Cap 13 - Ascendência Calamitica

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"Nunca fiz isso, mas diante a tantas belíssimas atuações eu não poderia disfarçar a minha curiosidade em meio aos meus devaneios perturbantes, vimos diante a nossa visão e escutamos os sons das batalhas com um fervor e alegria sem nem mesmo nos assustarmos com a possibilidade que nossos preferidos ou amados poderiam morrer em nossa frente e nunca iriamos vê-los novamente, diante a toda essa narrativa confusa e sem sentido peço que tentem responder esse velho e tolo escritor, entre tantos cenários e representantes, não acham que estamos cansados de vermos os heróis ganhando? Bom, fiquem alegres e contentes, pois dessa vez foi só uma pergunta e a partir de agora esperem tudo. O Show de abertura está se encerrando e eu digo que em um mero diário como esse eu não devo dar satisfações a ninguém, então fico lisonjeado de sujá-lo com um pouco de sangue."

Uma ventania forte e poderosa deixada o ar nebuloso e com pouco rastro de visão, as correntes de ar faziam eu até mesmo os pássaros e outras criaturas voadoras nem pensassem em passar por aquele local, longe da natureza e rastro humano ou de qualquer ser vivo podíamos ver um grande e vasto campo de montanhas que um dos picos mais altos nem podiam ser vistos do solo de tão distante e sobre as nuvens que estava. Um forte barulho dos ventos ecoava nos ouvidos de dois futuros seres que se enfrentariam, mas que naquele prezado momento nem mesmo sonhavam em ter se visto, ou pelo menos pensariam dessa forma, cada minuto que passava a tempestade ficava pior ao ponto de dessa vez não ser acompanhada somente de um forte vento pesado agora uma frente gélida cortava qualquer tipo de existência daquele lugar provando que a natureza era inóspita naquele ambiente, o solo era cheio de neve que sobrepujava algumas vegetações que se encontravam congeladas por completo, lagos eram vistos em altitudes mais baixas e planas, porém mesmo assim estavam completamente congelados, dentre as paisagens montanhosas que estavam completamente cobertas por neve havia pequenas grutas que simbolizam entradas a cavernas profundas decoradas por completo de pedras de granito que faziam o azulado das rochas brilhar em meio a escuridão das bifurcações, mas ainda, sim, nada bonito o suficiente para em sã consciência entrar em um lugar tão desconhecido e isolado quanto uma caverna congelada.

Após breve apresentações de terrenos podíamos ver protegidos por uma barreira espectral alguns portais que davam visão ao local para a plateia que estavam sentados confortáveis e aquecidos longe daquela enorme e poderosa tempestade, mas ainda sim mesmo com a ajuda mágica dos organizadores do evento, a visão era bem difícil de se acompanhar qualquer rastro visível de ser existente, mas diante aos nossos olhos e os olhos dos competidores, podíamos ver um estopim em meio as montanhas e com um grande estrondo em formato de palma aquela tempestade que antes era assustadora e deixava os ouvidos dos seres presentes inoperantes praticamente, se desaparecia em um estalar de segundos e com um silenciar agudo e inesperado que interrompia todo o som bagunçado do local.

Saindo em um portal escuro com um cheiro podre de carne podre e um rastro negro que matava todo tipo de vegetação por onde aquele caminhar de saltos passada via-se um corpo estruturalmente perfeito para uma bela dama que caminhava calmamente por toda aquela neve com um salto alto que logo a mesma o deixava de lado para fácil locomoção. Com a moça podíamos ver um vestido branco angelical com detalhes prateados de joias e adornos metálicos que faziam a roupa brilhar em reflexo ao sol da tarde que transformava a roupa uma grande peça de luxo, mas ao sair de brilhos e conforme víamos com mais detalhes podíamos perceber que a roupa mesmo esbelta e aparentemente cara eram somente um conjunto de trapos nobres rasgados ajuntados a uma peça túnica que formavam um longo vestido com peças de pratas sucateadas grudadas nele. Logo após exibição, o portal logo atrás da tal moça desafiante começava a desaparecer pouco a pouco, deixando aquele cheiro podre longe do campo de batalha.

- Precis... Precisava ser tão frio a minha arena? Por que...

Do meio do céu, descendo pelas nuvens como um grande anjo divino, aparecia uma jovem garota que, sem demonstrar qualquer tipo de resquício de asas ou algo que a possibilite, plainar pelos céus como uma doce e delicada harpia que voava sobre as montanhas. Poderíamos imaginar que o som que apagou e transformou aquela tempestuosa nevasca em uma pequena neblina foi emitido pela jovem de cabelos rosados de uma doce garota que descia do alto como uma deusa esperando a sua recepção.

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