Eles sabem que deveriam se manter afastados, mas a atração entre eles é inegável e implacável. Erick e Três sobreviveram ao pior nas mãos do homem que destruiu suas vidas, e agora se veem presos à filha de seu algoz. Cada passo na direção dela é um...
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Eu queria odiá-lo. Deus, como eu queria! Mas basta estar a um centímetro de mim, basta um simples toque e minha mente para de funcionar. Não sei como ele consegue isso, mas aqui estava eu, novamente rendida e incapaz de controlar meu próprio corpo.
— Erick… me solta…! — Peço, com o único fio de juízo que me resta, mas eram apenas palavras da boca pra fora, porque o que eu menos queria agora era que ele tirasse suas mãos de mim. E como se pudesse ler minha mente, ele me virou de frente para si, me erguendo para cima da pia e se colocando entre minhas pernas, nem falando nada, porque sua boca agora estava ocupada devorando a minha, com vontade, necessidade, esfomeado.
Suas mãos amassavam meu corpo por onde passava. Ele agarrava meus seios, apertava minha cintura com tanta força que certamente a marca dos seus dedos estavam em minha pele agora, descia para minhas coxas e desferiu alguns tapas nela.
— Meu Deus…! — Ofego, jogando a cabeça para trás ao sentir ele puxar meu cabelo, expondo meu pescoço e beijando a região. Senti que ele estava louco para marcar minha pele, mas não o fez, afinal, eu não teria com o que cobrir.
— Merda…! — Erick praguejou, se afastando, me deixando vazia sem seu toque. Abro os olhos, tentando entender o que estava acontecendo, vendo Erick conferir um pequeno aparelho que não parava de piscar uma luz fraca e vermelha. — Precisamos voltar — ditou, com o semblante sério. O encaro, vendo ele notar estar sendo observado por mim. — O que foi?
Bufo uma risada sem humor. Sempre assim. Sempre superficial e indiferente. Às vezes parece que terei um pouco dele, um pouco do seu interior, por mais besta ou indiferente que seja. No entanto, ele se fecha antes que isso ocorra, antes que me mostre que ali dentro há um pouco de sensibilidade, de… importância.
Céus, eu preciso ficar longe desse homem.
Desço da pia, ajeitando meu vestido, olhando em volta e depois para ele.
— Minha calcinha — Peço e ele me encara novamente, arqueando uma sobrancelha, guardando o aparelho no bolso, mas não fez menção de devolver a minha calcinha.
— Vamos logo — Chamou, só então abrindo a porta do banheiro.
Esse cara…!
Bufo, irritada, ajeitando meu vestido, agora nervosa por não ter nada por baixo, passando por ele e seguindo na frente, voltando para onde meus irmãos estavam, seguindo para meu lugar, vendo Erick parar atrás de mim, como se não tivesse acontecido nada.
Ele era bom em disfarçar. Admito. Ou simplesmente não significa nada para ele, o que é bem mais provável.
Passo por Três, seu olhar se estreitou ao me olhar, descendo por todo o meu corpo como se percebesse algo diferente, encarando Erick em seguida de forma questionadora. Engulo em seco, ignorando todos os dois e me acomodando novamente em meu lugar, cruzando as pernas, me sentindo agora bem mais vulnerável por não estar com nada por baixo do vestido.
