Phantheon Arcanus

Cap 14 - Guerra de Calamidades

Uma nuvem tempestuosa formada sobre a montanha escondia todo o sentimento de ódio daquele ambiente que tremia pela presença de uma criatura que nem mesmo os mais experientes sabem como lidar de forma efetiva, e diante a sua presença poderíamos pensar que felizmente estariam isolados de qualquer resquício de vida, mas definitivamente não poderíamos prever quantas montanhas desapareciam naquele instante. A longe, jogado ao chão, o corpo de Elizabeth, inundado de sangue e aterrorizado pela estronda força demonstrada em um único golpe, tudo parecia desleal diante da situação que se encontrava, pois era como se a luta se tornasse injusta perante a competidora feiticeira. 

Os olhos cobertos de sangue e feridos pelos pequenos cortes já sofridos anteriormente podiam observar adiante, sobre os céus, o corpo de Elizabeth completamente transformando, emanando uma potência mágica suficiente para fazê-la se sentir esmagada perante a presença do Kyaji libertado.

[Elizabeth] - ... Aquilo é praticamente um monstro ambulante. Ela cortou o pico da montanha com um único golpe?

[Kyaji] - Esperei décadas para uma nova chance de libertação própria, e me deparo com uma luta miserável de uma geração de invocadores fraca e desprezível.

[Kyaji] - Elizabeth, certo? - Um olhar massivo em direção à competidora caída ao chão fazia até seus ossos tremerem, acompanhado de uma voz rouca e amedrontadora como se o demônio falasse ao lado e ecoasse em sua mente.

[Elizabeth] - Desgraça!! (Cuspindo Sangue) O que quer de mim? Como isso é possível? Como deixaram alguém lutar no torneio sem núcleo?

[Kyaji] - Silencio! - Os céus se acalmavam e ficavam inoperantes enquanto ao redor dos restos de escombros da montanha, já aplainada pelo golpe tempestuoso da criatura, se formava um grande e enorme tornado poderoso que inibia qualquer tipo de aproximação comum.

[Elizabeth] - ...(Sinto que se eu me mexer eu posso morrer, mas o que eu faço?)

[Kyaji] - Acho engraçado como essa geração desaprendeu a demonstrar força, mas ainda sente pesadelos em seres como nós. Prova uma prepotência franca no coração de vocês.

[Elizabeth] - Quem se encheu de enfeites e brilhos não fui eu, por acaso quem está tentando provar algo não deve ser eu, certo? (Foi bom viver até aqui)

[Kyaji] - Haha, admirei a capacidade de falar diante da sua situação, mas antes de prosseguirmos, eu preciso ter algumas coisas, então peço por gentileza que tente se defender.

Com a força absoluta em suas mãos, uma grande quantia de energia era reunida em suas mãos e com o fluxo de ventos em todo o ambiente um enorme tiro em formato de vórtice era disparado onde no olho desse vórtice havia diversos projetis que faziam um movimento de rotação a mais de 150 km e linha reta. Um grande turbilhão de ondas de vento em alta velocidade eram lançados contra Elizabeth que ao se deparar com o poderoso golpe que parecia a engolir somente pode reagir utilizando dois círculos ao mesmo tempo, onde com sua mão direita poderia profetizar palavras de regeneração em seu corpo junto a um tufão que não serviria para bloquear ou redimensionar, pois sabia que seria incapaz, mas com a intenção de se lançar para longe do golpe com o impulso do próprio ataque lançado rente a si.

Utilizando de sua destreza e criatividade, a guerreira pode desviar com uma certa dificuldade do poderoso ataque que em segundos abria um buraco profundo na montanha, como se os pedregulhos e granitos tomassem um tiro de uma bala gigantesca. Um soluço e olhar entediante vinha da criatura voadora denominada como Kyaji enquanto erguia suas mãos aos céus e invocava diversos tornados a sua volta em direção ao solo onde a mesma Elizabeth podia somente olhar ao céu como uma presa indefesa e sem saída, pois ao seu redor somente via os penhascos daquela montanha a deixando desesperada, pois saiba que diante a um ataque em área tão poderoso e duradouro a mesma não iria poder se esquivar com perfeição.