surpresa agradável… — Tomo um susto quando a voz preencheu a cozinha e eu quase derrubei minha garrafa com água, a abraçando de qualquer jeito como se minha vida dependesse disso, me virando rapidamente e arregalando os olhos ao ver Três parado na porta, de braços cruzados e encostado no batente, ocupando toda a passagem. Engulo em seco, o nervosismo tomando conta de mim enquanto eu olhava em volta, memorizando o que eu poderia usar caso eu precisasse me defender. Nunca ficamos sozinhos assim, e era terrivelmente perigoso… por várias razões.

— Saia daqui — ordeno e ele sorri, zombando de mim. Não demonstrei nenhuma autoridade, porque minha própria voz me traiu ao sair trêmula.

— Me admira estar andando — Insinuou, o que me fez franzir o cenho, desgostosa.

— Pare de falar besteiras e saia…! — Resmungo, corada. Ele me encara, sua silhueta sendo evidente pela luz da lua que invadia a cozinha pelas imensas janelas. Até seu cabelo adquiria uma tonalidade única dependendo da iluminação.

— Não me admira você gostar de certas coisas mais violentas. Afinal, deu para seu sequestrador — Falou, o que me fez arregalar os olhos em espanto, corando violentamente.

— Cale a boca e me deixe em paz! — Aviso e ele ri, debochando.

— O que vai dizer ao seu irmão? Que estou te atormentando?

— Exatamente! — Exclamo de imediato, mesmo sabendo que no fundo, eu não diria nada.

— Bem, e o que vai dizer? Vai falar também sobre como você é hipócrita? — Insinuou, me fazendo encará-lo, confusa.

— Do que está falando agora?!

— Você tomou uma surra do Erick, aparentemente. Foi tratada como uma puta, porque, acredite, sei muito bem como Erick é no sexo. Vai dizer isso também? Que gosta da degradação que ele te fez passar? Porque se torna meio confuso, não acha? Me denunciar, mas ao mesmo tempo, pedir para apanhar do seu sequestrador enquanto eu assisto… — Divagou, sarcástico, me deixando imóvel no lugar.

Eu não…

Não sou assim.

Ele está blefando.

— Eu não sou assim! Erick que não sabe como tratar uma mulher! E isso não é da sua conta! — Exclamo, impaciente. Ele suspirou, se desencostando do batente, começando a se aproximar, o que me fez entrar em alerta, puxando uma faca do suporte e apontando para ele, que logo notou, alternando o olhar entre a faca e eu, contornando um sorriso de canto em seguida, como se isso não lhe oferecesse medo algum.

ENTRE SOMBRAS E DESEJOS - Spin-off da série King Of Sex (POLIAMOR) Onde histórias criam vida. Descubra agora