AO AMANHECER, Rick vestiu-se e todos saímos, coloquei minha arma no cinto e Morgan emprestou-me um taco de beisebol, garantindo que seria mais eficiente que um canivete e que armas atraiam mais mortos, como se eu já não soubesse, caminhamos pela vizinhança em alerta quando um dos mortos se aproximou e Rick rapidamente começou a acertar sua cabeça, não era tão prático quanto uma faca mas era uma exigência de Morgan, o morto caiu no chão e Rick parou para recuperar o fôlego, por causa do ferimento
— Me deem um tempo. — disse apoiando-se nos joelhos.
Assim que se recuperou, continuamos até sua casa novamente, ele achava que Carl e Lori ainda estavam por perto, vivos, escondidos, era no que eu acreditava também.
— Estão vivos, sei que estão, levaram roupas e um álbum da familia — avisou.
Morgan riu, álbum de família não servia para nada agora, fazia-me lembrar que minha família não havia nenhuma foto, o medo de esquecer os rostos deles principalmente de meus irmãos, Morgan dizia que a esposa fez o mesmo quando tudo aconteceu.
— Acho que estão em Atlanta. — Duane chamou a atenção e Morgan assentiu.
—Por quê? O que tem em Atlanta? — Rick perguntou ansioso.
— Um Centro de Refugiados, Tem Água, comida, eletricidade...—respondi, vi nos olhos de Rick que estava disposto a ir para lá, ir atrás de sua família, algo que também pensei, meus irmãos poderiam estar lá.
— Eu estava indo para lá, vim em busca de suprimentos por aqui, até que te encontrei. — eu mencionei e
Deixamos a casa de Rick e fomos até a delegacia, eles usaram das duchas para aproveitar um banho enquanto eu esperava do lado de fora por minha vez, banho depois de dias, nem me lembrava mais como era sentir-me limpa, depois de limpa e seca Os encontrei no arsenal.Rick utilizava o uniforme policial como antes de tudo acontecer, lhe trouxera nostalgia. Haviam inúmeras armas mas ainda faltavam algumas eles então começaram a falar delas.
— Pai, posso aprender a atirar, eu já tenho idade — Duene disse.
— É filho, com certeza vai aprender a atirar. — Morgan respondeu.
— Quem te ensinou a atirar? — perguntou curioso.
— Cresci em uma família de caçadores, meus irmãos me ensinaram a atirar. — respondi.
— E Onde eles estão? — Morgan perguntou, encarei o chão.
— meu pai morto, me perdi de meus irmãos, estou em busca deles. — respondi lembrando-me do acontecimento. Todos ficaram em silêncio por mim, pelo luto.
— Vamos encher as bolsas! — Rick avisou.
Aproveitei para pegar munição para minhas armas enquanto ajudava Duane a encher as bolsas de arma.
Saímos da delegacia armados até os dentes, Rick já sabia aonde ir e nada mais o impedia, ele tinha armas, um carro.
— Quer vir comigo mocinha? — perguntou.
Abri um sorriso e concordei, ele poderia até me tratar como criança mas precisava de mim ou talvez eu precisasse dele agora.
— Me ajuda a colocar essas coisas no carro enquanto falo com Morgan. — disse entregando-me uma bolsa com um sorriso no rosto.
Coloquei a bolsa junto de minha mochila no banco de trás do carro e depois outros suprimentos no porta-malas. Fui até eles me despedir de Morgan e Duane.
— Cuida bem dele garota. — Morgan disse e bagunçou meus cabelos.
Um morto nos avistou e começou a emitir sons altos, Rick me pediu para entrar no carro e foi até morto, sem hesitar ele atirou bem no meio da cabeça, ele entrou no carro e seguimos. Morgan foi para o lado oposto de Rick que dirigia uma viatura da polícia, ele precisou fazer uma última parada antes de continuarmos.
— Espere aqui, eu já volto. — assenti.
Segui com os olhos para longe, até não conseguir mais vê-lo, peguei meu canivete e fiquei abrindo e fechando-o para passar o tempo, ouvi um tiro e fiquei em alerta, quando avistei Rick me senti aliviada, ele voltou para o carro e continuamos para Atlanta para o centro de refugiados.
Rick parou o carro quando percebeu que mossa gasolina havia acabado, ele tirou uma foto de dentro do porta-luvas e encarou-a esperançoso.
— Esses são eles? Carl e Lori? — perguntei
— São. São eles. — ele assentiu e mostrou-me a foto.
Pareciam uma família feliz, Lori era quase ruiva e Rick tinha seus cabelos loiros e olhos verdes, já Carl tinha traços diferentes, seus cabelos eram escuros e os olhos azuis como o mar.
— Ela é linda — disse me referindo a Lori.
— Sim, ela é. — Ele concordou e guardou a foto no bolso da camiseta.
— Tudo bem para você caminharmos um pouquinho? —
Sorri pensando no quanto caminhei por tanto tempo antes de encontrá-lo, ele se preocupava no quanto eu teria que caminhar agora, ele se preocupava-se comigo.— Sim, tudo bem. — concordei.
Caminhamos pela estrada até encontrar uma casa abandonada, Rick não esperou para chamar por alguém.— Olá! Alguém em casa?! — gritou fazendo-me ficar em alerta
— Espere aqui, eu vou ver se encontro gasolina — fiz exatamente o que ele pedira, mesmo sendo perigoso Rick já havia gritado, se houvesse qualquer sinal de morto já teria se manifestado, Rick era a definição de atenção, ele batia na porta esperando por uma resposta como se alguém fosse realmente abri-la para um estranho, tirei a pistola do coldre e decidi segui-lo devagar, Rick olhou pelas janelas até que avistou algo, ou alguém.
— Não... não precisa ver, pedi esperar lá, agora vai. — disse preocupado.
— Estão mortos... — eu disse observando os mortos.
— É, estão. — ele respondeu decepcionado.
Nos sentamos em um banco atrás da casa, ao ar livre, Rick precisava respirar um pouco, até que ele avistou um carro as chances eram muito pequenas de encontrar o que queríamos, até que vimos um cavalo, Rick foi até ele com uma corda em mãos, ele estava assustado mas Rick conseguiu acalma-lo e prende-o.
Subimos em cima do cavalo e Rick fez com que ele corresse, segurei-me forte para não cair e seguimos para a cidade, mais algumas horas e havíamos chegado em Atlanta, estava deserta, me despertava medo haviam muitos carros mas ninguém.
para onde todas as pessoas haviam ido? Olhei em volta em alerta.Cavalgamos mais algumas horas, até que o cavalo começou a ficar assustado, como se soubesse de algo, ele sentiu os mortos se aproximarem.
— Calma, são poucos... nada que a gente não dê conta. — Rick avisou.
Passamos por um tanque de guerra, algo que nunca havia imaginaria ver, era enorme e podia fazer um estrago, ver de tão perto era incrível, de repente ouvimos um som estranho, vinha do céu, uma hélice.
— Helicóptero? — perguntei.
— Pode ser. É. — Rick disse esperançoso.
Ele então apressou o cavalo para virar a esquina aonde quase nos jogamos para a morte, mais mortos do que podíamos contar, de repente todos os carros, todas as pessoas, agora fazia sentido, estavam todos mortos.
— Rick! — gritei e num instante puxei Rick para pular do cavalo,
Num segundo subi no cima do tanque de guerra e vi Rick indo para baixo dele antes dos mortos tomarem conta de minha visão, haviam muitos, talvez milhares os vi abrir a barriga do cavalo com as mãos e mastigar suas tripas a sangue frio, como verdadeiros carniceiros, me tremia de raiva já havia visto devorarem desta forma, ansiosos por sangue como monstros, ele ainda conseguia sentir e ver, gritava alto e desesperado.
— Rick?! O-onde você está?! — gritei procurando-o o homem.
Ele estava lá embaixo e ainda vivo sabia disso, os mortos tentavam me puxar pelo pé, enquanto eu os chutava e dava bicuda alguns outros entravam para baixo do tanque para pegar Rick, em um movimento ágil puxei a arma do coldre e começei a atirar neles, de alguma forma Rick conseguiu entrar no tanque por uma abertura debaixo do tanque, quando percebi que alguns mortos estavam escalando comecei a atirar neles, de repente Rick saiu da abertura de cima do tanque e puxou-me.
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ℓ𝒂𝒏𝒄𝒆 ק𝒓𝒐𝒊𝒃𝒊𝒅𝒐 ── gleen ૨heen
Adventure| ℓ𝒂𝒏𝒄𝒆 ק𝒓𝒐𝒊𝒃𝒊𝒅𝒐 ── the walking dead | the walking dead Fanfic¡ Um mundo novo onde Dawn dixon, uma jovem adolescente de apenas desseseis anos está totalmente sozinha e entre enfrentar a perda e o desespero da solidão, Perdida Sem Seus ir...