21. Confiança.

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Cecília.

A noite tinha sido perfeita, independente do climas e olhares estranhos ente Roberto e meu irmão, tudo entre nós dois caminhava bem, eu me sentia tão completa com ele. Roberto parecia ter tornado tudo possível pra mim denovo, quando cheguei em casa, passei as fotos que tirei para meu notebook, e comecei a editar algumas e selecionar para fazer o book de presente pra Marina e pro André. Entre as fotos, do casamento e da festa, uma eu guardaria em especial pra mim, a foto de Beto. Seu sorrio meio sem jeito, com aquela roupa que deixava ele uma loucura de homem. Aquela eu revelaria pra mim.

———————- alguns dias depois———————

Hoje era domingo, dia de folga e dia de feira, minha mãe custava fazer a feira de casa, mas eu acabei decidindo ir sozinha hoje, andar um pouco  e dar uma folga a ela. Eu amo feira, e Beto me encontraria lá, ele disse que pegou folga pra passar o dia comigo também e iria trazer Rafa.

Chego um pouco antes do horário combinado, queria ir comprando algumas frutas, na feira é assim, quem chega cedo seleciona, quem chega tarde fica com o que sobrou. Peguei uma das sacolas da minha mãe, que mais parecia uma bolsa grande. Fui andando em direção a feira, ENORME, uma mega passarela de banquinhas de todos os tipos de frutas, verduras e claro os famoso 'pastel de feira com guarapa, ou caldo de cana, chame como preferir.  Eu e Rodrigo sempre vínhamos com minha mãe, depois de uma certa idade paramos de vir. Alguns feirantes estavam lá desde aquela época . Como o seu Joaquim, que vende as melhores goiabas do planeta. Logo me aproximo de sua banquinha.

— Bom dia seu Joaquim. - assim que me vê, abre um sorriso de orelha a orelha e vem todo todo.

— Olha, quem resolveu dar o ar da graça em dona Cecília. - eu rio com sua brincadeira. — Já faz muito tempo em mocinha.

— O seu Joaquim me perdoa, virei com mais frequência. - ele me olha desconfiado — Mais eai, cada as goiabadas que eu tanto amo? - ele vai me apontando devagar cada goiaba que estava no ponto que eu gosto. Era incrível como ele sabia a goiaba certa, ele pegava uma, levava até perto do seu nariz e sentia o aroma. — Não sei como faz isso, mas sempre dá certo.

— Truque de um mestre das feiras. - nos dois rimos. Ele ficou em silêncio por um momento, parecendo querer me dizer algo. — Cecília, como anda Rodrigo?

A sua pergunta me gera um leve curiosidade, — Já sabe que ele voltou? - ele não expressa nenhuma surpresa. — Minha mãe deve ter contado ao senhor né, depois de anos ele da o ar da graça. - volto meu olhar as goiabas.

— Na verdade não, eu vi ele a alguns meses quando fui visitar meu irmão no alemão, tá um homem grande né. - nem sabia que seu Joaquim tinha irmãos, pera aí, ele disse meses?

— Meses? Não seria a 1 mês e meio por aí? - era o tempo certo que Rodrigo tinha voltando.

— Não, deve ter uns três meses mesmo. - mais Rodrigo reapareceu a poucos menos de dois meses — Esse meu irmão acabou ficando doente, e o novo dono de lá descobriu e nos ajudou bastante. - eu sorrio para ele feliz pela ajuda que eles receberam, mais ainda pairava em mim a dúvida que ele me deixou.

— Tem certeza seu Joaquim? A três meses? - ele me olha um pouco confuso, para ele eu já sabia.

— Sim, foi bem no começo quando cheguei lá, vi ele uma vez descendo com dois moços, provavelmente amigos. - que estranho. — Vi uma vez só , mais como meu irmão ficou doente não consegui perguntar pra sua mãe sobre ele depois.

— A entendi seu Joaquim, mas ele tá bem sim. - seu Joaquim assentiu com um sorriso gentil no rosto em dando a sacola com as goiabadas, enquanto me dava o troco do dinheiro que te dei.

Por que não eu ? | CAPITÃO NASCIMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora