Garota de Galway

Dardos

Após a nossa divertida sessão de risadas, Erin teve uma ideia brilhante. 

— Que tal uma rodada de dardos? — ela sugeriu, com os olhos brilhando de animação. — É uma ótima forma de testar nossas habilidades!

— Dardos? Adoro! — Jack exclamou, já pulando da cadeira. — Vamos lá, Liam, você tá dentro, certo?

Eu assenti, sentindo que a noite estava ficando cada vez mais emocionante. Era hora de ver quem realmente tinha a melhor pontaria, e eu estava disposto a me divertir.

Nos movemos para a área de dardos do pub, onde a iluminação era um pouco mais baixa e havia uma parede dedicada ao jogo. Assim que chegamos, Mailyn pegou os dardos e distribuiu alguns para nós. 

— Ok, quem vai ser a primeira dupla? — ela perguntou, com um sorriso travesso.

— Eu e Mailyn vamos juntos! — Jack disse, com confiança, como se já estivesse se imaginando ganhando a partida.

— E eu e Erin — eu complementei, sentindo uma adrenalina boa.

Começamos a jogar, e a competição estava pegando fogo. Jack e Mailyn começaram com força, mas logo vi que a sorte não estava do lado deles. Eles foram eliminados nas primeiras rodadas, e o público ao nosso redor não conseguia parar de rir das caras de espanto deles.

— Isso não pode estar acontecendo! — Jack gritou, fazendo uma expressão dramática ao errar o alvo mais uma vez. — Eu juro que isso é uma conspiração contra nós!

Erin e eu nos entreolhamos, tentando segurar a risada. A pressão estava em nós agora, e a disputa ficou acirrada. A cada arremesso, a tensão aumentava. Eu sentia o coração acelerado enquanto tentava me concentrar.

A primeira rodada estava quase terminando, e já estava na hora de decidir quem seria o grande vencedor. 

— Só mais uma rodada, Liam! — Erin disse, sua determinação visível. — Prepare-se!

Ela lançou seu dardo e, com uma precisão impressionante, acertou o alvo, fazendo uma pontuação alta. Agora era a minha vez. Respirei fundo, tentei bloquear o barulho e foquei na marca. Com a melhor tacada que consegui, lancei o dardo, mas ele foi um pouco mais baixo do que eu esperava, acertando um número que não me ajudou muito.

— Isso foi quase! — Erin riu, dando um leve tapa na minha costas. — Mas agora, vamos ver se você consegue!

As pontuações foram contabilizadas e, ao final, Erin ganhou por uma diferença de um ponto. 

— Eu ganhei! — ela gritou, levantando os braços em celebração, o sorriso dela iluminando o ambiente.

— Uau, isso foi impressionante! — eu reconheci, sem conseguir esconder a admiração. — Parabéns, você realmente arrasou!

Mailyn se juntou a nós, pulando e batendo palmas. 

— Isso foi uma disputa épica! Vocês dois são bons, mas Erin tem aquele algo a mais!

Jack, ainda tentando se recuperar da eliminação, só balançou a cabeça, fingindo estar chateado. 

— Isso não é justo! Você devia ter deixado a gente ganhar pelo menos uma vez!

Todos rimos, e a atmosfera estava repleta de energia. As garotas eram hilárias, e eu já estava me sentindo cada vez mais à vontade naquela cidade.

— Vamos para mais uma rodada? — Erin perguntou, com um olhar provocador.

— Com certeza! — Jack respondeu, já se recuperando da derrota. — Mas dessa vez, vou garantir que vou ganhar!

E assim, a competição continuou, as risadas e a diversão tomando conta da noite em Galway. A conexão entre nós estava crescendo, e eu mal podia esperar para ver o que mais a noite ainda nos reservava.

Depois de um tempo de pura diversão e competições acirradas, decidimos que era hora de elevar a aposta.

— Que tal uma rodada de bebidas para o vencedor? — Jack sugeriu, seu olhar brilhando de emoção. — Se nós ganharmos, vocês duas pagam a próxima rodada!

— E se nós ganharmos? — Erin questionou, com um sorriso provocativo.

— Então, vamos ficar com a primeira rodada da próxima vez! — Mailyn completou, piscando para Jack.

O desafio estava lançado, e não precisávamos de mais incentivo. Todos concordamos com os termos, e a disputa começou de novo. Desta vez, a tensão no ar era palpável, e todos estavam focados, cada um tentando superar o outro.

À medida que a partida avançava, os nervos estavam à flor da pele, mas a energia era contagiante. Com um pouco mais de sorte e habilidade, Jack e Mailyn finalmente conseguiram a vitória, com Jack acertando um dardo decisivo que fez a pontuação deles disparar.

— Ganhamos! — Mailyn gritou, pulando de alegria.

Jack, sem pensar duas vezes, inclinou-se e deu um beijo em Mailyn, que ficou com os olhos arregalados por um segundo antes de rir e retribuir o gesto. Eu e Erin assistimos à cena, sem saber se deveríamos aplaudir ou apenas sorrir para a diversão do momento.

— Olha isso! — eu disse, sussurrando para Erin, com um sorriso no rosto. — Parece que Mailyn acabou de ganhar um namorado, hein?

Ela riu, dando um empurrão de leve em meu braço. — E você acha que eu acabei de ganhar um cunhado?

— Pode ser que sim — eu respondi, piscando. — Você vai ter que encarar isso!

— Talvez eu tenha sim, quem sabe! — Erin riu, seu olhar brincalhão revelando que ela estava se divertindo com a ideia. — E quem sabe até ela ganhe um cunhado!

A conversa fluiu, e a conexão entre nós parecia ficar mais forte a cada momento. Com as garotas animadas e Jack ainda comemorando a vitória, decidimos que era hora de ir ao bar e pedir a rodada de bebidas prometida.

— Então, o que vocês vão querer? — Jack perguntou, seu sorriso radiante.

Mailyn, ainda animada, pediu uma cerveja irlandesa, enquanto Erin pediu algo diferente, talvez um coquetel. O clima estava leve, cheio de risadas e brincadeiras, e eu não conseguia me lembrar da última vez que me diverti tanto.

Enquanto esperávamos as bebidas, conversamos sobre mais jogos, nossas vidas e as aventuras que estávamos vivendo em Galway.

— Só de olhar pra vocês, dá pra ver que essa noite só vai ficar melhor! — eu comentei, animado.

Erin sorriu, e vi algo especial nos olhos dela. 

— E tem mais por vir, acredite. Esta cidade tem muito a oferecer!

E assim, brindamos ao início de uma nova amizade, a diversão e a promessa de muitas mais aventuras pela frente. Galway estava apenas começando a nos revelar seus segredos, e eu mal podia esperar para descobrir o que mais a noite nos reservava.