Jung Hoseok nunca se considerou uma pessoa sortuda, levando ao fato de que sua vida é um completo caos. Amores fracassados, pais que não o amam, um trauma incurável. Tudo que ele nunca quis junto a maldição que ele acredita carregar consigo.
Ele con...
"Eu nα̃o estou completɑmente ɑqui, metɑde de mim desɑpɑreceu"
Dɑddy issues - The Neighborhood
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Existem alguns dias no mês em que Hoseok se sente mal desde que acorda. Sua cabeça fica uma bagunça mesmo que ele não esteja pensando muito, e ele se sente exausto mesmo sem fazer esforço. Estes são os dias em que ele vai visitar os seus pais na casa onde cresceu e viveu por dezesseis anos.
Hoseok nunca teve uma boa relação com os pais, mesmo se esforçando muito para ser um bom filho. Havia uma grande parte nele que o fazia acreditar que a culpa era sua, que talvez não tivesse feito algumas coisas direito e isso fez os pais odiarem ele. No entanto, havia uma pequena parte, escondida bem lá no fundo, que implorava para ele parar de se humilhar por pessoas que não querem amá-lo.
Ele estava há cerca de dez minutos parado com o carro em frente a casa dos pais. Suas mãos apertavam firmemente o volante, enquanto seu corpo hesitava, se recusando a descer. Portanto, alguns minutos depois, ele pegou a pequena sacola no banco do passageiro e desceu do veículo, caminhando até a porta da casa.
Depois de tocar a campainha, Jung esperou alguns segundos até a porta ser aberta por sua mãe. Ele sorriu para a mulher, mas ela apenas deu as costas e voltou para dentro de casa.
── O que você está fazendo aqui? ── a voz dela estava carregada de uma infelicidade palpável. ── Veio trazer dinheiro? Nós estamos precisando ── o sorriso de Jung automaticamente sumiu.
── Não, mãe. Eu vim visitar vocês ── sua voz saiu baixa, enquanto seus passos para dentro da casa eram lentos.
── Você sempre chega na hora errada, impressionante ── a mulher disse desdenhosa, mexendo em sua bolsa próxima ao balcão. ── Nós vamos sair em alguns minutos ── soou indiferente.
── Tudo bem, eu não vou demorar. Vou subir um pouco e já vou embora ── a voz de Hoseok soou desanimada.
── Não faz essa cara, não tem culpa se você não sabe fazer nada direito ── e ele sentiu um aperto em seu peito. ── Era pra ter ligado, mas ninguém consegue falar com você
── E-eu… eu troquei de número, mãe. Eu te avisei ── ele sentiu seus olhos arderem, mas lutou contra aquele sentimento ruim que o atingia sempre que estava ali.
── Tanto faz. Olhe o que quer olhar e vá embora ── a mulher disse com indiferença.
Hoseok se aproximou do balcão e colocou a pequena sacola que estava nas mãos sobre ele. ── São da sua loja favorita
