Phantheon Arcanus

𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏. - 𝑺𝒐𝒏𝒉𝒐𝒔 𝑬𝒕𝒆𝒓𝒏𝒐𝒔

O clima úmido acompanhava a névoa que percorria toda floresta boreal que era invadida por um forte cheiro emputrefado de algo que já estava ali a muito tempo, tudo isso se juntava a um rastro de sangue que cercava as árvores e pequenos arbustos da floresta, sangue esse que parecia fresco e com uma coloração vermelha mais saturada do que o normal e a pessoa responsável por todo aquele derramar era dona de uma respiração ofegante em meio a passos rápidos e batidas rápidas de seu coração. Era perceptível que as pegadas formadas pela terra molhada do local não tinham sido formadas por somente um único ser, mas voltando ao primeiro batimento escutado era vista escondida dentre os arbustos de um pequeno amontoado de árvores caídas uma pessoa em questão. Uma mulher de olhos pretos com um longo cabelo branco que no momento estava trançado com pequenos fios de lá vestindo simples vestes de camponesa sendo uma saia marrom amarrada com um cinto de couro que se escondia a baixo de sua camisa de algodão que realçava o seu porte físico que não se era comum ver em uma simples mulher camponesa porém, oque de fato chamava atenção era que em sua mãos algo a mesma portava.

A Garota enquanto tentava se acalmar controlando a sua respiração ofegante percebia uma grande dor em sua perna esquerda, onde uma poderosa mordida de animal tinha feito um pequeno rasgo em sua canela, oque se pensava era que o rastro de sangue visto anteriormente era o dela. Mas voltando ao que de fato a mesma segurava, uma pequena bainha que era acompanhada de uma lamina prateada com uma pequena mancha de sangue na lateral da lamina, espada essa que possuía letra escritas em sua ponta detalhadas com gravuras especiais indicando que era algum tipo de honraria ou presente especial, mas voltando a situação atual algo parecia incerto na floresta pois os olhos da jovem não paravam de se atentar ao mínimo barulho possível mas oque de fato aconteceria de fato seria melhor se ela mesmo contasse.

𝑷𝒐𝒗𝑶𝑵 

Não possuo tempo o suficiente para explicar e nem tentar entender o por que isso aconteceu, ao anoitecer e o meu sono chegar eu simplesmente acordei nessa floresta sem nem saber aonde eu estou direito além de que essa mordida ta doendo pra caralho então com certeza tudo isso é real, ou eu devo estar ficando maluca? Bem é muita confusão para pouca explicação e desvendar mistérios não é meu forte por isso que eu tenho logo que sair daqui mas antes preciso acabar com o filho da puta que me mordeu. 

Eu imagino eu não tenho como  escapar disso só rezando e ficando parada aqui então bem, é hora de fazer algo. Primeiramente eu tento estancar o meu ferimento na perna com alguns trapos da minha saia e com um forte nó eu consigo pelo menos não morrer de hemorragia mas ainda sim correr eu sinto que não poderia ou eu falharia no meio do caminho, ainda sinto o cheiro dele pela floresta e que fedor insuportável.

- Essa merda de floresta é mais fedida que o banheiro da minha casa. - Afirmava enquanto levantava com cuidado para não atrair nenhum ser indesejado assim podendo sair de entre as árvores e poder andar pelas trilhas do local.

Os únicos sons que eu consigo escutar é o vento forte colidindo com os galhos secos que quase se partem das árvores, tento me esquivar de qualquer coisa que eu possa fazer barulho mas o chão esta repleto de pequenos gravetos onde a cada pisar meu eles emitem sons que ecoam pelo vazio da mata.

Antes mesmo que eu pudesse perceber, enquanto estava andando pela trilha sem rumo sentia uma respiração feroz e um grunhido rouco mas potente que era emitido pelo norte a mim. Eu tentava enxergar algo mas o breu da noite tornava a área em uma completa escuridão me fazendo conseguir enxergar somente 3 passos de distancia de mim, eu sentia algo se aproximando e não poderia reagir rápido o suficiente pois não conseguia enxergar da onde exatamente viria a aproximação, eu sentia algo diferente ao mesmo tempo era como se o meu cérebro processasse que a melhor reação era esperar a aproximação para eu tentar achar algum ponto fraco ou maneira de escapar.