Continuamos caminhando pelas ruas de Galway, e eu sentia que a cidade parecia ainda mais viva à noite. As luzes amarelas dos postes refletiam no chão molhado, e a música que saía de alguns pubs misturava-se ao som distante de risadas e conversas animadas. Erin me puxava pela mão, guiando-me pelas ruas que ela claramente conhecia de cor.
— Então, pra onde você tá me levando agora? — perguntei, meio rindo, enquanto tentava acompanhar o ritmo dela.
— Calma, você vai ver — respondeu ela com um sorriso misterioso.
Depois de mais alguns minutos andando, chegamos a uma pequena praça cercada por prédios antigos. Era um lugar mais tranquilo, distante da agitação dos pubs, com algumas poucas pessoas circulando. No centro, havia uma fonte antiga, e as luzes dos postes iluminavam suavemente o ambiente, criando uma atmosfera quase mágica.
— Uau... — foi tudo que consegui dizer ao olhar ao redor.
— Eu sabia que você ia gostar. — Erin soltou minha mão e foi até a beira da fonte, sentando-se na borda de pedra. — Sempre venho aqui quando quero um momento de paz, longe da bagunça.
Me aproximei e sentei ao lado dela, sentindo o ar fresco bater no rosto. Galway à noite tinha uma energia única, e essa praça, em particular, parecia ter sido tirada de um livro de histórias.
— Sabe... — comecei, olhando para o reflexo das luzes na água da fonte. — Quando eu decidi vir pra Irlanda, eu não tinha ideia do que esperar. Mas até agora, essa foi a melhor decisão que eu já tomei.
Erin me olhou de lado, seus olhos heterocromáticos brilhando à luz fraca.
— Fico feliz em ouvir isso. — Ela sorriu. — Galway tem esse efeito nas pessoas. E, bom, se eu puder ajudar a tornar essa experiência ainda melhor, eu tô dentro.
Havia algo no jeito que ela falava, algo que me deixava completamente à vontade. Não era apenas sobre a cidade, era sobre a companhia. Erin tinha uma maneira de fazer tudo parecer mais interessante, como se cada pequeno momento fosse especial.
Por um momento, ficamos em silêncio, apenas ouvindo o som da água da fonte e observando o movimento suave ao nosso redor. Senti Erin encostar levemente no meu ombro, e me virei para ela, que me olhava de perto.
— Tá pensando em quê? — ela perguntou, com um sorriso que parecia saber mais do que dizia.
— Em como essa viagem foi inesperada, mas de um jeito muito bom. — Eu sorri de volta, sem desviar o olhar.
Ela inclinou um pouco a cabeça, como se estivesse me estudando, e depois riu baixinho.
— Você é uma boa surpresa, Liam. — Ela disse isso tão naturalmente que me pegou de surpresa.
Antes que eu pudesse responder, ouvimos o som de passos rápidos vindo na nossa direção. Olhei para trás e vi Jack e Mailyn chegando, claramente cheios de energia depois de terem saído do pub.
— Ah, aí estão vocês! — Jack gritou, com um sorriso enorme no rosto. — Tava achando que vocês tinham sumido!
— Sumido, nada — Erin respondeu, rindo e se levantando. — Só mostrando pra ele um lado mais tranquilo de Galway.
Mailyn se aproximou com um sorriso malicioso.
— Deixa eu adivinhar... Erin te trouxe pra esse lugar mágico e silencioso? — ela disse, revirando os olhos de brincadeira. — Sempre a mesma história.
Jack olhou para mim com um olhar cúmplice.
— Cara, eu sabia que a Erin ia te arrastar pra um desses lugares. Clássico dela. — Ele deu uma risada.
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Garota de Galway
RomanceDepois de uma viagem para a Irlanda, Liam conhece uma garota em um pub, ela tocava alegremente seu violino que contrastava com seus cabelos ruivos e seus olhos que hipnotizavam a todos, Liam tenta conquistá-la a todo custo, mas será que o garoto Ing...